sexta-feira, 26 de abril de 2019

2019: UMA NOVA ARBITRAGEM NO BRASILEIRÃO?

    Raphael Claus, o melhor apito do futebol brasileiro nas últimas 3 temporadas - foto: Fox Sports

Começa nesta sexta-feira, o principal torneio do futebol brasileiro, o denominado Brasileirão da CBF. No que concerne ao desempenho qualitativo da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf), responsável pela direção das partidas das Séries A, B, C, D e a Copa do Brasil na temporada que passou,sem nenhuma maldade, foi abaixo da crítica.

Apitos, bandeiras, árbitros adicionais e os quartos árbitros, foram useiros e vezeiros em descumprir o preceituado nas REGRAS DE FUTEBOL, as orientações e circulares da CA/CBF e do The IFAB. Tivemos algumas rodadas tanto na Série A como na B, onde a situação descambou para um autêntico "MISTIFÓRIO".

Pois bem, a temporada passada faz parte do passado, e uma nova se inicia nesta noite.

Diante da ausência de qualidade e da insegurança explicitada pela confraria do apito, nos últimos dois anos, e como não houve mudança significativa na CA/CBF, na Escola Nacional de Arbitragem de futebol - Enaf, e o Diretor do Departamento de Arbitragem, foram confirmados, é impraticável qualquer opinião sobre os acontecimentos que poderão ou não acontecer, no  principal torneio da CBF nos próximos 8 meses.

Faço a afirmação em tela porque, todos os setores acima mencionados, participaram diretamente da formação e capacitação do atual quadro nacional de árbitros da CBF. O que significa que são responsáveis pelo fracasso do modelo de gestão aplicado aos homens de preto da entidade.

Além do exposto, o novo diretor da CA/CBF, Leonardo Gaciba, não apresentou nenhum projeto para oxigenar a melhora da (Senaf) em 2019.  "Será que vamos ter mais do mesmo?"

PS: O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) - liberou na última década, milhares de Cartas Sindicais [11.114] - às diferentes categorias de trabalhadores de todo o Brasil. Os árbitros de futebol, ficaram dormindo em "berço explêndido". Não conseguiram criar um único sindicato. O  único que foi criado, o Sindicato dos Árbitros de Futebol do Ceará, conseguiu a Carta Sindical, via os sindicalistas, Airton Nardelli (PR) e Ciro Camargo (RS) - filiados a União Geral dos Trabalhadores - (UGT). (UGT) que deu uma força considerável na obtenção da aludida carta ao Ceará.

PS: (2): Isente-se de qualquer responsabilidade em relação as ações sindicais, a atual diretoria da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) - que tomou posse no dia 2 de novembro de 2018

PS (3): Atletas, CBF, clubes, cartolas, Federações de Futebol, [técnicos - leia em - 
https://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/ESPORTES/551425-COMISSAO-APROVA-DESTINACAO-DE-PARTE-DOS-DIREITOS-DE-TRANSMISSAO-DOS-JOGOS-DE-FUTEBOL-PARA-TREINADORES.html, preparadores físicos, médicos e as TVs, se organizaram em sindicatos e federações. Todos sem exceção, estão faturando muito dinheiro na trilhardária locomotiva que gere o futebol brasileiro. Já a confraria do apito, pelo andar da carruagem, vai continuar ocupando como sempre ocupou, a "última poltrona" da indigitada locomotiva. Traduzindo: "VAI CONTINUAR BRIGANDO POR ESCALAS".

segunda-feira, 22 de abril de 2019

VAR: TREINAMENTO “EM CIMA DO LAÇO”, DEIXOU A DESEJAR

    Crédito: FIFA

O Árbitro Assistente de Vídeo – VAR na sigla em inglês, foi autorizado pelo (The IFAB), em 5 de março de 2016.
Enquanto a CBF postergou ao máximo,  concomitantemente, a implementação do VAR e o treinamento à arbitragem, o primeiro mundo do futebol, mandou ver sobre a ferramenta tecnológica, que tem como alvo auxiliar a arbitragem a dirimir lances que fujam do seu campo visual.

1)     A principais potências do futebol mundial construíram centros e/ou salas especiais, com a infraestrutura necessária para o funcionamento do VAR. 2) Pesquisaram e contrataram empresas de ponta, e profissionais com conhecimento de excelência para qualificar os instrutores. 3) Sob a supervisão de técnicos, engenheiros, instrutores com Know-how internacional no (VAR), treinaram à arbitragem em média de 3 a 6 meses, com dezenas de testes (Offline).  4) Implantaram suporte adequado nas arenas, onde acontecem os espetáculos futebolísticos para receber , cabos, fios, câmeras, luzes, etc... 6) Iniciaram gradativamente, os testes ao vivo, observando as deficiências, objetivando as correções necessárias, com o intuito de alcançar o melhor resultado. 8) A partir do momento que tiveram a certeza de que tudo estava em ordem, implantaram nas suas competições.

Dado o planejamento acima, as principais ligas de futebol, sobretudo as europeias, atualmente, quando acionados o VAR e o árbitro central, em lances que estão catalogados no Protocolo do (The IFAB), a definição da jogada analisada sai em regra geral, em um minuto e trinta segundos.
Já a CBF implantou o VAR em julho de 2018, nas quartas de final da Copa do Brasil, e treinou em uma semana, um grupo restrito de árbitros. O mesmo procedimento foi adotado com a arbitragem nos regionais das Federações de Futebol, que utilizaram o VAR - e também com aproximadamente (120) árbitros que irão manejar o VAR no Campeonato Brasileiro de Futebol.
Como o VAR é uma ferramenta incipiente, de alta tecnologia e requer instrutores com conhecimento de excelência e treinamento continuado aos árbitros, as dificuldades e as paralisações de (3’50), que observamos nos jogos dos torneios regionais neste início de 2019, devem persistir no Campeonato Brasileiro nesta temporada.

PS: a UEFA, após seis meses de treinamento intensivo ao seu quadro apitos, está utilizando o VAR nas quartas de final da Liga dos Campeões e na Liga da Europa de 2019.

PS (2): a Premier League, na temporada 2019/2020, também ira usar o VAR, que foi testado na recém-findada Copa da Inglaterra. 

PS (3): na Europa a sala do VAR fica numa central. No Brasil, o VAR está alocado em salas no interior dos estádios ou em alguns casos, em contêineres do lado de fora das arenas.   


       



quarta-feira, 10 de abril de 2019

ARBITRAGEM: SÓ UMA “BALA DE PRATA” SALVA GACIBA



O anuncio feito pelo presidente da CBF, Rogério Caboclo, na troca de comando na direção da arbitragem da entidade, sai Marcos Marinho e assume Leonardo Gaciba (foto), teve o impacto similar ao relâmpago que sai do oriente e chega no ocidente. 

A notícia desmilinguiu-se, assim que o próprio Caboclo confirmou que, a exceção de Marcos Marinho, que irá para um conselho da entidade, os demais membros da Comissão de Árbitros irão permanecer nos seus cargos.
  
Explico (1): os membros aos quais o presidente da CBF se referiu, estão alocados há vários anos em diferentes setores da arbitragem brasileira. Lembro que a cada crise, no setor do apito nas últimas temporadas, ao invés de uma oxigenação na CA/CBF, a opção utilizada foi a “dança das cadeiras”. O que significa que estão desgastados.   

Explico (2): os membros aos quais o presidente da CBF se referiu, criaram e/ou implementaram na última década no setor de arbitragem da CBF, o departamento de arbitragem, a Escola Nacional de Arbitragem de Futebol (Enaf), o tutor, inspetor, observador de árbitros, delegado especial, analista de campo, analista de TV, Radar, pilar técnico, pilar físico e pilar mental, visando a melhora na qualidade das tomadas de decisões da arbitragem, que atua nos torneios da CBF. “Deu chabu”.

Com os membros aos quais o presidente da CBF se referiu, e a parafernália acima, a arbitragem que compõe a Relação Nacional de Árbitros de Futebol – CBF - atingiu um estágio de decadência qualitativa e uma ausência de credibilidade, como há muito tempo não se vê no futebol brasileiro. 

Diante do que se lê neste articulado, somente teremos as transformações que a arbitragem brasileira necessita para recuperar a qualidade e a credibilidade, se Leonardo Gaciba tiver consigo, “uma bala de prata”.