
Um "workshop" da UEFA, em Nyon, proporcionou a um grupo de observadores de árbitros conselhos preciosos e experiência prática sobre vários aspectos da sua função.
Observadores recebem ajuda preciosa
Jaap Uilenberg discursa no 25º "Workshop" para Observadores de Árbitros da UEFA ©UEFA
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Os observadores de árbitros da Uefa desempenham um papel crucial na melhoria dos padrões de qualidade da arbitragem, já que são os elementos que observam as exibições dos árbitros nas competições europeias. O 25º "Workshop" para Observadores de Árbitros da Uefa forneceu a um grupo de observadores conselhos valiosos e experiência prática sobre aspectos importantes no desempenho da sua função.
Os observadores são antigos árbitros europeus experientes e assistem a jogos organizados pela Uefa, a vários níveis competitivos, para observarem os árbitros, classificarem o seu desempenho e agirem como conselheiros depois do jogo, analisando lances específicos e as decisões tomadas. Por isso, a Uefa tem fornecido treino aos seus observadores através de "workshops".
O objectivo do "workshop" mais recente foi o de destacar a interpretação uniforme e processo de análise na observação dos árbitros em jogos das competições europeias, treinar e praticar a observação, construir uma rede de partilha de ideias e dar à Uefa a possibilidade de estreitar ainda mais as relações com os observadores.
Membros do Comitê de Arbitragem da Uefa e conselheiros técnicos também marcaram presença na reunião de Nyon para assistirem e orientarem os observadores.
Depois de um jogo, o observador reúne-se com o árbitro para discutir aspectos positivos e áreas que podem ser melhoradas, com potenciais soluções abertas a propostas gerais.
Jaap Uilenberg, membro do Comitê de Arbitragem, disse que o papel de observador não deve ser o de detectar erros, mas sim o de um treinador e conselheiro de árbitros. Ken Ridden, conselheiro técnico da Uefa, também prestou informações aos participantes sobre as instruções dadas pela entidade aos árbitros esta época, e as suas implicações para os observadores.
A estes é pedido para analisarem decisões proactivas ou preventivas que influenciam o decorrer do jogo, avaliarem decisões que respondam às necessidades do jogo e a forma como os árbitros reagem às consequências decorrentes de situações ou decisões difíceis.
Na avaliação do desempenho de um árbitro deve ser prestada especial atenção a decisões importantes, como faltas ou simulações na grande área ou nas suas imediações, impedimento de situações de golo flagrantes, actos de violência, confrontos entre jogadores, protestos contra os árbitros, amostragem de segundo cartão amarelo e foras-de-jogo decisivos (neste caso com o árbitro-assistente a assumir o papel principal).
Os observadores assistiram a um jogo da Uefa Europa League e, depois, foram submetidos a um teste prático, redigindo a sua própria avaliação do jogo. Grupos separados debateram a actuação do árbitro até chegarem a um consenso, e cada grupo desempenhou depois os diferentes papéis na análise pós-jogo, com os membros do comitê a fazerem de equipa de arbitragem.
Fonte: Uefa.com
PS: Observem no texto da Uefa, que os Observadores de Arbitragem que atuam nas competições da entidade, são ex-árbitros com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo. Inclusive, passei o negrito nesta expressão para que o internauta entenda o porquê da minha insistente colocação neste espaço sobre esse tema delicadíssimo, já que o futebol brasileiro atua em descompasso em relação a determinação da Fifa que diz: Os membros das Comissões de Árbitros e os Observadores de Arbitragem devem ser ex-árbitros com exímio saber sobre as lei que regem o futebol dentro das quatro linhas.
É inaceitável que a CBF, entidade pentacampeã de futebol seja a principal artífice desse desserviço à arbitragem brasileira, ou seja: Indique para esta tão importante atribuição (Observador de Arbitragem) - pessoas que nunca apitaram sequer uma pelada de bairro. Como falar em profissionalizar o árbitro, em direito de arena, ponto eletrônico ou outras implementações tecnológicas para auxiliar a arbitragem a dirimir lances polêmicios, se pessoas totalmente estranhas à arbitragem são designadas para avaliar o árbitro de futebol nas competições da CBF? É chegado o momento da Associação Nacional de Árbitros entidade presidida pelo Marco Antonio Martins e os demais apitos do quadro nacional, reinvindicarem junto a CBF e sua Comissão de Arbitragem um basta nesta escabrosidade, que não contribui em nada para a melhora da qualidade do árbitro de futebol no Brasil. Pelo contrário: A continuidade da escalação desses "alienígenas" propicia um empobrecimento qualitativo no contexto da arbitragem nacional.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com
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