sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Nosso poliglota na Copa: Sandro Meira Ricci

Quando observou a guerra fratricida entre membros da arbitragem, comissão de árbitros e sindicato dos árbitros de futebol do Distrito Federal, o inteligentíssimo árbitro Sandro Meira Ricci, 39 anos, como bom mineiro que é, trabalhou em silêncio e tratou de buscar novos ares para desenvolver seu projeto de ser selecionado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Dentre as opções que encontrou, a Federação de Futebol do Estado de Pernambuco, lhe apresentou um plano de trabalho e apoio que ia de encontro aos interesses do futebol local e de sua aspiração primordial, a de ser indicado para ser o representante da arbitragem brasileira no Mundial deste ano.
Principal árbitro da terra do frevo, Ricci passou a ser tratado pela federação, imprensa e dirigentes das equipes, como a “menina dos olhos” do futebol pernambucano. Além disso, sua participação qualificou o campeonato da terra de Morais Moreira e mexeu com a adrenalina do quadro de arbitragem, o que propiciou que Pernambuco vivenciasse um dos melhores estaduais da sua história no ano que passou.
Veio setembro de 2012 e a Fifa realizou o primeiro teste físico, teórico, médico e prático com os apitos pré-selecionados para a Copa, em Zurique. Wilson Luis Seneme, o árbitro indicado para representar a arbitragem brasileira, foi reprovado de forma humilhante no teste físico. Concedida nova oportunidade a Seneme meses depois, reprovou no mesmo teste, o que provocou o seu desligamento. Diante do fiasco de Seneme, Leandro Vuaden (Fifa/RS) foi indicado como substituto e no único teste que foi submetido pela Fifa, reprovou vertiginosamente.
Aí o destino e a competência decidiram premiar aquele que elaborou e colocou em prática um projeto para sua carreira profissional como árbitro, e  trabalhou no seu intelecto desde a sua mudança para Pernambuco, ser selecionado pela Fifa e, posteriormente, dirigir a partir do dia 12 de junho a 13 de julho próximo, jogos da maior competição futebolística do planeta, a Copa do Mundo. Seu nome, Sandro Meira Ricci (foto).
                                                                          Divulgação

Indicado, tratou de contratar um fisiologista, um nutricionista, um preparador físico, ouviu e colocou em prática tudo o que foi ministrado pelo ex-árbitro Salvio Spínola Fagundes e o presidente da Escola Brasileira de Árbitros da CBF, Sérgio Corrêa da Silva.
Poliglota, Ricci fala quatro idiomas. Mesmo assim aprimorou o seu inglês, o idioma oficial da Fifa. Resultado: foi aprovado em todos os testes da entidade que controla o futebol no planeta. Portanto, sua designação via Fifa como representante da arbitragem do País pentacampeão de futebol do mundo é mais do que justa. Justíssima!

PS:  A Fifa nas suas competições não admite que o árbitro fale com os atletas, dirigentes, delegados dos jogos, ou tome qualquer posição no campo de jogo que não seja através do inglês.

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