terça-feira, 30 de setembro de 2014

CBF não usa 'gol eletrônico' por custo alto


Por causa de R$ 648 mil o gol de Esquerdinha, do Goiás, não foi validado na partida contra o Santos na noite do último domingo (28).
A CBF decidiu não utilizar em seus campeonatos o sistema de câmeras que detecta quando a bola ultrapassa a linha do gol e que foi usado pela primeira vez em uma na Copa do Mundo no torneio disputado no Brasil este ano.
O pacote, que inclui 14 câmeras, um software que faz a leitura da jogada e relógio para o árbitro, que avisa se a bola ultrapassou a linha, está sem uso nos 12 estádios em que já há instalação efetuada e que seria necessário gastar R$ 10 mil por jogo para colocá-lo em funcionamento.
A Fifa deixou esses kits nas arenas que receberam jogos do Mundial após o término da Copa do Mundo, em julho.

Editoria de arte/Folhapress



A CBF avalia que seria injusto alguns locais terem a tecnologia e outros não, e entende ser caro fazer a instalação em vários estádios.
O Pacaembu, que recebeu a partida em que o Santos bateu o Goiás por 2 a 0 no fim de semana, por exemplo, não tem o equipamento. Portanto a CBF precisaria investir R$ 638 mil para compra e instalação dos equipamentos e mais os R$ 10 mil para poder utilizá-lo em cada partida que o estádio receber.
No lance do Pacaembu, o jogador do Esquerdinha chutou de fora da área, a bola bateu no travessão e ultrapassou a linha do gol. Nem o árbitro, nem seus dois assistentes (o da lateral e o que fica atrás da trave) perceberam e o gol não foi dado. No rebote, David ainda marcou "de novo", mas estava impedido.
"Tem que ter uniformidade. Não adianta ter na Arena do Corinthians, usando São Paulo como exemplo, e não ter no Pacaembu ou na Vila Belmiro. O custo é elevadíssimo [para instalar em todos os estádios]", disse Sérgio Corrêa da Silva, chefe da comissão de arbitragem da CBF.
Ele fez questão de ressaltar que essa não foi uma decisão de seu departamento, mas administrativa da entidade.
A Folha apurou que a CBF avaliou que teria que colocar, ao menos, em todos os estádios que recebem jogos das Série A e B. Já excetuando as 12 arenas que receberam partidas da Copa, seriam ao menos mais 30 estádios, muitos deles até sem condições de receber as câmeras, já que são instaladas na cobertura. 
 Sistema GoalControl utilizado pela Fifa na Copa do Mundo no Brasil
VALORES
Após a Copa, a Fifa informou que deixaria a tecnologia nos estádios que receberam jogos da Copa e que, durante um ano, pagaria a despesa para que fosse utilizada – os R$ 10 mil por jogo.
Na Arena da Amazônia, em Manaus, por exemplo, a tecnologia poderia ter sido usada em jogo da Série B entre Vasco e Oeste-SP, no dia 16 de setembro. O time paulista fez um gol em que a bola tocou em cima da linha, mas o árbitro viu ela entrar e deu o gol. O Vasco conseguiu empatar e o jogo acabou 1 a 1. 
http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2014 A MATÉRIA EM TELA É DE AUTORIA DOS JORNALISTAS BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC E MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO - ESTE COLUNISTA É ASSINANTE DA FOLHA DE SÃO PAULO HÁ TRÊS DÉCADAS.

PS: No futebol brasileiro os (AAA) árbitros assistentes adicionais estão mais perdidos do que "cachorro" quando cai do caminhão de mudança, em que pese o manual de Regras de Futebol na página  120 especificar suas funções numa partida de futebol. Enquanto aqui o despreparo dos (AAA) aflora rodada após rodada do Brasileirão, a Uefa realizou no período de 24 a 26 do mês em curso, em Nyon (Suíça), sede da entidade, um curso de capacitação aos (AAA) da entidade europeia. A estrutura do evento teve como principal foco assistente de arbitragem adicional, exercícios práticos, tomada de decisão e exercícios do árbitro assistente adicional.     

Nenhum comentário:

Postar um comentário