quinta-feira, 15 de maio de 2014

O retorno do mestre

A CBF anunciou na última terça-feira (13), o retorno do instrutor da Conmebol e da Fifa, Sérgio Corrêa da Silva, ao comandado da Comissão de Arbitragem da entidade pentacampeã de futebol. Corrêa já ocupou o mesmo cargo anteriormente, mas, em função da mudança na direção da Confederação Brasileira de Futebol, após a saída de Ricardo Teixeira, foi deslocado para gerir a Escola Nacional de Árbitros ((Enaf).Duas personagens de relevância da arbitragem nacional foram convidadas pelo presidente José Maria Marin, para oxigenar um dos setores mais importantes do futebol que é o apito. O primeiro a enfrentar a dificílima missão de localizar, identificar e escalar, num universo de mais de quatrocentos membros da Relação Nacional de Árbitros de Futebol (Renaf), árbitros e assistentes, para as competições da CBF, foi Aristeu Tavares. Não deu certo. O segundo, Antonio Pereira da Silva, com um estilo introvertido e sem densidade perante o contexto da arbitragem brasileira, também fracassou.A avalanche de interpretação e aplicação das Regras de Futebol de forma desconexa exteriorizada em todos os torneios da CBF, pelos homens de preto, colocou em cheque a qualidade da nossa arbitragem e, por extensão, a credibilidade nas tomadas de decisões no campo de jogo. Com o retorno de Sérgio Corrêa, a frente dos destinos da arbitragem, espera-se que os equívocos “absurdos” que vinham sendo cometidos, sobretudo pelos assistentes, sejam minimizados. Mas não basta mudar o timoneiro da nau do apito nacional. É imperativo que Corrêa faça em caráter emergencial uma reavaliação na lista de nomes que compõe a Renaf. A eleição na CBF já aconteceu e alguns nomes já deram demonstrações explícitas de que não preenchem os requisitos para pertencer a nominada lista. Além disso, um curso de capacitação continuada nos quesitos técnico, tático, físico e psicológico à arbitragem nacional é importante para o desenvolvimento dos homens do apito na sequencia do Brasileirão. E, por derradeiro, a CA/CBF deveria contratar um oftalmologista próprio e exigir que a confraria do apito que labora na Copa do Brasil e nas quatro séries do Campeonato Brasileiro, seja submetida a um exame rigoroso da qualidade ocular. A contratação de um oftalmo pela CBF, além de propiciar a entidade a verdadeira capacidade visual dos seus árbitros via retina, cuja função é responsável pela formação de imagens, ou seja, pelo sentido de visão, deverá eliminar alguns apitadores e bandeiras do quadro nacional. Aqueles que não forem detectados com problemas de visão, obviamente, devem ser submetidos a uma requalificação e, se persistirem apresentando equívocos, devem ser dispensados.
  • PS: Sérgio Corrêa da Silva, Carlos Alarcón, presidente da Comissão de Árbitros da Conmebol e membro do Comitê de Árbitros da Fifa e o ex-árbitro Carlos Eugênio Simon, são considerados pela entidade que controla o futebol no planeta, como as três maiores autoridades em Regras de Futebol na América do Sul.

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