segunda-feira, 5 de maio de 2014

Sem requalificação, o apito vai decidir o Brasileirão

A terceira rodada do Campeonato Brasileiro, finalizada no domingo que passou, expôs de forma inexorável que a arbitragem que está laborando nas competições da CBF, não está cumprindo as Regras de Futebol.  Tampouco, o manual que foi encaminhando via e-mail pela Comissão de Árbitros da entidade, dias antes do início da principal competição do futebol brasileiro aos componentes da Relação Nacional de Árbitros de Futebol    (Renaf).
Neste memorando, a CA/CBF exibiu uma série de recomendações ao sexteto de arbitragem de como proceder com atletas, técnicos e demais membros da área técnica, no caso de infração às leis que regem o futebol dentro das quatro linhas, nas Séries A, B, C e D.
O que se observa assim que a bola rola na relva, além da desobediência é um princípio de desconhecimento  em algumas situações as regras, e que o trio de arbitragem não elaborou nenhum planejamento para a partida que está dirigindo.  E a prova cabal da ausência de planejamento, acontece não em lances de maior magnitude, mas em jogadas de menor potencial. Qualquer imbróglio que aconteça no jogo, é latente a dificuldade do árbitro, dos bandeiras e do quarto árbitro na sua elucidação de forma objetiva.  Aliás, deixo aqui uma questionamento a CA/CBF e aos árbitros que labutam na Série A do Brasileirão: Para que serve o ponto eletrônico utilizado pela arbitragem? 
É perceptível e detectável através da televisão, a falta de capacidade no manejo com o ponto eletrônico de alguns trios. Tenho observado que decisões que exigem respostas simples, que poderiam ser dirimidas via ponto eletrônico, são postergadas e em muitos casos o jogo é paralisado e o árbitro se dirige lentamente até ao auxiliar onde ocorreu o incidente.  Além de ir contra a decisão da Fifa de agilizar o reinício da partida, é comum o árbitro e assistente estabelecerem um colóquio verbal e após muita lenga-lenga, Tudo fica como dantes no quartel de Abrantes.
Egressos das federações estaduais, a arbitragem do Campeonato Brasileiro é malformada nessas federações, onde após a formatura são jogados aos “leões” sem treinamento ou orientações específicas, ou seja, não recebem uma acompanhamento ou a chamada capacitação continuada.
Malformados, sem  requalificação na sua federação de origem e lançados em competições de maior amplitude com a presença da televisão, uma avalanche de erros técnicos, disciplinares, equívocos de posicionamento do árbitro e assistentes são escancarados a cada rodada e a continuar como está, ao invés de as partidas serem decididas pelos artistas do espetáculo, os atletas de futebol, quem vai decidir é a arbitragem com erros de diferentes dimensões.   
Diante do que se leu, é imperativo que a  Escola Nacional de Arbitragem de Futebol da CBF (Enaf), criada em janeiro de 2013, entre em ação com uma requalificação aos membros da (Renaf/CBF). 

PS: As diferentes manifestações criminosas desenvolvidas pelas torcidas organizadas atingiram um patamar tão significativo, que as autoridades e o torcedor estão perplexos.  A morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, atingido por um vaso sanitário nas adjacências do estádio do Arruda no Recife, na última sexta-feira, deixa clarividente de que se não forem adotadas ações contundentes no futebol brasileiro contra esses criminosos travestidos de torcedores, eles vão se transformar em guerrilhas.  Já passou da hora de sairmos da hipótese e passarmos a prática de ter nos jogos apenas uma torcida, visto que a estupidez empregada pelas “facções das organizadas” já ultrapassou os limites. É a saída ou a única porta para evitar novas tragédias.
PS (2): E como sugestão para que nenhum torcedor volte a ser atingido por vaso sanitário, sugiro que seja implementado nos banheiros dos estádios de futebol a bacia turca. Que é aquele vazo sanitário direto no chão, muito utilizado em rodoviárias, supermercados, metrôs, enfim, nos lugares públicos.

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