segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Raio-X da arbitragem

    Roberto Braatz, Carlos Eugênio Simon (com a bola Jabulani) e Altemir Hausmann na Copa da África do Sul em 2010

Trabalho em equipe perfeito (1)
Santos/SP 2 x 1 Coritiba/PR, sábado na Vila Belmiro, o árbitro Marcelo de Lima Henrique (Fifa/RJ) e demais membros da equipe de arbitragem, agiram corretamente quando anularam o gol do defensor Lucas Claro da equipe paranaense. Claro chutou a bola em gol, mas, Zé Love do Alviverde paranaense estava em posição de impedimento (interferindo em um adversário) – o que significa impedir que um adversário jogue ou possa jogar a bola, obstruindo claramente o campo visual do adversário (neste caso do goleiro Aranha do Santos), ou disputando a bola com ele. Aqui, segundo informações que recebi de um profissional que estava posicionado atrás da meta onde ocorreu a infração, foi peremptória a participação do (AAA) Árbitro Assistente Adicional, para a equação do lance.

Trabalho em equipe perfeito (2)
Outra partida onde funcionou perfeitamente a interação entre os homens de preto, foi Fluminense/RJ 3 x 0 Palmeiras/SP. O árbitro Elmo Alves Cunha (CBF-2/GO), só assinalou o penal contra a esquadra do Parque Antarctica, que originou o primeiro gol da equipe carioca, porque o (AAA) postado atrás da meta do Palmeiras, lhe comunicou via ponto eletrônico a abertura demasiada do braço do atleta Renato do Palmeiras.

Trabalho em equipe perfeito (3)
Neste tipo de infração, a orientação da Fifa é no sentido de que quando o atleta utilizar a mão e ocupar um espaço além do permitido, e ficar clarividente a intenção de cortar a trajetória da bola dentro da área penal, o árbitro deve assinalar pênalti e advertir o atleta com cartão amarelo. Ótimo trabalho em equipe do sexteto que venho de Goías.

No Morumbi
Leandro Pedro Vuaden (Fifa/RS), no São Paulo/SP 2 x 0 Cruzeiro, dado a grandeza do espetáculo que comandou, poderia ter recebido uma nota expressiva, porém, deixou de cumprir a regra. Aos 33 minutos do primeiro tempo, o zagueiro Dedé, do Cruzeiro, cometeu pênalti em Ganso. O jogador mineiro já tinha sido advertido com cartão amarelo, se recebesse novamente a punição receberia cartão vermelho. Vuaden, no entanto, deu apenas uma advertência verbal.

No Maracanã
O assistente Elan Vieira de Souza (CBF-1/PE), no clássico Flamengo/RJ 1 x 0 Corinthians/SP, equivocadamente deixou de assinalar o impedimento de Eduardo da Silva do Flamengo, que tocou na bola e ato contínuo a pelota caiu nos pés do seu companheiro Wallacce, que fuzilou as redes do time do Parque São Jorge irregularmente. Neste lance aconteceu o seguinte: Interferir no jogo: “O que significa jogar ou tocar a bola que foi passada ou tocado por um companheiro”. Não vejo como culpar o árbitro Sandro Meira Ricci (Fifa/PE), já que seu ângulo de visão não lhe permitia ter a jogada na sua plenitude.

Na Arena da Baixada
Atlético/PR 2 x 0 Vitória, teve pouquíssimos lances em que a arbitragem foi exigida. Acoplado ao exposto, o capixaba Pablo dos Santos Alves (CBF/Especial-2/ESP), com um perfeito posicionamento, com ótimo deslocamento nas jogadas de baixa, média e alta velocidade e sem erros dos assistentes, fez um belíssimo trabalho.  

No Jóia da Princesa/Feira de Santana
Bahia 3 x 0 Figueirense, o fato negativo foi a torcida organizada. O fato positivo foi a atuação do árbitro Gilberto Rodrigues Castro Júnior (CBF-1/PE), 34 anos, que é engenheiro. Castro Júnior passou incólume e ninguém o vislumbrou dentro do campo de jogo. O segredo do sucesso do indigitado juiz, está nas aulas de cátedra que vem recebendo do melhor árbitro Sul-Americano na atualidade, Sandro Meira Ricci, que está sediado em Pernambuco.

PS: Abraham Klein (Fifa/Romênia/Israel), Arnaldo Cezar Coelho (Fifa/Brasil), Carlos Eugênio Simon (Fifa/Brasil), Horacio Elizondo (Fifa/Argentina), Howard Webb (Fifa/Inglaterra), Jhon Taylor (Fifa/Inglaterra), Nicola Rizzoli (Fifa/Itália), Pierluigi Collina (Fifa/Itália), Romualdo Arppi Filho (Fifa/Brasil) e Rudi Glonecker (Fifa/Alemanha), são alguns dos árbitros que têem seus nomes inseridos numa placa de ouro nos anais da Fifa, em função dos excelentes serviços prestados à arbitragem mundial.

PS (2): Quando convocados pela entidade internacional, os apitos acima foram submetidos a preparação de alto nível. Porém, todos são humanos, e não máquina. Por isso erraram quando tiveram que tomar decisões no campo de jogo. Diferentemente do árbitro brasileiro que além de humano e em que pese os esforços da Anaf no recente projeto de profissionalização, é formado e tratado pelas federações estaduais de futebol, pelas comissões de arbitragens, pela CBF e pelos dirigentes dos clubes de futebol como semiamador.

Um comentário: