segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Convoquem a Enaf

    Werner Helsen à esquerda preparador físico de arbitragem da Uefa e Fifa, e Pierluigi Collina diretor de árbitros da Uefa.
  • O árbitro Rodolpho Toski Marques (foto/CBF-1/PR), após duas atuações satisfatórias, no jogo Atlético/MG x Figueirense/SC pela Copa do Brasil, e Cruzeiro/MG x Santos/SP pela Série (A) do Campeonato Brasileiro, voltou a ser designado pela CA/CBF, para dirigir na próxima quarta (2/9), Joinvile/SC x São Paulo /SP, Série (A) do Brasileirão.
  • Toski Marques é o único árbitro da Federação Paranaense de Futebol (FPF), que pertence ao quadro nacional da CBF com indícios de caraterísticas qualitativas, e se lapidado por gente que entenda do assunto, num futuro tornar-se apito da Fifa.
  • Dado o exposto, na nossa opinião, o indigitado juiz deveria receber imediatamente tratamento diferenciado da (FPF) e da associação dos árbitros do Paraná.
  • Basta a comissão de arbitragem da casa Gêneris Calvo e a associação dos árbitros se despojarem de qualquer vaidade - e convidar os instrutores da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol (Enaf/CBF), Roberto Perassi e Wilson Seneme, ambos diplomados pela Fifa, para ministrarem um curso de capacitação continuada ao árbitro em tela.
  • Faço esta afirmação, porque na (FPF) não tem nenhum nome no setor da arbitragem que possua a didática e o know-how dos nominados instrutores. Se submetido a requalificação conforme sugerido neste espaço, Marques terá um crescimento qualitativo extraordinário e disputará a vaga ao quadro de Asp/Fifa em 2016, em condições de igualdade com os demais concorrentes.
  • PS (1): As recorrentes reprovações dos árbitros e assistentes da CBF nos testes físicos da Fifa, da Conmebol e mais recentemente da própria CA/CBF, estão a exigir uma mudança radical na metodologia utilizada pelos homens de preto do futebol brasileiro, no que concerne aos treinamentos preparatórios do referido teste.
    PS (2): Além das reiteradas reprovações acima nominadas, no atual Brasileirão está se tornando rotina, árbitros se “contundirem” durante as partidas. Há tempos atrás sugeri e volto a sugerir novamente - que a Associação Nacional de Árbitros (Anaf) em conjunto com a CBF, que explora duas logomarcas de multinacionais no uniforme dos homens de preto, convidem o P.h.D em Educação Física da Universidade de Leuven (Bélgica), Werner Helsen, preparador físico dos árbitros da Fifa e da Uefa, objetivando atualizar os treinamentos dos apitos e bandeiras da Renaf no pilar físico.     

 

domingo, 30 de agosto de 2015

Sérgio Corrêa: O Visionário

No sorteio dos grupos da Liga dos Campeões da Europa que inicia nos próximos dias, realizado na sexta (28), no Principado de Mônaco, o presidente da Uefa Michel Platini, no discurso que fez aos dirigentes, atletas, técnicos, médicos e preparadores físicos fez um pedido: que todos os envolvidos nas partidas da Uefa nesta temporada, continuem respeitando as decisões da arbitragem.

O mandachuva da entidade europeia enfatizou que aqueles que procederem em desconformidade com as Regras de Futebol, desaprovarem com gestos ou palavras as decisões dos homens do apito, fazendo rodinhas, apontando do dedo na direção da arbitragem e desrespeitando os adversários serão punidos rigorosamente.

No encerramento do encontro da Uefa, cada equipe recebeu um memorando com normas, diretrizes, direitos e deveres que cada participante deve adotar na próxima Champions League e na Liga da Europa.

