Nunca
na história do Campeonato Brasileiro desde a sua primeira edição em (1971), se
presenciou tantos erros crassos de arbitragem como no Brasileirão deste ano.
Fala-se que a televisão matou o árbitro e os assistentes. É inverídica a
informação. O que aconteceu é que o futebol e a TV evoluíram em escala
descomunal em diferentes segmentos, enquanto o árbitro ficou circunscrito a
brigas “paroquiais” por escalas nas federações de futebol e nos torneios da
CBF.
Além
disso, em que pese a importância decisiva do árbitro e dos bandeiras na
interpretação e aplicação das Regras do Jogo, as federações de futebol onde os
árbitros são formados e, posteriormente, emprestados à CBF, não investiram
na requalificação e não dão a menor
demonstração de que pretendem investir no homem de preto.
E a
prova inexorável acontece a cada temporada, quando alguns presidentes de
federações decidem “maquiar” a situação da arbitragem local, anunciando
“investimentos” na contratação de um ou outro apito de qualidade. Enquanto
isso, a maioria esmagadora dos demais membros do quadro de arbitragem que fez a
dita “contratação”, apresentam condições técnicas, táticas, físicas e
psicológicas, que se aproximam da indigência.
Aliás,
se quisessem investir na qualidade dos seus apitos, os presidentes das
federações de futebol, ao invés de contratações “rocambolescas”, investiriam em
talentos locais com vocação para o mister da arbitragem. Como não há a mínima
intenção, continuaremos a observar um
festival de tomadas de decisões pífias dos apitadores.
Diante
do cenário aqui nominado, para que o ”miserê” qualitativo que atinge a
arbitragem das federações de futebol não continue a colocar em dúvida as
decisões da confraria do apito nas competições da CBF, é de fundamental
importância a confecção da nova lista da (Renaf) Relação Nacional de Árbitros
de Futebol. Lista
que está sendo formatada por um dos mais proeminentes personagens da arbitragem
brasileira, Sérgio Corrêa da Silva, diretor da CA/CBF e seus congêneres e será anunciada nos primeiros dias de
2015.
PS:
Adicione-se ao exposto acima, a calamidade da composição das escolas de
formação de árbitros e das comissões de arbitragem das federações. Destaco
ainda que a decadência que assola a arbitragem brasileira, tem outro componente
primordial. As entidades sindicais (associações e sindicatos de árbitros)- que
dizem “representar” a categoria - mas, com raras exceções, foram cooptadas
pelas federações e comissões de arbitragem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário