domingo, 11 de janeiro de 2015

Árbitros devem ter preparo continuado

    Anderson Daronco (Fifa/RS) é a maior revelação da  CA/CBF presidida por Sérgio Corrêa

Em 1984, o ex-diretor de árbitros da (FPF) Federação Paranaense de Futebol Rubens Maranho (in memoriam), convidou o Cel. Aulio Nazareno (in memoriam), presidente da (Cobraf) Comissão Brasileira de Arbitragem, para proferir uma palestra aos árbitros do futebol paranaense.

Nazareno iniciou sua palestra perguntando quantas vezes por semana ou por mês, os apitos e bandeiras da (FPF) realizavam educação física e com que frequência eram realizadas atividades teóricas e práticas sobre as Regras de Futebol. A resposta foi que alguns se movimentavam duas vezes por semana, outros uma vez e muitos nenhuma atividade faziam.  
  
Ao final da sua prelação, Nazareno deixou claro que o quadro de árbitros que não se movimentava fisicamente ao menos duas vezes por semana e não se reunia para discutir as regras uma vez ao mês, estava liquidado.

Perguntado o porquê da afirmação incisiva do parágrafo acima, respondeu: “Os atletas estão sendo submetidos na sua condição física, a um processo de transformação extraordinário e o futebol idem. E, a arbitragem, se não despertar vai enfrentar sérias dificuldades no futuro”.

Três décadas depois, a premonição de Aulio Nazareno se concretizou. O futebol evoluiu tanto na parte técnica como física, porém o homem de preto do futebol pentacampeão do mundo parou no tempo. O se vê em amplitude nacional são árbitros  “brigando” por escalas e alguns míseros reais como um náufrago em alto mar, enquanto a qualidade das suas decisões teve uma queda acentuada. 

Elenco as questões acima, porque as federações de futebol estão anunciando para a próxima semana com “pompa e circunstância”, o início da pré-temporada para apitos e bandeirinhas.

Essa prática teve início em 1995, através da mente prodigiosa do professor Gustavo Caetano Rogério, à época diretor da escola de árbitros da Federação Paulista de Futebol.

Pré-temporada que foi difundida em várias federações, mas com o passar dos anos não sofreu nenhuma reformulação, ou seja, transformou-se numa mesmice. Além da metodologia empregada que está totalmente ultrapassada, o tempo de duração e as pessoas designadas para esse mister com raras exceções, estão em descompasso com a realidade que o árbitro e seus auxiliares enfrentam num prélio de futebol na atualidade.

Diante do exposto, a pré-temporada anunciada com pirotecnia pelas federações, nada mais é do uma “maquiagem”. “Maquiagem” que será exibida em âmbito nacional, a partir do final deste mês quando começam os campeonatos estaduais. 

PS: A morfologia equitativa da nova (Renaf) Relação Nacional de Árbitros de Futebol da CBF, senão sofrer interferência política, vai propiciar à CA/CBF nesta temporada, a realização da maior  renovação no quadro de árbitros da entidade de todos os tempos.

PS (2): PS (2): Dado o que se leu neste articulado, a pré-temporada para os homens do apito do futebol brasileiro, que em algumas federações terá dois dias de duração é uma "empulhação" sem precedentes. Mas, o que surpreende mais uma vez é a concordância dos árbitros, que ao aceitarem uma pré-temporada meia-boca estarão colaborando gigantescamente para o fracasso e o empobrecimento da qualidade das suas arbitragens.

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