Ao ler e ouvir o pronunciamento do presidente da entidade do Velho Continente, no que diz respeito a arbitragem, lembrei-me que aqui no futebol pentacampeão, nos primeiros dias de fevereiro deste ano, a mente prodigiosa de Sérgio Corrêa da Silva (foto), confeccionou a Circular Nº26/2015, com conteúdo similar a carta que a Uefa elaborou e distribuiu aos participantes da próxima Liga dos Campeões e da Liga da Europa.

Diante do motivado, os méritos indiscutíveis nesta oportunidade são direcionados ao presidente da CA/CBF, o visionário Sergio Corrêa e seus congêneres, que aliaram visão e competência quando formataram e colocaram em prática a indigitada circular.

Circular que sofreu resistências quando da sua implementação da cartolagem, dos jogadores, treinadores e, por incrível que pareça, de alguns setores da confraria do apito.
  
O reconhecimento a CA/CBF se faz necessário porque, diferentemente da Uefa que maneja arbitragem para (64) esquadras - aqui no Brasil, Corrêa e demais membros da CA/CBF - de  fevereiro a dezembro de cada ano, têm a dificílima missão de escalar árbitros, assistentes e quarto árbitro neste verdadeiro Continente que é o Brasil, nas Séries (A, B, C, D, Copa do Brasil, Copa do Nordeste, Sub-17 e Sub-20). Nada mais a dizer.  

Presidente da Uefa pede respeito em relação aos árbitros

Respeito. Um valor querido da UEFA - e está a ser pedido a jogadores e treinadores para mostrarem maior respeito em relação aos árbitros nos jogos das competições europeias esta época.

No principado de Mônaco, na sexta-feira que passou, Michel Platini (foto), Presidente da UEFA, deu conta da necessidade imperiosa de haver respeito para com os árbitros – e enfatizou que os jogadores profissionais e os seus clubes devem dar o exemplo, para garantir que condutas negativas em relação aos homens de preto não se tornem hábito nas "raízes" do futebol e nas competições de jovens.

"O papel da UEFA é obviamente promover, proteger e desenvolver o futebol, fora de campo, e especialmente no seu interior", disse Platini. "Não podemos dizer que técnicos e atletas respeitem sempre o espírito do 'fair play', mas o respeito ao árbitro é condição sine qua non. A UEFA escreveu aos clubes que nesta temporada participarão das competições europeias e destacou que os juízes vão punir jogadores que rodeiem e intimidem árbitros com gestos ou palavras, ou que não mostrem respeito para com os homens do apito e adversários de outras formas. Também recordamos isso aos clubes presentes aqui em Mônaco." 

A UEFA também pediu aos seus árbitros para protegerem o jogo e a sua imagem no seu encontro mais recente, em recente seminário em Nyon. Em relação a outros assuntos ligados à contínua campanha Respeito da  UEFA, que começou em 2008, o organismo deu conta de notícias positivas à medida que persegue uma política de "tolerância zero" no que toca a discriminação e violência no futebol. "A luta contra a discriminação e a violência é uma prioridade de topo para a UEFA, não só em palavras mas também em fatos", disse Gianni Infantino, Secretário-Geral da UEFA. "Levamos este assunto muito a sério."

Regulamentos mais severos introduzidos pela UEFA agora incluem o encerramento parcial e total de estádios e estas medidas tiveram um forte efeito dissuasor. Registrou-se um decréscimo de 45% em casos de discriminação, entre 2013/14 e 2014/15 - uma diminuição firme no número de incidentes de violência nos estádios. Uma queda de 20% nos casos envolvendo material pirotécnico ao longo das últimas quatro temporadas na UEFA Champions League, e uma redução de 15% em distúrbios do público na UEFA Europa League, entre 2013/14 e 2014/15.

Vários tópicos foram abordados e atualizados em Monaco. A UEFA destacou as suas medidas de "fair play" financeiro, criadas para garantir a estabilidade a longo prazo do futebol europeu de clubes. "O 'fair play' financeiro tem tido bastante sucesso", disse Infantino – "temos sido capazes de reduzir a inflação de salários, o aumento das dívidas e temos conseguido conduzir o futebol europeu de clubes rumo a uma política de obtenção de lucros, bem como o restabelecimento geral do equilíbrio financeiro no futebol."

