Foto: Fifa.com
O futebol surgiu na
Inglaterra no século XVIII. Naquela época não havia um código regulamentando as
partidas. Jogava-se mais ou menos na base da pelada. Mas, o futebol que se
praticava sofreu algumas modificações no século XIX, quando um estudante de
Rugby decidiu conduzir a bola com as maõs. Dali em diante houve separação na prática dos
que utilizavam as mãos e os que usavam os pés. Na verdade iniciou ali uma
diferenciação nas regras que versavam sobre o Rugby e o futebol.
Já em 1863, os mesmos
ingleses decidiram fundar o Football Association e ato contínuo, instituíram um
comitê para elaborar novas leis para disciplinar o futebol dentro do retângulo
verde. Isso porque, desde 1840 foram criadas várias regras particulares para o
desenvolvimento da bola nos colégios da época daquele que viria ser o esporte
das multidões.
Antes, em 1862, apareceu o
código de Cambridge denominado The Simplest Play, e foi ancorado nesse código, que o
Football Association elaborou as primeiras Regras de Futebol, que foram
aprovadas em novembro de 1863. Naquele mesmo ano, no mês de dezembro, após
várias discussões o código foi aprovado e era composto de nove regras.
Ainda em 1866, outra
entidade, a Sheffield Association
aprovava suas próprias regras, onde se observava duas inovações em
relação as leis de The Simplest Play, que trazia o tiro de canto e o tiro
indireto.
Com o esgarçamento e o
crescimento descomunal do futebol em diferentes localidades do planeta, as
quatro associações britânicas que praticavam o esporte - (Escócia, Inglaterra, Irlanda e País de
Gales) - optaram por se unir e
uniformizar suas regras. Para isto, em
1882, fundaram a The International Football Association Board (IFBA), único organismo com
poderes para autorizar qualquer experimento ou alteração nas regras que regem a
pelota dentro do campo de jogo.
Portanto, não é a Fifa que autoriza experiências ou muda as leis no campo de jogo, e sim o (IFBA), que é
composto pelas quatro associações acima mencionadas e pela própria Fifa.
O Board reúne-se duas
vezes por ano. Em fevereiro ou março na Reunião Geral Anual, seus membros
estudam, discutem e decidem as propostas
de experiências e modificações nas regras do jogo e outros assuntos relativos
ao futebol, que estejam de acordo com as suas competências.
A outra reunião do (IFBA),
acontece entre os meses de setembro e outubro de cada ano, e é denominada de
Reunião de Trabalho Anual, quando são analisados temas gerais das leis que
regem o esporte na relva verde, mas não poderá fazer nenhuma modificação nas
Regras do Jogo.
Dando sequencia as suas
atribuições, no próximo sábado (2 de março), em
Edimburgo (Escócia), a entidade realiza a 127ª Reunião Geral Anual, sob
a presidência da Federação Escocesa de Futebol, onde se discutirá propostas com
o escopo de otimizar o futebol e torná-lo cada vez mais um espetáculo de
entretenimento.
Entre os itens da pauta,
estará um esclarecimento sobre a interpretação da Regra XI – Impedimento, após
propostas do Departamento de Arbitragem da Fifa e do subcomitê técnico do
próprio Board.
Este subcomitê é composto pelos respectivos diretores de arbitragem e/ou por
especialistas da Fifa e das quatro federações de futebol do Reino Unido.
Outros
assuntos em discussão serão o uso de sistemas eletrônicos de monitoramento de
desempenho; a bola ao chão (Regra 8 – Início e reinício de jogo), após um
pedido enviado pela Federação Dinamarquesa de Futebol, que foi alterada em 1º
de julho de 2012, e um relatório de atualização sobre a Tecnologia na Linha do
Gol, depois da implantação dos dois sistemas na Copa do Mundo de Clubes da Fifa,
em dezembro de 2012, no Japão.
A
IFAB também tratará de seus futuros processos de consulta e tomada de decisões,
além de sua futura estrutura. A autorreforma da instituição foi uma proposta
derivada da concordância da Fifa com alterações significativas em sua
governança, apresentadas ao Comitê Executivo da entidade no fim de março de
2012 e, subsequentemente, no Congresso da Fifa em Budapeste, em maio do ano
passado.
Ad
Argumentandum tantum: O prenúncio é de uma reunião com
debates acalorados, mas as decisões sobre as várias proposições e prováveis
alterações nas regras serão do Board. É bom enfatizar que o (IFBA) sempre se
mostrou propenso a ouvir e discutir melhoras, sobretudo, no que tange no
auxílio à arbitragem, porém, sem desmistificar a sua essência humana.
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