O plano de modernização do futebol brasileiro, celebrado em 2007 entre a CBF e a Fundação Getulio Vargas, criou a personagem do Observador de Árbitros, transformado recentemente em Assessor de Arbitragem. Lamentavelmente, a CBF esqueceu de normatizar essa figura importantíssima na conjuntura do futebol pentacampeão do mundo.
Escalado pela CA/CBF, com a missão precípua de elaborar um relatório de forma independente e sem influência de terceiros, ou seja, um relato justo, equilibrado e tecnicamente correto do que aconteceu antes, durante a após os jogos, essa destacada função, ao longo dos anos, vem sendo atribuída a pessoas leigas, sem a devida qualificação.
É óbvio que os resultados desse desvirtuamento incidem em avaliações inconclusas, muitas vezes sem substância, já que a avaliação do assessor é de fundamental importância, não só para se medir a capacidade do árbitro, mas também para a melhora da imagem do futebol brasileiro da nossa arbitragem, que está às portas da Copa das Confederações e, por extensão, da Copa do Mundo, que será realizada em solo brasileiro.
Um contingente expressivo desses “assessores”, além de não terem exercido a atividade de árbitro de futebol, nunca apitaram sequer uma pelada de menino de final de rua. Portanto, são leigos em termos de conhecimento das Regras do Jogo, na sua essência. Fico surpreso em ver as federações estaduais, mesmo tendo um número expressivo de ex-árbitros, contribuírem de forma negativa à esse processo, indicando pessoas sem os requisitos exigidos para desempenhar tão importante missão. Resta saber, se a CBF continuará propiciando a escalação desses “alienígenas”, o que fatalmente irá aviltar e empobrecer a qualidade do árbitro de futebol brasileiro.
Adriano Milczvski, com o ponto eletrônico
PS: encerrada a primeira fase do campeonato paranaense é nítida a falta de qualidade dos árbitros da Federação Paranaense de Futebol. Mesmo com a implementação da pré-temporada e do ponto eletrônico, avanços significativos, ficou clarividente a falta de postura nas tomadas de decisões. Outra deficiência apresentada pelos árbitros, diz respeito ao posicionamento com a bola em jogo. Salvo um ou outro apito, a maioria não sabe se posicionar. Já nas jogadas de média e alta velocidade, a deficiência atinge maiores proporções, porque o apitador sai de um posicionamento errôneo e até se posicionar de forma adequada como determina as Regras do Jogo de Futebol, se é que vai conseguir, a jogada já foi concluída. Em suma: a arbitragem da FPF da primeira fase ficou em recuperação.
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