Valdir Bicudo - O filósofo da Arbitragem.
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Sorteio ou nomeações? Está instalada a "guerra" na arbitragem
Treinadores, presidentes e
outros dirigentes parecem estar contra o critério de nomeações e já há
quem peça o regresso do sorteio puro e duro dos árbitros.
Foto: SAPO Desporto
Os
últimos erros de arbitragem instalaram uma “guerra” contra a nomeação
dos juízes. Não há jornadas sem queixas, críticas dos intervenientes,
erros de análise dos homens do apito que vão tendo influência nos
resultados.
Treinadores, presidentes e outros dirigentes
parecem estar contra o critério de nomeações e já há quem peça o
regresso do sorteio puro e duro dos árbitros.
O jornal
O Jogo ouviu alguns ex-árbitros que apitaram na era do sorteio, aprovado
em 1998 pelos clubes, mas com votos contra do FC Porto, Belenenses,
Sporting e Vitória de Guimarães. Vigorou até 2013. Os árbitros
reconhecem que as nomeações não estão a ser felizes mas nem todos
concordam com o regresso do sorteio.
O jornal colocou
duas questões a oito ex-árbitros: A hipótese de fazer regressar o
sorteio é boa ou má? Quais as vantagens e desvantagens? Escolhemos o
testemunho de três deles: Jorge Coroado, Pedro Henriques e Fortunato
Azevedo.
Jorge Coroado:
Por princípio e
natureza, sou avesso ao sorteio. A designação dos árbitros deve primar
pelo tributo à competência e à condição de forma. No atual momento não é
o que se verifica. As nomeações não correspondem na íntegra ao que está
regulamentado e são feitas de uma maneira que antecipadamente se
apercebe que não vai resultar. Assim, o sorteio tornaria mais aleatória a
nomeação e desresponsabilizaria o nomeador, perdendo este precisamente a
mais capacitante condição que se exige num nomeador.
A nomeação
direta, se se respeitarem paradigmas de aferição rigorosos de tributo
aos mais capacitados, é o processo ideal; quando são feitas por simpatia
ou para ver no que dá... normalmente dá mau resultado.
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