terça-feira, 25 de dezembro de 2018

ARBITRAGEM: UM ANO A SER ESQUECIDO



Estamos no crepúsculo de 2018, e no limiar de 2019. Confesso que não lembro ter vivenciado ao longo dos trinta e nove anos, que, gravito no seio da arbitragem, uma temporada onde o desempenho dos  homens de preto da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol da CBF (Senaf) - foi "colocado em xeque" com a intensidade deste ano.

O descontentamento e a insurreição dos atletas, cartolas, técnicos, imprensa e os torcedores contra a arbitragem foram unânimes desde a 1ª rodada do Campeonato Brasileiro das Séries A e B - e, por extensão, na Copa do Brasil.

Aliás, não houve uma única rodada onde a confraria do apito não tenha cometido erros e/ou equívocos de pequena, média ou alta intensidade. 

Mas pior que a arbitragem: foi a CA/CBF - comandada por Marcos Marinho, que nunca apitou uma partida de futebol de pelada de menino de conjunto habitacional - a cada erro dos homens de preto, os rebaixou para a Série (B). Medida que se mostrou inócua porque, todos ao voltarem ao labor, continuaram perpetrando os mesmos erros de interpretação e aplicação das Regras de Futebol, com menor ou maior potencial.

Fato que explicitou que apesar de ser a mesma comissão de árbitros há vários anos, a CBF não tinha um plano para estancar a sangria dos erros que solapou a credibilidade da arbitragem brasileira, que atuou no seu principal torneio - o Campeonato Brasileiro de Futebol.

Acrescento ao exposto acima, que, vários erros da arbitragem no Campeonato Brasileiro do ano em curso, poderiam ter sido evitados e/ou corrigidos - desde que a CBF e os clubes da Série (A), no mês de fevereiro que passou, tivessem implementado o Árbitro Assistente de Vídeo - (VAR). 

Lamentavelmente, o que se viu foi um jogo de empurra-empurra e o VAR, tecnologia de excelência já implantado no primeiro mundo do futebol, foi "rechaçado" pela nossa cartolagem.

A CBF optou ao invés do VAR, o tal de "Radar". Ao invés do VAR, os "analistas de campo". Ao invés do VAR, o tal de "inspetor". Ao invés do VAR, o "analista de televisão". O resultado de toda a parafernália aqui nominada, foi um retumbante fracasso na qualidade da arbitragem no principal torneio da CBF como nunca se viu.

Não há como ser positivo o balanço de uma arbitragem que desde a Copa do Brasil em fevereiro até os primeiros dias deste dezembro, foi useira e vezeira, em errar e causar prejuízos ao principal esporte do Brasil, o futebol brasileiro.

PS: Utilizamos reiteradamente o substantivo erro no texto em tela, objetivando que a CBF em 2019, adote ações eficazes no seu quadro de apitos, no sentido de minimizá-los. 

PS (2): Num ano em que a CBF, a arbitragem e o futebol brasileiro tiveram desempenho pífio, um sindicalista, decidiu abraçar a causa dos apitos e bandeiras do futebol pentacampeão. Falo de Salmo Valentim (ao centro), eleito presidente da (ANAF) - a quem considero a personagem do ano da arbitragem brasileira. 

PS (3): É crescente o movimento nos bastidores do futebol brasileiro, no sentido de que ocorra uma mudança radical em todos os setores da arbitragem na CBF.  

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

O ÁRBITRO DO ANO DA CONMEBOL

     Crédito: Fox Sports

A conquista da Copa Sul-americana, pelo Club Athletico Paranaense, na quarta-feira que passou, fechou o ano futebolístico do futebol brasileiro. Competição que exibiu em conjunto com a Libertadores, um árbitro top de linha à arbitragem da América do Sul - o excelente Roberto Tobar (FIFA/CHILE). 

Tobar, que comandou a primeira partida decisiva da Libertadores nesta temporada, entre Boca Juniors 2 x 2 River Plate, com desempenho de excelência - repetiu o feito na finalíssima, entre Club Athletico Paranaense X Júnior Barranquilla (Colômbia), na Arena da Baixada, na noite de (12/12). 

Dada a excelência das tomadas de decisões, acopladas ao equilíbrio exposto, Roberto Tobar (foto) - é na nossa opinião, o árbitro do ano do futebol Sul-americano de 2018. 

As vésperas de completar três anos - desde que o (The IFAB) autorizou os testes em (5/3/2016), e  a consequente implementação do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR) - a CBF e os clubes da Série (A), continuam "discutindo" quem vai bancar os custos do VAR no Campeonato Brasileiro de Futebol de 2019.