Este Verão, a UEFA emitiu regulamentos atualizados sobre o "fair play" financeiro e o licenciamento de clubes. "Isto serve para encorajar mais crescimento, competitividade e mais estimulação do mercado, ao mesmo tempo que se mantém o controle sobre gastos excessivos", disse o Secretário-Geral da UEFA. "Queremos que as pessoas invistam no futebol, mas queremos um investimento saudável."
Infantino disse que, antes da introdução dos regulamentos de "equilíbrio", as perdas tinham crescido anualmente, até um máximo de 1,7 mil milhões de euros, em 2011. No entanto, desde 2012, as perdas líquidas combinadas dos clubes tinham diminuído 70%. Pagamentos em atraso e dívidas adiadas também tinham sido reduzidas pelo quarto ano consecutivo, ao passo que em termos relativos, as verbas gastas em transferências continuam a diminuir, quando comparadas com receitas e salários.

Um terceiro tópico apresentado foi o novo sistema de distribuição financeira para clubes participantes na UEFA Champions League e na UEFA Europa League – em particular fornecendo mais verbas para equipes na UEFA Europa League, clubes participantes na fase de qualificação e clubes de menor dimensão.

"Significa mais financiamento para todos", disse Infantino. "Temos uma nova verba recorde, de 2,24 mil milhões de euros. Os pagamentos de solidariedade a clubes que não se apuraram para a fase de grupos tiveram aumento de 60%, e os pagamentos de solidariedade a clubes que não se qualificaram para as competições da UEFA  subiram 35%."

"Este novo sistema de distribuição não é apenas um desejo da UEFA, mas também dos clubes, porque a decisão da sua implementação foi tomada em conjunto com a Associação Europeia de Clubes", acrescentou.

Finalmente, Michel Platini falou sobre a entusiasmante e imprevisível fase de qualificação para o UEFA EURO 2016, a 24 equipes, no próximo Verão. "Já tivemos alguns jogos de imensa qualidade", refletiu o Presidente da UEFA. "Há equipes que não se apuram há algum tempo, ou que nunca estiveram presentes, e que estão na luta. A qualificação está a mostrar que existem pelo menos 24 seleções de elite. Isto suporta os objetivos da UEFA de promover o futebol, desenvolver e fortalecer o futebol europeu de seleções, a que se junta o desenvolvimento de jovens jogadores."

Platini acrescentou que os preparativos para o UEFA EURO 2016, na França, estão em ritmo avançado. "Os estádios estão praticamente todos terminados", disse, ao mesmo tempo que expressou o ponto de vista de que a enorme procura de bilhetes sugere que o torneio vai ser um enorme sucesso público.
Fonte: Mark Chaplin/Uefa.com

sábado, 29 de agosto de 2015

Cuidados especiais e diretrizes para árbitros


A CBF divulgou na sexta-feira (28), o ofício circular Nº 33, com orientações sobre atendimento médico emergencial e atualização de diretrizes gerais para os árbitros. O documento tem dez itens, com destaque para as condições especiais que permitem a entrada do médico em campo e a padronização da parada médica nos jogos das 11h.
Se o médico do clube observar algum desmaio, queda súbita ou choque de cabeça e não conseguir avisar ao árbitro, ele pode entrar no gramado, mesmo sem autorização prévia. O trabalho visa ao atendimento mais ágil para tratar um eventual traumatismo crânio-encefálico, parada cardíaca ou qualquer problema que possa até resultar em morte súbita. O médico tem três minutos para fazer o trabalho no campo, antes de providenciar a remoção do jogador ou informar ao árbitro sobre a gravidade do fato.
– O jogo aéreo é a cada partida mais utilizado como recurso pelos times, o que aumenta a frequência de choques e exige uma atenção especial dos árbitros e médicos. Nos Jogos Pan-Americanos desse ano, a zagueira Mônica teve um choque de cabeça e tiramos a jogadora da final para evitar problemas maiores – explicou o presidente da Comissão Nacional dos Médicos de Futebol (CNMF), Jorge Pagura.
Futebol matutino
Outra medida determina que, em partidas realizadas às 11h, haverá paradas médicas aos 30 minutos dos dois tempos de jogo, tendo como referência os procedimentos adotados na Copa do Mundo da FIFA 2014. O cronômetro não será pausado e serão adicionados três minutos depois do período regulamentar, independentemente dos outros motivos que podem gerar acréscimos. As paradas não devem ser realizadas quando a temperatura for inferior a 28°C e durante ocorrência de chuva.
De olho nas regras
O ofício 33 também aborda temas que a Comissão de Arbitragem da CBF faz questão de reforçar junto aos árbitros, jogadores, integrantes da comissão técnica e dirigentes: jogadas bruscas, graves e faltas táticas; cruzada pelo respeito; agarra-agarra; pênalti; simulação; impedimento; mão deliberada; e pessoas estranhas nos vestiários.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Abertura dos contratos fará bem aos árbitros


A CBF entrou com um processo no STF (Supremo Tribunal Federal) – com o objetivo de impedir o envio à CPI do Futebol do Senado, presidida pelo senador Romário do (PSB/RJ) - as movimentações financeiras feitas pela entidade no período de janeiro de 2005 a janeiro de 2015, envolvendo os contratos celebrados pela instituição que comanda o futebol brasileiro.  
A Comissão Parlamentar de Inquérito solicitou também a demonstração de todos os repasses feitos para as federações estaduais e os dirigentes esportivos de cada uma das filiadas. O pedido foi distribuído para o ministro Marco Aurélio Mello, que deve tomar uma decisão nos próximos dias.

A CBF quer impedir que os contratos com parceiros comerciais, para direitos de transmissão e acordos com empresas que cuidam ou cuidaram dos jogos da seleção, também sejam revelados para a CPI, como pediu a comissão em requerimento aprovado. 

No que concerne a arbitragem, é de suma importância a divulgação do tempo de duração do contrato e os valores financeiros que a CBF arrecada com a exibição de duas logomarcas de multinacionais, na vestimenta dos homens do apito que laboram nas suas competições.

Logomarcas que estão alocadas nas mangas das camisas e nas costas de juízes e bandeiras, que deveriam ter participação nos lucros, sobretudo, na publicidade veiculada na manga das camisas. Já a propaganda nas costas do uniforme dos árbitros, carece de um parecer da Fifa, porque de acordo com informações obtidas por este colunista, a publicidade naquele local não tem a chancela da entidade que controla o futebol no planeta.

Na nossa opinião, é clarividente a “exploração” comercial da CBF em cima dos árbitros - já que a exposição itinerante dos apitos, bandeiras e quarto árbitros, durante uma partida em diferentes partes do campo de jogo e nos diversificados ângulos colhidos TV num confronto de futebol, expõe inúmeras vezes as duas marcas que constam nos seus uniformes. Detalhe: A CBF não repassa um único centavo à arbitragem.

PS: Para quem está pleiteando o direito de ganhar o percentual 0,5% como direito de arena, o que é perfeitamente justo, não é de bom alvitre omitir-se em relação a participação nos lucros das duas propagandas.

PS (2): O ministro Edson Fachin do (STF), negou nesta sexta (28), o pedido do presidente da CBF Marco Polo Del Nero, que solicitava o impedimento da CPI do Senado Federal de quebrar seus sigilos fiscal e bancário. Diante do exposto, a CPI está livre para oficiar e solicitar aos bancos e a Receita Federal as informações de seu interesse.