domingo, 18 de maio de 2014

Perfil e critérios inovados: Homem de preto


Quando a bola rolar na partida de abertura da Copa do Mundo, entre Brasil x Croácia, na Arena/Corinthians, no próximo dia 12 de junho, o torcedor verá um modelo de arbitragem que vai contrastar e muito com o estilo desenvolvido pelos apitos brasileiros, nos campeonatos regionais e, sobretudo, nos torneios da CBF.
Faço a afirmação em tela, porque a média de faltas assinaladas pelos árbitros na Premier League (Inglaterra) na temporada 2013/2014, oscilou entre 16 a 20 infrações por partida.  Na Bundesliga (Alemanha), os homens de preto assinalaram de 21 a 23 faltas por prélio. Na Espanha, foi de 23 a 25 infrações por jogo.  E, na Itália, foi de 26 a 28 infrações por peleja.
Na Champions League da Uefa, que terá Real Madri x Atlético de Madri como finalistas  no próximo sábado, no estádio da Luz em Portugal, a média de faltas antes do choque final, apontada pelos árbitros, foi de 15 a 18 infrações por jogo.  Resultado do acima exposto:  a bola rola mais tempo no campo, e por isto as competições do Velho Continente são vendidas ao mercado publicitário e, por consequência ao torcedor, como um espetáculo de entretenimento como determina a Fifa.

O segredo do sucesso da arbitragem europeia, está ancorado no fato de que a cada dois anos, as associações, confederações e federações filiadas a Uefa, são convidadas a indicar um árbitro e dois assistentes promissores com potencial de se tornarem árbitros da entidade internacional.
Sob o comando do ex-árbitro inglês, David Elleray, membro do Comitê de Arbitragem da Uefa, os futuros apitos são enviados ao Centro de Excelência de Arbitragem (Core).
Lá, são submetidos a treinamentos que tem a participação de quatro treinadores de árbitros, dois treinadores de assistentes, dois psicólogos e dois professores de inglês, que orientam e acompanham as tarefas diárias executadas pelos árbitros durante a estada no (Core).  
O segmento introdutório foca na aprendizagem, enquanto o curso de consolidação destina-se a observar e verificar o progresso atingido pelos novos apitos, nos jogos previamente marcados e, a posteriori, avaliados pelos membros do (Core).
Além do curso exaustivo de interpretação e aplicação das Regras de Futebol e orientação de como a arbitragem deve trabalhar em equipe, os instrutores de alto nível da Uefa, enfatizam de maneira peremptória que o árbitro deve ter capacidade de discernir simulações e quedas casuais, em função de um contato físico ou mesmo de um tropeço, quando nada deve ser marcado no jogo.
PS: Por ter inserido no seu intelecto, aprimorado e aplicado a filosofia do (Core) e, principalmente da Fifa nas partidas que apitou, o árbitro brasileiro  Sandro Meira Ricci (foto/Fifa/PE), foi laureado como representante da arbitragem brasileira na Copa do Mundo.    

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