domingo, 31 de julho de 2016

Tem que perguntar ao presidente da Anaf

Questiona-se nos bastidores do futebol brasileiro nos últimos dias, o nome indicado do representante da arbitragem nacional, para compor o (STJD) Superior Tribunal de Justiça Desportiva no Rio de Janeiro. Há uma lei específica que versa sobre a indicação e a composição dos tribunais esportivos das federações de futebol e da CBF.

As pessoas indicadas para este tipo de cargo tanto nos (TJDs) Tribunais de Justiça Desportiva das federações, e no (STJD) Superior Tribunal de Justiça da CBF, sempre foi realizada pelas cúpulas diretivas das associações e/ou sindicatos e federações de futebol, atletas, OAB etc.....

No que tange a arbitragem, em se tratando das federações de futebol e da CBF, nunca soube que tenha havido um plebiscito à categoria ao longo da minha trajetória como árbitro no sentido de votar e posteriormente, referendar um nome. Em todas as indicações dos tribunais esportivos o que se sabe é que quem indicou foi a associação e/ou sindicato e a Anaf.

Também é oportuno ressaltar que não há notícia de que a categoria dos homens de preto, ou alguma entidade da confraria do apito brasileiro, tenha feito qualquer questionamento às indicações para os tribunais esportivos - seja em âmbito estadual ou nacional.

Diante do exposto, se há discordância em relação ao nome indicado pelos apitos e bandeiras da Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf), pela Anaf para compor o (STJD), o correto é procurar o presidente em exercício da Anaf, Jamir Carlos Garcez(foto) e questioná-lo sobre o fato.

PS: Na entrevista que concedeu ao GLOBO ESPORTE na última terça-feira (26/7), o árbitro Heber Roberto Lopes (FIFA/SC), em que pese ter atuado por mais de uma década no futebol paranaense, não faz nenhuma citação a Federação Paranaense de Futebol ou a qualquer dirigente da terra das araucárias. Aliás, ao não citar nenhuma personagem do futebol do Paraná, o indigitado apito explicita sua aversão à cartolagem medíocre do nosso futebol que um dia lhe negou reconhecimento.

PS (2): Me perguntam porque cada vez mais o rádio esportivo está sendo deixado de lado, sendo substituído por tablets, smartphones, notebooks, iPads. A resposta é simples: o segmento esportivo que faz rádio, esqueceu de inovar e trazer coisas de interesse do público ouvinte. As programações esportivas na maioria das vezes é rotineira e sem novidades, além de apresentarem propagandas e intervalos longos e desnecessários.

PS (3): E, por derradeiro, falta qualidade nas opiniões dos comentaristas, nas reportagens e os narradores ao invés de se especializarem na narração das partidas como narravam os mestres Carneiro Neto, Doalcey Bueno de Camargo, Fiori Gigliotti, Jorge Cury, Lombardi Júnior, Osmar Santos e Valdir Amaral, gritam, berram a exaustão e na maioria das vezes o final da voz fica similar ou pior do que voz de “taquara rachada”.

PS (4): O conceituado sitio, http://www.dutchreferee.com/ (Holanda) do PhD em jornalismo, meu amigo fraterno Jan Ter Harmsel, com quem estou linkado honrosamente  desde a Copa do Mundo da África do Sul  - publica importantíssima reportagem sobre os novos testes físicos da FIFA à confraria da arbitragem mundial. Clique no link a seguir e saiba tudo sobre os novos testes físicos da FIFA - http://www.dutchreferee.com/fifa-fitness-test-for-referees/
 

terça-feira, 26 de julho de 2016

Tiro, porrada e fama: Heber fala de tudo, da careca ao time do coração

                       Foto: http://m.redgol.cl/
Londrina, 1985. Um garoto de 13 anos acompanha um jogo de futebol amador perto de casa. O juiz não dá as caras, e ele é chamado pra botar ordem no duelo. Vai bem e começa um caminho que décadas depois tem recorde de jogos apitados no Campeonato Brasileiro, decisão de Copa América, agressão, polêmicas e até tiros. Aos 44 anos, Heber Roberto Lopes iniciou na última semana a arrancada final. Vai pendurar o apito quando chegar aos 45 anos de idade, sendo 22 deles dedicados ao futebol profissional.

Apesar da imensa blindagem aos árbitros, Heber aceitou falar com a reportagem do GloboEsporte.com sobre tudo, da careca concebida num réveillon há 15 anos ("uma cagada", confessa) ao time do coração, o Londrina, que ele pede à Comissão de Arbitragem para não apitar os jogos. A final da Copa América, as reclamações de chilenos e argentinos, o pênalti perdido por Messi "quase fora do estádio" e a mentirosa farra com mulheres ("mulherada feia", destacou) publicada por um jornal peruano ainda estão na memória, assim como o equívoco assumido nesta entrevista naquele tão falado carrinho de Fágner em Ederson no Corinthians 4 x 0 Flamengo de dias depois. 

– Cometi um equívoco. 

Com 312 jogos de Série A de Campeonato Brasileiro – um recorde –, quatro finais de Copa do Brasil, 103 partidas de jogos Fifa e Conmebol, entre outras marcas, Heber revisitou a carreira em seus muitos momentos. Desde o início na Vila Recreio, em Londrina, onde ainda adolescente era apelidado de "Satanás" (nota: ele não gosta da alcunha que pegou quando o irmão assim o chamou após a fuga de um castigo), teve muitas vezes a segurança garantida por tiros de escopeta de uma senhora de 80 anos, passando por momentos tensos no futsal paranaense, como o dia em que foi agredido por um treinador e por torcedores em Arapongas (confira no vídeo abaixo com depoimento de Heber), até o futebol profissional, com escalas em sequência que o permitem atualmente viver apenas do esporte.

As lembranças da mãe – Ursulina Roberto Lopes –, falecida em 2012, são muitas. Da oposição ao trabalho de árbitro no início para o apoio total na sequência, servindo de motorista do filho que trocou as caneleiras pelo apito. A perda do pai – Brasil Fonseca Lopes – no mesmo ano da mãe, ainda dói. E a força vem muito do casamento com Ana Paula Lopes, esposa que já sofreu muito assistindo aos jogos do marido – e, por consequência as tradicionais críticas aos árbitros. Hoje, Heber aconselha que não veja as partidas para assim ficar longe dos calmantes. 

Na reta final de carreira, Heber já planeja o próximo passo. Estudante de jornalismo, falta pouco para fechar o curso e se candidatar a uma vaga como comentarista de arbitragem. Mas ele abre o leque, e virar treinador é uma das possibilidades. "Por que não?", questiona. Afinal, futebol é sempre complicado. E isso ele está careca de saber.


Opinião do Bicudo - Heber Roberto Lopes (foto/FIFA/SC), formou-se árbitro pela Federação Paranaense de Futebol e no Paraná laborou por mais de uma década na função – dada a extraordinária capacidade cognitiva de que é possuidor e do dom, do talento e da vocação, atingiu a elite da arbitragem mundial sendo promovido ao quadro da FIFA. Este fato por si só, deveria ser motivo para que Roberto Lopes fosse tratado pelos dirigentes do futebol da terra das araucárias como um diamante precioso. 

Porém, a mediocridade, característica principal dos cartolas do futebol paranaense “falou mais alto”. De repente, num belo dia do ano de 2012, cansado do “modus vivendi” e do “modus operandi” dessa mesma cartolagem medíocre, foi embora para Santa Catarina a convite do presidente da federação local, Delfim de Pádua Peixoto. Lá recebeu o tratamento digno que era merecedor e se tornou o melhor e mais bem pago apito do futebol brasileiro. POBRE FUTEBOL PARANAENSE.  

“Todos contra a arbitragem”

A rodada do final de semana que passou teve alguns equívocos de arbitragem a exemplo de toda competição de futebol, que tenha a magnitude do Campeonato Brasileiro da Série (A). São dez jogos -  vinte equipes, que estão niveladas tecnicamente num patamar baixíssimo, como nunca se viu desde a primeira edição do Brasileirão em 1971, quando o Atlético/MG abocanhou o título. Para quem gosta do futebol arte, está difícil assistir uma partida na sua plenitude.

Acoplado ao exposto, as (20) esquadras que disputam a Série (A) do Brasileiro, conforme matéria de autoria do jornalista Rodrigo Capelo, publicada no último mês de junho pela [REVISTA ÉPOCA], após o pente-fino do Profut, a lei federal que permitiu renegociar e parcelar impostos não pagos pelos clubes, revela um rombo de R$ 4,8 bilhões (Quatro bilhões e oitocentos milhões de reais), montante infinitamente superior ao informado pelos seus dirigentes nos balanços até 2014.

 
Atolados em dívidas estratosféricas, sobretudo, em função das péssimas gestões, tornou-se prática recorrente ouvirmos ou lermos na mídia, que várias equipes da Série (A) estão com salários atrasados em concomitância com o direito de arena e luvas com os artistas do espetáculo, os atletas.

A beira do abismo e sem um projeto que equilibre o déficit financeiro que cresce estratosfericamente mês à mês, herança de seus antecessores e mantida pelos atuais dirigentes, e, no desespero de manter as despesas vigentes, a solução encontrada pela cartolagem que maneja o futebol pentacampeão, é a venda para o exterior a cada janela, a preço de “banana”, das jovens promessas que nascem todos os dias nos diferentes campos de futebol da várzea brasileira.

Desesperados em impedir que a verdade da debacle financeira que assola seus clubes e o mau futebol exibido por alguns cabeças-de-bagre no campo de jogo, chegue ao conhecimento do torcedor na sua essência, dirigentes, técnicos, atletas e até um pequeno segmento da mídia esportiva brasileira, travam semanalmente, uma batalha no intuito de debitar na conta da arbitragem, a má-gestão dos cartolas a principal causa da crise econômica que afeta o futebol brasileiro.

O árbitro é humano e é suscetível a erros. Mas os equívocos que comete na condução de um confronto de futebol, não chegam a uma milionésima fração das más gestões da cartolagem que gere o nosso futebol.

PS: O chute desferido pelo meia Maycon da Ponte Preta, aos 34’ da etapa inicial, contra a meta do Internacional no domingo (24/7), que ultrapassou a linha do gol na sua totalidade é impossível de ser captado pelo olho humano. Ali, somente Harvey Lee Yeary (Lee Majors), da série o homem de seis milhões de dólares, poderia enxergar o que o árbitro Leonardo Cavaleiro e o assistente não enxergaram.

PS (2): Já o lance em que o atacante Dodô do Figueirense, tentou driblar o arqueiro Cássio do Corinthians e foi derrubado na entrada da área penal, aconteceu um equívoco do jovem árbitro promissor, Marielson Alves Silva, que deverá ser orientado de que o cartão aplicado (amarelo), está em descompasso com a regra – o correto seria o cartão vermelho. Por quê? Porque o goleiro corintiano vai exclusivamente na direção da perna do atacante catarinense e lhe desfere violento pontapé, quando Dodô tinha uma oportunidade clarividente de gol. Conduta violenta, cartão vermelho.

PS (3): Me questionam os motivos de o futebol do Paraná não ter um número maior de árbitros (apitos), escalados pela CA/CBF na Série (A) do Campeonato Brasileiro. A resposta é simples e objetiva: Porque o modelo de gestão empregado por Afonso Vitor de Oliveira, há dez anos no comando do setor da arbitragem da Federação Paranaense de Futebol, deve estar em descompasso com o exigido pela CA/CBF. Pois do contrário, a entidade escalaria os demais apitos na Série (A) do Brasileiro. Perdeu-se uma década na arbitragem paranaense que dificilmente será recuperada em curto ou médio prazo. Esta é a verdade, o resto é trololó!   

