Um nome deve ser destacado na arbitragem nacional: Marcelo Henrique é o árbitro do Brasileirão 
Um ano cruel para a arbitragem (1)
Quem se ater a fazer uma análise sobre o desempenho da arbitragem na 
temporada de 2012 no futebol brasileiro desde janeiro, incluindo os 
campeonatos estaduais, Copa do Brasil e o Brasileirão, fatalmente vai se
 defrontar com um gama de erros primários nas tomadas de decisões em 
todas as competições nominadas pelos homens de preto.
Um ano cruel para a arbitragem (2)
Sem pretender encarnar-se num crítico que vá além do direito de 
exercer esta forma de trabalhar junto à opinião pública, estamos 
reafirmando que o exercício-calendário 2012 do futebol brasileiro foi 
“cruel” no campo do apito.
Um ano cruel para a arbitragem (3)
Apesar de tudo, não se pode dizer que o nível das arbitragens no 
Brasil no seu todo foi horrível, pois em casos específicos existe uma 
forma de reconhecimento de quem atua nesta área.
Houve uma exceção
 Foto: Apito do Bicudo
Mas em que pese o ano horrível que vivenciou a arbitragem nacional, 
no nosso entendimento, um nome deve ser destacado. Trata-se de Marcelo 
de Lima Henrique (Fifa/RJ). Nas partidas em que atuou, o indigitado 
apito mostrou concentração, controle emocional, pleno domínio das Regras
 do Jogo, bom condicionamento físico, ótimo posicionamento em campo, 
firmeza e entusiasmo nas tomadas de decisões, imparcialidade, e, 
sobretudo, cumpriu o principal mandamento da Fifa, que  é punir o 
infrator para possibilitar o desenvolvimento natural do jogo. Diante do 
exposto, Marcelo Henrique é o árbitro do Brasileirão/2012.
Será que a tecnologia na linha do gol irá melhorar o futebol? (1)
A resposta só poderá ser obtida na sua plenitude a partir do Mundial 
de Clubes no Japão, em dezembro, quando serão testados os dois sistemas 
vencedores, o Hawk-Eye e o GoalRef. Ambos desenvolveram a bola 
inteligente (com chip).
Será que a tecnologia na linha do gol irá melhorar o futebol? (2)
Mas enquanto a bola não rola no País Asiático, um painel de 
especialistas discute e analisa nesta semana os prós e os contra da 
medida autorizada pelo International Board, na Soccerex, que será 
realizada no Forte de Copacabana, Rio de Janeiro. 
Será que a tecnologia na linha do gol irá melhorar o futebol (3)
Nunca é demais lembrar que a decisão que permitiu a implementação da 
tecnologia (chip na bola) para auxiliar a arbitragem a dirimir lances 
que fujam do seu campo visual surgiu após um incidente no jogo entre 
Inglaterra e Alemanha, na Copa da África do Sul. Naquela partida, aos 42
 minutos do primeiro tempo, o meia inglês Lampard, desferiu portentoso 
chute que atingiu a velocidade de 136 km/hora, contra a meta do arqueiro
 germânico Neuer. A bola, além da velocidade nominada, ultrapassou a 
linha de meta em 36 centímetros, o que não foi observado pela assistente
 Maurício Spinoza e seu compatriota Jorge Larrionda, ambos uruguaios.
Será que a tecnologia na linha do gol irá melhorar o futebol? (4)
Participam do painel sobre a utilização da tecnologia no futebol, e 
os impactos que ela vai proporcionar, o chefe de gabinete da secretaria 
geral da Fifa, Christoph Schmidt, o ex-goleiro do Barcelona, Vitor Baía,
 Alex Horne, secretário Geral da The FA (Federação Inglesa), Rinaldo 
Martorelli, membro do Conselho FIPPro, Thomas Pellkoffer, representante 
de gerenciamento operacional da GoalRef e Paul Hawkins, criador do 
sistema Hawk-Eye.
Regras simples
É bom lembrar que o futebol é regido por dezessete regras simples e, 
por isso, é praticado em todos os lugares do planeta, sem necessidade de
 grande infraestrutura mínima. Aliás, os defensores da sofisticação das 
regras, com a introdução da eletrônica, objetivando equacionar lances 
polêmicos, esquecem que é a sua simplicidade que permite a prática do 
futebol, com as mesmas regras, em qualquer local, mesmo que de escassos 
recursos materiais. Além disso, após o episódio da África do Sul, Joseph
 Blatter, o mandachuva da Fifa disse: “O futebol é jogado por humanos, 
deve ser apitado por humanos  e, em consequência , estará sujeito aos 
erros humanos”.
Excesso de paparico (1)
O recente congresso da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol 
(Anaf), realizado na cidade de São Paulo, deixou a desejar. O evento 
teve excesso de homenagens, muito paparico e pouca ou nenhuma 
praticidade em benefício dos homens de preto. No que tange ao Projeto de
 Lei 6405/2002 e apensos, que versam sobre a profissionalização da 
arbitragem no Brasil, não houve nenhum avanço. Pelo contrário, o 
imbróglio foi “empurrado” para o ano que vem e pelo andar da carruagem, 
dificilmente terá uma solução que contemple os verdadeiros objetivos da 
confraria do apito brasileiro.
Excesso de paparico (2)
Acredito que os homens da Anaf, desperdiçaram uma oportunidade 
inédita de enfatizar a importância da criação da Federação Brasileira de
 Árbitros de Futebol e a partir daí, com uma entidade de alta 
representatividade, dar prosseguimento ao projeto que regulamenta a 
profissão do árbitro de futebol. Resta saber, porque tão relevante 
questão para a arbitragem brasileira, quando arguida, foi contestada, 
fracionada e logo a seguir encerrada a discussão de forma abrupta.
PS: Se a Anaf deseja que as promessas e os discursos
 dos seus dirigentes não caiam na vala comum, é imperativo que ocorra 
uma mudança nas ações, no comportamento, nas ideias e na praticidade, 
sobretudo do seu “timoneiro” Marco Antonio Martins. É antiético ser 
assessor de arbitragem, onde se exerce a função de elencar os erros 
(dedo-duro) do quarteto de arbitragem à CA/CBF e, posteriormente, usar o
 site da Anaf para defendê-los. Não se pode servir a dois senhores.
 

 
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