domingo, 7 de dezembro de 2014

Futura Renaf exige choque de gestão

Nunca na história do Campeonato Brasileiro desde a sua primeira edição em (1971), se presenciou tantos erros crassos de arbitragem como no Brasileirão deste ano. Fala-se que a televisão matou o árbitro e os assistentes. É inverídica a informação. O que aconteceu é que o futebol e a TV evoluíram em escala descomunal em diferentes segmentos, enquanto o árbitro ficou circunscrito a brigas “paroquiais” por escalas nas federações de futebol e nos torneios da CBF.

Além disso, em que pese a importância decisiva do árbitro e dos bandeiras na interpretação e aplicação das Regras do Jogo, as federações de futebol onde os árbitros são formados e, posteriormente, emprestados à CBF, não investiram na  requalificação e não dão a menor demonstração de que pretendem investir no homem de preto.

E a prova inexorável acontece a cada temporada, quando alguns presidentes de federações decidem “maquiar” a situação da arbitragem local, anunciando “investimentos” na contratação de um ou outro apito de qualidade. Enquanto isso, a maioria esmagadora dos demais membros do quadro de arbitragem que fez a dita “contratação”, apresentam condições técnicas, táticas, físicas e psicológicas, que se aproximam da indigência.

Aliás, se quisessem investir na qualidade dos seus apitos, os presidentes das federações de futebol, ao invés de contratações “rocambolescas”, investiriam em talentos locais com vocação para o mister da arbitragem. Como não há a mínima intenção,  continuaremos a observar um festival de tomadas de decisões pífias dos apitadores.

Diante do cenário aqui nominado, para que o ”miserê” qualitativo que atinge a arbitragem das federações de futebol não continue a colocar em dúvida as decisões da confraria do apito nas competições da CBF, é de fundamental importância a confecção da nova lista da (Renaf) Relação Nacional de Árbitros de Futebol. Lista que está sendo formatada por um dos mais proeminentes personagens da arbitragem brasileira, Sérgio Corrêa da Silva, diretor da CA/CBF e seus congêneres e será anunciada nos primeiros dias de 2015.

PS: Adicione-se ao exposto acima, a calamidade da composição das escolas de formação de árbitros e das comissões de arbitragem das federações. Destaco ainda que a decadência que assola a arbitragem brasileira, tem outro componente primordial. As entidades sindicais (associações e sindicatos de árbitros)- que dizem “representar” a categoria - mas, com raras exceções, foram cooptadas pelas federações e comissões de arbitragem.    

Nenhum comentário:

Postar um comentário