Foto: Anaf
Anunciada pela Anaf – Associação Nacional de Árbitros de futebol, com pompa e com a ”boa vontade” do ministro do Trabalho e Emprego, a profissionalização do árbitro de futebol no Brasil, empacou de vez, em Brasília.
Para
o leitor entender o imbróglio, em 1990, o então deputado federal Nelson
Jobim, apresentou o Projeto de Lei 5.578, que recebeu em 1993, apenso
do deputado José Tomaz Nonô de nº 4.252. Ambos os projetos tiveram como
mote a regulamentação da profissão do árbitro de futebol, no entanto,
por falta de representatividade e de interesse dos árbitros foram
arquivados.
Em
2000, os projetos foram desarquivados, mas como os representantes da
categoria dos homens de preto não se manifestaram sobre o assunto, a
situação ficou no mesmo lugar. No ano de 2001, o Senado Federal
apresentou um novo projeto, que, posteriormente, tomou corpo como
Projeto de Lei 6405/2002 na Câmara dos Deputados, que se somou ao
Projeto de Lei nº 6.212/2005, apresentado pelo deputado Fernando Sabino,
com breve justificativa que tratava do reconhecimento legal da
profissão do árbitro de futebol.
De
lá para cá, aqueles que estiveram a frente do comando da Anaf, pouco ou
nada fizeram no sentido de dar provimento na votação definitiva de um
projeto, que a nosso ver, seria de fundamental importância ao futebol.
Se aprovada, a profissionalização proporcionaria ao profissional do
apito se dedicar exclusivamente a arbitragem e aprimorar diariamente os
quesitos técnicos, táticos, físicos e psicológicos, e com isso minimizar
os erros nas tomadas de decisões no campo de jogo - (interpretação e
aplicação das Regras de Futebol).
PS:
Entendo que o árbitro de futebol deveria ser profissional como são os
atletas, os técnicos, os preparadores físicos e outros membros que
laboram no esporte das multidões. E, como contribuição à comunidade do
apito brasileiro, sugiro que antes de qualquer iniciativa na
profissionalização do árbitro de futebol em nosso País, a Anaf e seus
representantes façam uma consulta a International Board, organismo sob a
jurisdição do Reino Unido, que é contrária a profissionalização do
árbitro de futebol.
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