Antonio Denival de Morais
Há poucos dias fui correr num dos parques da bela Curitiba e lá encontrei um pequeno grupo de árbitros da Federação Paranaense de Futebol. Em menos de três minutos estabeleci um pequeno diálogo com este grupo e é óbvio que o assunto que dominou a conversa foi o desempenho da arbitragem no Campeonato Estadual.
No colóquio verbal travado rapidamente, perguntei aos apitos que corriam em sentido contrário a este colunista, pelo presidente da Comissão de Árbitros do futebol paranaense Afonso Vitor de Oliveira, e a resposta foi: dificilmente nós o vemos, é um ser humano autoritário, "professor de Deus!", de difícil diálogo e quando a pessoa age dessa forma é melhor ficar longe.
Nilo Neves de Souza Júnior
Logo a seguir, perguntei quantos dos que ali estavam possuíam o livro Regras do Jogo de Futebol 2011/2012, e quantos tinham ou já leram o livro Sinais de Trânsito do Árbitro de Futebol - (a maioria dos entrevistados já ouviu falar mas não tem nenhum dos livros), ambos editado pela CBF e distribuído as federações estaduais gratuitamente. Ah, ia esquecendo. Alguns me disseram, que, xerocopiaram os livros, porque tomaram emprestado dos árbitros que pertencem ao quadro nacional da CBF.
Adriano Milczvski
Além dos motivos acima elencados, acrescente-se a ausência total de um projeto de excelência de formação e renovação para um setor tão importante como é a arbitragem, o que não acontece há oito anos ininterruptos no futebol do Paraná. O aqui exposto, explica como e por que vem ocorrendo tamanho decréscimo não só na qualidade dos nossos apitos, mas também, porque não revelamos árbitros promissores nas últimas temporadas. Enquanto o setor do apito da Casa Gêneris Calvo, for dirigido com idéias do século passado, criticar o desempenho dos árbitros no campeonato paranaense é mesmice.
PS: Adriano Milczvski, Antonio Denival de Morais, Edivaldo Elias da Silva e Nilo Neves de Souza Júnior, são árbitros da Relação Nacional de Árbitros de Futebol/CBF" há vários anos. Pergunto: em que ano o indigitado quarteto conseguiu se manter de forma reiterada nas escalas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro? Resposta: nunca.
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