sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Bundesliga quer equipar árbitros com Google Glass

A sugestão foi lançada pelo responsável pela arbitragem na Bundesliga. Em entrevista ao prestigiado jornal alemão Süddeutsche Zeitung, Andreas Retting defendeu a introdução de novas tecnologias que ajudem os árbitros nas decisões mais complicadas e uma dessas soluções poderá passar pelos Google Glass, os óculos desenvolvidos pela Google que permitiriam o visionamento de repetições praticamente em tempo real através de um pequeno ecrã instalado na estrutura dos óculos especiais. 

Basicamente estamos sempre abertos a inovações tecnológicas, mas temos de tomar as decisões de forma clara e com cuidado. É por isso que olhamos para a experiência de outros, situações que estejam a ser testadas noutros campeonatos e talvez até pensar em ter computadores nos óculos para os árbitros, aproveitando a tecnologia do Google Glass. Quando pensamos em progresso nesta área temos de perceber que o árbitro deverá ter as mesmas condições que os restantes espectadores de um jogo, explicou.


Esta entrevista surge depois de sucessivos erros de arbitragem na liga alemã, como o gol fantasma de Kiessling (Bayer Leverkusen) ou um gol legal apontado por Kevin Volland (Hoffenheim), que não foi validado.
Existem argumentos fortes contra o uso do vídeo pelos árbitros, nomeadamente quando se diz que o juiz perde a autoridade, por isso o Google Glass pemitiria que o árbitro visse o lance e ajuizasse quando tivesse dúvidas com base nas imagens que iriam ser mostradas nos óculos, acrescentou.

A Google nunca terá pensado neste tipo de utilização, mas a verdade é que a tecnologia tem vindo a ser utilizada das formas mais surpreendentes. Nos Estados Unidos, O árbitro Hilario Grajeda usou uma câmara durante o jogo entre as estrelas da Liga Americana de Futebol e a Roma. O resultado foi muito bom.

Retting diz estar consciente que a introdução deste tipo de ideias é sempre um processo lento, até porque tanto a UEFA como a FIFA são avessas às tecnologias. Recentemente, Platini veio reafirmar que não pretende seguir o caminho do Olho de Falcão, porque só confiava no olho humano. Ainda assim, há sinais encorajadores, como a utilização de comunicações de áudio entre árbitros ou o estudo das melhores aplicações sobre a tecnologia de linha de gol.
Quanto ao Google Glass, trata-se de uma tecnologia interessante que ainda não chegou às massas (encontra-se em fase de testes por cerca de dez mil pessoas), mas que deixa pistas para o futuro que está ao virar da esquina.
Fonte: Mais Futebol

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