Quando
a bola rolar na partida de abertura da Copa do Mundo, entre Brasil x Croácia,
na Arena/Corinthians, no próximo dia 12 de junho, o torcedor verá um modelo de
arbitragem que vai contrastar e muito com o estilo desenvolvido pelos apitos
brasileiros, nos campeonatos regionais e, sobretudo, nos torneios da CBF.
Faço
a afirmação em tela, porque a média de faltas assinaladas pelos árbitros na
Premier League (Inglaterra) na temporada 2013/2014, oscilou entre 16 a 20
infrações por partida. Na Bundesliga
(Alemanha), os homens de preto assinalaram de 21 a 23 faltas por prélio. Na
Espanha, foi de 23 a 25 infrações por jogo.
E, na Itália, foi de 26 a 28 infrações por peleja.
Na
Champions League da Uefa, que terá Real Madri x Atlético de Madri como
finalistas no próximo sábado, no estádio
da Luz em Portugal, a média de faltas antes do choque final, apontada pelos
árbitros, foi de 15 a 18 infrações por jogo. Resultado do acima exposto: a bola rola mais tempo no campo, e por isto
as competições do Velho Continente são vendidas ao mercado publicitário e, por
consequência ao torcedor, como um espetáculo de entretenimento como determina a
Fifa.
O
segredo do sucesso da arbitragem europeia, está ancorado no fato de que a cada
dois anos, as associações, confederações e federações filiadas a Uefa, são
convidadas a indicar um árbitro e dois assistentes promissores com potencial de
se tornarem árbitros da entidade internacional.
Sob
o comando do ex-árbitro inglês, David Elleray, membro do Comitê de Arbitragem
da Uefa, os futuros apitos são enviados ao Centro de Excelência de Arbitragem
(Core).
Lá,
são submetidos a treinamentos que tem a participação de quatro treinadores de
árbitros, dois treinadores de assistentes, dois psicólogos e dois professores
de inglês, que orientam e acompanham as tarefas diárias executadas pelos
árbitros durante a estada no (Core).
O
segmento introdutório foca na aprendizagem, enquanto o curso de consolidação
destina-se a observar e verificar o progresso atingido pelos novos apitos, nos
jogos previamente marcados e, a posteriori, avaliados pelos membros do (Core).
Além
do curso exaustivo de interpretação e aplicação das Regras de Futebol e
orientação de como a arbitragem deve trabalhar em equipe, os instrutores de
alto nível da Uefa, enfatizam de maneira peremptória que o árbitro deve ter
capacidade de discernir simulações e quedas casuais, em função de um contato
físico ou mesmo de um tropeço, quando nada deve ser marcado no jogo.
PS: Por ter inserido no seu intelecto,
aprimorado e aplicado a filosofia do (Core) e, principalmente da Fifa nas
partidas que apitou, o árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci (foto/Fifa/PE), foi laureado
como representante da arbitragem brasileira na Copa do Mundo.
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