Enquanto a CBF e os clubes empurram um para o outro o imbróglio do VAR, os equívocos e/ou erros de arbitragem bateram o recorde no Brasileirão de 2018. Aliás, a principal "PROTAGONISTA", antes, durante e após os jogos nos programas esportivos do Brasil nesta temporada, foi a "ARBITRAGEM".

ad argumentandum tantum (1): A Associação Nacional Profissional de Futebol do Chile (ANFP), abriu licitação no apagar das luzes do mês de novembro, para a implantação do VAR, no Campeonato Nacional da 1ª divisão da entidade.

ad argumentandum tantum (2): Alemanha, Austrália, Bélgica, Conmebol, Coréia do Sul, Espanha, a FIFA,  França, Holanda, Itália, Polônia, Portugal e a Turquia já implementaram o VAR nos seus campeonatos definitivamente. 

ad argumentandum tantum (3): Para 2019, já confirmaram o VAR nas suas competições a The FA, Premier League e a UEFA. Sendo que, a Real Federação Espanhola de Futebol (Rfef), confirmou na quarta 12, o VAR na Copa do Rei da Espanha, e na 2ª divisão do futebol espanhol a partir de fevereiro do ano que vem.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

2019: UMA NOVA ARBITRAGEM OU A CONTINUIDADE DO "MISTIFÓRIO"?

Crédito: FPF

No domingo que passou, terminou o principal torneio do futebol brasileiro - o denominado Brasileirão da CBF. No que concerne ao desempenho qualitativo da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf), responsável pela direção das partidas das Séries A, B, C, D e a Copa do Brasil - a temporada foi a mais fraca dos últimos anos. 

Apitos, bandeiras, árbitros adicionais e os quarto árbitros, foram useiros e vezeiros em descumprir o preceituado nas REGRAS DE FUTEBOL, as orientações e circulares da CA/CBF e do The IFAB. Tivemos algumas rodadas tanto na Série A como na B, onde a situação descambou para uma autêntico "MISTIFÓRIO". 

Pois bem, a temporada acabou e está tudo consumado!

Diante do quadro inexorável de ausência de qualidade com raras exceções, que se observou principalmente, nos últimos dois anos na (Senaf), os atuais membros da CA/CBF, da Escola Nacional de Arbitragem de futebol - Enaf - e o Diretor do Departamento de Arbitragem, irão continuar no ano que vem?

Pergunto, porque todos os setores acima mencionados, participaram diretamente da formação e capacitação do atual quadro nacional de árbitros da CBF, nos últimos cinco anos. O que significa que são responsáveis pelo fracasso do modelo de gestão, aplicado aos homens de preto da entidade. 

Diante do cenário exposto, qual é o projeto da CBF para otimizar a melhora da (Senaf) em 2019? Senaf que foi protagonista de vários equívocos, que fundamentaram os resultados de vários jogos.   

Até porque, quando fevereiro chegar, vem a Copa do Brasil. Dois meses depois inicia o Campeonato Brasileiro de Futebol nas quatro séries. E aí, vamos ter o mais do mesmo?

PS: O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) - liberou na última década, milhares de Cartas Sindicais [12.082] - às diferentes categorias de trabalhadores de todo o Brasil. Os árbitros de futebol, ficaram dormindo em "berço esplêndido". Optaram pelas associações de árbitros. Cuja missão é recreação e lazer.

PS (2): Explico: Não conseguiram criar um único sindicato. O Sindicato dos Árbitros de Futebol do Ceará, conseguiu a Carta Sindical, via os sindicalistas, Airton Nardelli (PR) e Ciro Camargo (RS) - filiados a União Geral dos Trabalhadores - UGT.

PS: (3): Isente-se de qualquer responsabilidade em relação as ações sindicais dos oito anos pretéritos, a atual diretoria da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) - que tomou posse no dia 2 de novembro do ano em curso. Sobretudo, seu presidente Salmo Valentim (foto) ao centro.

ad argumentandum tantum - Atletas, CBF, clubes, cartolas, Federações de Futebol, técnicos, preparadores físicos, médicos e as TVs, se organizaram em sindicatos e federações. Todos sem exceção, estão faturando muito dinheiro na trilhardária locomotiva que gere o futebol brasileiro. Já a confraria do apito, pelo andar da carruagem, vai continuar ocupando como sempre ocupou, a "última poltrona" da aludida locomotiva. Traduzindo: "VAI CONTINUAR BRIGANDO POR ESCALAS".