domingo, 15 de abril de 2012

Educação continuada é obrigatória

Na medida em que se forma uma pessoa para antecipar-se a um problema, ela está sendo treinada para solucioná-lo. Se a formação não for adequada, é obvio que a solução acontecerá de forma  diferente e as conseqüências serão imprevisíveis. Diante do exposto, é de suma importância capacitar o árbitro não apenas por ocasião da sua formação, mas, a posteriori estabelecer um programa compartilhado de treinamento, de acompanhamento, objetivando alcançar o melhor  aprimoramento das atividades desempenhadas por ele. 

Esse procedimento após a formação do árbitro, visa reduzir possíveis erros que possam ser cometidos nos jogos, proporcionando assim melhor qualidade nas tomadas de decisões da arbitragem e, por conseguinte, diminuir os prejuízos  às equipes, oriundas das falhas  ocasionadas pela  preparação  atípica no seu primórdio.

Faço o intróito acima, para que o leitor possa compreender os erros  crassos, primários de arbitragem, que estão sendo cometidos no atual Campeonato Paranaense. Erros que são inerentes a natureza humana, mas que poderiam acontecer em menor intensidade, se a Federação Paranaense de Futebol, através da comissão de árbitros, implementasse via Escola de Formação de Arbitragem, um programa compartilhado de observação, de acompanhamento, visando instruir o árbitro a cada jogo, sobre  os prós e os contras. Lamentavelmente isso ainda não aconteceu no futebol da terra dos pinherais.  Se puxar pela memória vai faltar espaço para nominar os equívocos neste campeonato. Vou citar três gravíssimos. O pênalti não assinalado em favor do Atlético no Atletiba, os equívocos da arbitragem contra o Londrina  recentemente, e o “pênalti” inexistente assinalado pelo árbitro Ronaldo Parpinelli, contra o Coritiba, no final de semana, no Germano Kruguer, explicitam de forma inexorável a precariedade vigente na qualidade do quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol.

Esta compulsão de erros dos apitos paranaenses, agride  os clubes, os atletas, a imprensa,  o torcedor que paga  o seu ingresso para ver um espetáculo, que deveria ser decidido pelos astros da bola, os atletas,  mas na  maioria das vezes no futebol do Paraná, é decidido pelos erros primários da arbitragem. Além do exposto, os  erros reiterados da confraria do apito do nosso futebol, expõe  ao máximo a face arrogante, medíocre e incompetente de um setor que a cada ano que passa decai vertiginosamente de produção.  

PS: O Atletiba do próximo domingo, requer juízo, inteligência e muita responsabilidade do setor responsável pela escalação do trio de arbitragem. Em que pese a decadência acentuada que vivencia o quadro de árbitros da FPF, temos dois nomes que merecem confiabilidade em todos os aspectos. Evandro Rogério Romam e Heber Roberto Lopes. Quanto aos demais apitadores, entendo que dado a grandeza do clássico e o seu teor decisivo, se escalados pode significar um salto no escuro. 

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