Quando observou a
guerra fratricida entre membros da arbitragem, comissão de árbitros e sindicato
dos árbitros de futebol do Distrito Federal, o inteligentíssimo árbitro Sandro
Meira Ricci, 39 anos, como bom mineiro que é, trabalhou em silêncio e tratou de
buscar novos ares para desenvolver seu projeto de ser selecionado para a Copa
do Mundo de 2014 no Brasil.
Dentre as opções que
encontrou, a Federação de Futebol do Estado de Pernambuco, lhe apresentou um
plano de trabalho e apoio que ia de encontro aos interesses do futebol local e
de sua aspiração primordial, a de ser indicado para ser o representante da
arbitragem brasileira no Mundial deste ano.
Principal árbitro da
terra do frevo, Ricci passou a ser tratado pela federação, imprensa e
dirigentes das equipes, como a “menina dos olhos” do futebol pernambucano. Além
disso, sua participação qualificou o campeonato da terra de Morais Moreira e
mexeu com a adrenalina do quadro de arbitragem, o que propiciou que Pernambuco
vivenciasse um dos melhores estaduais da sua história no ano que passou.
Veio setembro de 2012
e a Fifa realizou o primeiro teste físico, teórico, médico e prático com os
apitos pré-selecionados para a Copa, em Zurique. Wilson Luis Seneme, o árbitro
indicado para representar a arbitragem brasileira, foi reprovado de forma
humilhante no teste físico. Concedida nova oportunidade a Seneme meses depois,
reprovou no mesmo teste, o que provocou o seu desligamento. Diante do fiasco de
Seneme, Leandro Vuaden (Fifa/RS) foi indicado como substituto e no único teste
que foi submetido pela Fifa, reprovou vertiginosamente.
Aí o destino e a competência
decidiram premiar aquele que elaborou e colocou em prática um projeto para sua
carreira profissional como árbitro, e trabalhou
no seu intelecto desde a sua mudança para Pernambuco, ser selecionado pela Fifa
e, posteriormente, dirigir a partir do dia 12 de junho a 13 de julho próximo,
jogos da maior competição futebolística do planeta, a Copa do Mundo. Seu nome,
Sandro Meira Ricci (foto).
Divulgação
Indicado, tratou de
contratar um fisiologista, um nutricionista, um preparador físico, ouviu e
colocou em prática tudo o que foi ministrado pelo ex-árbitro Salvio Spínola
Fagundes e o presidente da Escola Brasileira de Árbitros da CBF, Sérgio Corrêa
da Silva.
Poliglota, Ricci fala
quatro idiomas. Mesmo assim aprimorou o seu inglês, o idioma oficial da Fifa.
Resultado: foi aprovado em todos os testes da entidade que controla o futebol
no planeta. Portanto, sua designação via Fifa como representante da arbitragem
do País pentacampeão de futebol do mundo é mais do que justa. Justíssima!PS: A Fifa nas suas competições não admite que o árbitro fale com os atletas, dirigentes, delegados dos jogos, ou tome qualquer posição no campo de jogo que não seja através do inglês.
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