quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Cada um por si e Deus por todos

Se os principais árbitros da CBF apresentam desempenho pífio, imaginem os demais.


A Fifa convocou para os testes teóricos e físicos em Assunção (Paraguai) há quinze dias, os árbitros Héber Roberto Lopes (PR), Leandro Pedro Vuaden (RS), Paulo Cesar de Oliveira (SP) e Wilson Luis Seneme (SP). O três primeiros foram aprovados, mas Seneme foi reprovado por lesionar-se e não concluiu o teste e sequer foi a Florianópolis para participar do Curso de Aprimoramento da CBF na semana que passou.

No curso de Florianópolis, sob os olhares imutáveis dos instrutores da Fifa e da CBF, o contingente de árbitros reprovados no teste físico ganhou novos parceiros. Erick Bandeira de Melo (PE), Hilton Moutinho (RJ), Evandro Rogério Romam (PR), Leonadro Gaciba (RS) todos árbitros, e as árbitras assistentes Katiuscia Berger (ES) e Maria Eliza (SP). É bom lembrar que toda esta gente ostenta o escudo da Fifa com exceção de Leonardo Gaciba.

O episódio de Assunção e Florianópolis, além de atestar de forma insofismável que há algo de errado na preparação física dos principais apitos brasileiros, exige medidas urgentes para detectar e combater as causas deste fiasco de forma efetiva. Se os principais árbitros e assistentes da CBF, quando inquiridos aos testes regulares da Fifa apresentam desempenho abaixo da crítica, imaginem as condições dos demais árbitros da entidade. É chegado o momento de a Comissão Nacional de Árbitros da CBF exigir das Federações Estaduais o disposto (pág. 10) do livro Sinais de Trânsito do Árbitro de Futebol, onde está preconizado que é dever dessas entidades o permanente aprimoramento dos árbitros com periódicos treinamentos, painéis, seminários, testes físicos e teóricos e discussões sobre arbitragem.

Por outro aspecto, cabe também aos árbitros da CBF, em razão da autoestima, adotar providências para que o seu estado atlético seja hábil em todos os momentos, pois afirmar que transitoriamente esteve mal é negar a própria responsabilidade. Devem saber eles que são patrões de si mesmo, pois neste Brasil não estamos ainda nem no princípio para se dar um talhe jurídico à categoria dos árbitros de futebol. A coisa está da forma seguinte: cada um por si e Deus por todos.

Fonte: Justiça Desportiva

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