A
última etapa que versa sobre a crise que vivencia a arbitragem brasileira tem
dois epicentros. As associações e sindicatos de árbitros de futebol e os
próprios árbitros. No que diz respeito as entidades de classe que “representam”
os homens de preto em todo o Brasil, nesse setor o continuísmo “dá carta e joga
de mão". Encontrar uma entidade de classe que ainda não foi cooptada pelas
federações estaduais ou as comissões de arbitragem, é como achar uma agulha num
“palheiro”. E quem não aceitou ser cooptado, está sofrendo consequências me
disse um presidente de uma associação em “off”.
Os
eleitos pela categoria do apito em diferentes localidades do País afora, que “juraram”
defender e buscar melhorias para os seus filiados nos diversificados segmentos
da arbitragem, estão “arraigados” em funções triplas ou quádruplas nas
federações estaduais e na CBF.
Os
dirigentes das associações que são fundadas de acordo com o Art. 53 do Código
de Processo Civil e não podem ter lucro, mas, quem está envolvido no processo
tem, foram cooptados escancaradamente
pelas federações e a CBF.
Os
componentes dessas associações/sindicatos, por questão ética e dada a incompatibilidade
salvo um ou outro caso, não deveriam, mas exercem as atividades de diretor da
comissão de árbitros, observador de arbitragem, diretor ou membro da escola de
formação de árbitros da federação local.
Além
disso, há um contingente expressivo de dirigentes classistas (associações,
sindicatos, membros e diretores das comissões de arbitragem das federações) - que
atuam como observadores, delegados especiais e há pouco “inventaram” a figura
do Tutor de arbitragem nas competições da CBF. Detalhe: Todos os envolvidos
nesse processo são regiamente remunerados pelos borderôs dos jogos, porém, os
resultados de toda essa parafernália são pífios a partir do momento que o homem
do apito autoriza o início das partidas.
E,
por derradeiro, aquele a quem é conferido o direito inalienável conforme
preceituado na (REGRA V) – o árbitro - de interpretar e aplicar as REGRAS
DE FUTEBOL, ao invés de se organizar e viabilizar
mecanismos para aprimorar o seu desempenho na dificílima missão no momento de
trilar o apito ou levantar a bandeira adequadamente, se acomodou.
A
principal reivindicação dos árbitros e assistentes nas federações e na CBF que
temos conhecimento, sempre foi e continua sendo a de garantir uma escala. Esse
fator por si só atesta inexoravelmente o atraso que vivem os juízes e bandeiras
do futebol pentacampeão, em que pese estarmos vivendo no século 21. O epílogo
desta matéria expõe de maneira irrefutável, o Raio-X do árbitro do futebol
brasileiro.
PS:
O caminho para a independência, o aperfeiçoamento técnico, cultural e
minimização dos erros “crassos” da arbitragem nas competições estaduais e
nacionais, se existir interesse das federações e, sobretudo, da CBF, está na
busca de um diálogo transparente com a direção da (Anaf) Associação Nacional de
Árbitros de Futebol. Lá, os homens que comandam o futebol brasileiro, encontrarão
Marco Antonio Martins e Salmo Valentim, dois baluartes da arbitragem que tem
ideias, projetos e muita disposição de mudar a trajetória e propiciar a valorização
que o profissional do apito é merecedor.
PS (2): A Uefa deu início a partir de hoje (24), até a próxima sexta-feira em Nyon (Suíça), ao curso de capacitação aos (AAA) árbitros assistentes adicionais da entidade europeia. A estrutura do evento terá como principal foco assistente de arbitragem adicional, exercícios práticos, tomada de decisão e exercícios do árbitro assistente adicional. Enquanto isso aqui no Brasil, os (AAA) demonstram total inabilidade na função nos prelios do Brasileirão.
PS (2): A Uefa deu início a partir de hoje (24), até a próxima sexta-feira em Nyon (Suíça), ao curso de capacitação aos (AAA) árbitros assistentes adicionais da entidade europeia. A estrutura do evento terá como principal foco assistente de arbitragem adicional, exercícios práticos, tomada de decisão e exercícios do árbitro assistente adicional. Enquanto isso aqui no Brasil, os (AAA) demonstram total inabilidade na função nos prelios do Brasileirão.
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