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Campanha [RESPEITO] da CA/CBF é implementada na Premier League

O futebol apareceu na Inglaterra no século XVII. Logo a seguir um estudante de Rugby decidiu carregar a bola com as mãos. Dali em diante houve uma separação entre os que adotavam a prática de usar as mãos e os que apenas utilizavam os pés. Em 1863, houve a separação oficial do Rugby e do futebol. Antes disso, em 1840, várias regras foram estabelecidas aos praticantes do futebol.

Mas o principal acontecimento implementado pelos ingleses que impulsionou o futebol em amplitude universal, aconteceu a partir de 1886, quando um grupo de jovens ingleses, decidiram criar a The International Association Football Board (IFAB). 

Instituição que normatizou as REGRAS DE FUTEBOL, e desde então é a única entidade do mundo que tem poderes para autorizar experiências, ou qualquer modificação nas regras que regem o futebol em todos os Continentes.

Ao longo dos anos de forma gradativa e organizada, os ingleses foram implementando uma série de medidas no futebol, como a criação da Premier League, desvincularam os clubes do estado, construíram arenas modernas, profissionalizaram os homens do apito - (é a única Liga do Futebol Mundial onde os árbitros se dedicam exclusivamente à arbitragem), estabeleceram um código disciplinar esportivo que pune atletas, dirigentes, técnicos e baderna de torcedores sem direito ao efeito suspensivo, e com estas ações tornaram-se a liga de futebol que possui os principais patrocinadores do planeta.

Além do exposto, detém pelo quarto ano consecutivo a maior média de público do futebol mundial, e abriga nos seus clubes uma gama considerável dos melhores atletas que praticam futebol no universo.

Mas os ingleses ainda não estão satisfeitos na sua plenitude com o que é transmitido aos 182 países que veem a Premier League. Como primam pela organização e disciplina em tudo o que fazem, almejam a perfeição.

Dada a importação de jogadores de diferentes culturas pelos clubes que disputam o seu principal torneio, alguns atos de indisciplina veem sendo consumados nos confrontos da indigitada liga e despertaram a atenção da sua direção. Indisciplina que se não for coibida a tempo, fatalmente poderá afetar o brilhantismo do maior campeonato de futebol do mundo - é a conclusão da Premier League.

Como no mundo globalizado fica-se sabendo de tudo e vemos todos os acontecimentos em tempo real, os ingleses tomaram conhecimento da campanha denominada [RESPEITO] – que foi criada pela mente reflexiva, ponderada e prodigiosa do brasileiro Sérgio Corrêa (foto), diretor da CA/CBF. Campanha que foi implantada em 2015, no Campeonato Brasileiro da Série (A).

Este conjunto de esforços engendrado por Corrêa no futebol brasileiro no ano passado e mantido nesta temporada propiciou: maior tempo de bola rolando (a maioria das partidas do Campeonato Brasileiro em 2016, já atingiram a média de 60 minutos). Diminuição estratosférica do número de sinalização de faltas e decréscimo na aplicação de cartões amarelos e vermelhos.

Na próxima semana a direção da Premier League reúne todos os clubes que irão disputar a temporada 2016/2017.  E, a campanha [RESPEITO], criada no futebol pentacampeão, que você lerá abaixo será a principal novidade do futebol da terra da Rainha Elizabethe (II).

Confira as principais medidas implementadas pela CA/CBF, que é aplicada pelos árbitros pela segunda temporada consecutiva no Campeonato Brasileiro da Série (A).

NÃO SE DEVE ACEITAR, EM HIPÓTESE ALGUMA NO CAMPEONATO BRASILEIRO DA SÉREI (A):

1 – Rodinhas de jogadores reclamando.
2 – Dedo em riste na direção do árbitro, dos assistentes e/ou do quarto árbitro.
3 – Gritaria no ouvido.
4 – Jogador pedindo cartão para o adversário.
5 – Simulação.
6 – Técnico gesticulando para jogar a torcida contra a arbitragem.
7 – Reclamações flagrantes contra o árbitro e/ou assistente.
8 – Atletas do jogo e/ou do banco de reservas “mandando” o árbitro consultar o assistente.