Allan Costa Pinto |
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Héber Roberto Lopes deixou a Federação Paranaense de Futebol no ano passado. |
Quesitos exigidos (1)
Os quesitos exigidos de um árbitro de futebol pela Fifa são: o técnico, que versa sobre o conhecimento do árbitro em relação as Regras do Jogo de Futebol - (interpretação e aplicação correta). O físico, que mede a capacidade do árbitro de se deslocar durante a partida em baixa, média e alta velocidade e os inúmeros movimentos abruptos que são realizados O Psicológico, exibe o equilíbrio do árbitro nas tomadas de decisões nas diferentes situações que acontecem num jogo de futebol, incluindo as reclamações dos atletas, do banco de reservas, as insurreições dos técnicos na área técnica e, sobretudo, as milhares de vozes que ecoam das arquibancadas.
Quesitos exigidos (2)
Já o quesito tático, expõe o posicionamento do árbitro no campo de jogo. (Ex: a Fifa determina que para o árbitro ter a jogada e o assistente mais próximo do seu campo visual, ele deverá posicionar-se à esquerda da jogada e da bola). Ou seja, utilizar o sistema diagonal. Porém, quando sentir que a partida está tomando um norte diferenciado, deverá sair da posição original e como se apregoa nas entranhas dos homens de preto, ir buscar a jogada com forte presença física, com o intuíto de não perder as "rédeas" do prélio.
Quesitos exigidos (3)
Finalizando, a última exigência da entidade que controla o futebol no planeta é a vida social do árbitro, que inclui o seu dia a dia. Qual é a sua profissão, como é a sua convivência no local de trabalho, como se relaciona com a família, que tipos de ambiente ele frequenta, como se relaciona com a imprensa, os dirigentes, atletas, torcedores, que tipo de convivência tem com a federação de onde é originário, e, principalmente, como é o seu grau de relacionamento com os demais colegas de arbitragem.
Teste definitivo
O último teste determinado pela Fifa a confraria do apito no que tange a Copa das Confederações, que tem seu início no próximo mês de junho, no Brasil, acontecerá no mês de abril, em Assunção (Paraguai). Lá serão realizados os derradeiros testes físicos, técnicos, táticos, psicológicos e o exigente teste de inglês. Explico: (as súmulas serão preenchidas em inglês na Copa das Confederações). Quem não falar fluentemente, escrever e ler o idioma mais falado do planeta, mesmo aprovado nos demais testes será desligado.
Quem decide é a Fifa (1)
Dado a repercussão na coluna anterior sobre a possível redução da idade do árbitro de 45 anos para 42 na Copa da Rússia, informo que quem decide é a Fifa. A entidade já baixou de 50 para 45 e há quem defenda em Zurique onde é a sede da Fifa, reduzir para 42 anos.
Quem decide é a Fifa (2)
A decisão da Fifa está amparada em estudos científicos, que apontam que o envelhecimento das células, tecidos, fibras, neurônios, e, sobretudo, a visão do ser humano, tem início a partir dos 30 anos. E, a cada temporada, em função do modelo de vida que vive a humanidade nos tempo atuais, esse processo acentua-se ano após anos. Daí estar coberto de razão a CA/CBF, no processo de renovação que vêm sendo implementado no quadro nacional.
Quinteto de ouro
Embora a Fifa não admita publicamente, os árbitros Cuneyt Cakir (Turquia), Howard Webb (Inglaterra), Pedro Proença (Portugal), Ravshan Irmatov (Uzbequistão), Stephane Lannoy (França) e Wilmar Roldan (Colômbia), são considerados pela entidade internacional como o sexteto de ouro, não tanto para a Copa das Confederações, mas, principalmente para o Mundial de 2014. Acontece que Lannoy foi vitimado há poucos dias por uma contusão na panturrilha direita, quando dirigia Bordeaux x Paris Saint Germam e dependendo da gravidade da lesão, poderá frustrar o desejo dos homens que dirigem o futebol em âmbito planetário.
Quem será o apito do Brasil na Copa?
A resposta a esta pergunta deve surgir apenas no ano que vem, já que é norma da Fifa não indicar árbitros do País onde é realizada a Copa das Confederações. Mas, pelo andar da situação, a trempe, Heber Roberto Lopes (Fifa/SC), Leandro Pedro Vuaden (Fifa/RS) e Sandro Meira Ricci (Fifa/PE), vai disputar a cada partida que dirigirem a indicação para o mais importante torneio de futebol do mundo.
Catarinenses têm um mega-árbitro
Ao optar pela Federação Catarinense de Futebol para continuar sua carreira de árbitro Fifa, Heber Roberto Lopes, deu uma guinada de 360 graus na sua vida profissional. Digo isto porque, uma semana após anunciar o seu desligamento da Federação Paranaense de Futebol, foi convocado pela Fifa para voltar a fazer parte do processo pré-seletivo dos homens do apito, com vistas a Copa do Mundo. Logo a seguir, foi escalado pela Conmebol e suas atuações têm sido coroadas de êxito. Na última quinta-feira, dirigiu Olímpia (Paraguai) 2 x 0 Defensor (Uruguai), pela Libertadores e confesso que foi muito bom vê-lo com um corpo esguio, longelíneo e curvelíneo como manda a Fifa. A brilhante performance do indigitado árbitro tem a marca da sua esposa e do presidente da FCF, Delfim de Pádua Peixoto. Ao mudar de ares, o indigitado apito expôs o quanto a arrogância, a incompetência e o atraso que vicejam no futebol paranaense o atrapalharam.
PS: Antes de encerar esta coluna falei ao telefone com o maior árbitro do futebol brasileiro de todos os tempos, Carlos Eugênio Simon, hoje comentarista da Fox Sports. Perguntei ao gaúcho Simon, quem será o árbitro brasileiro na Copa. Simon, não tergiversou. Vuaden, Heber ou Sandro. Não tem outro, finalizou.
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