Anderson Daronco (Fifa/RS) é a maior revelação da CA/CBF presidida por Sérgio Corrêa
Em
1984, o ex-diretor de árbitros da (FPF) Federação Paranaense de Futebol Rubens
Maranho (in memoriam), convidou o Cel. Aulio Nazareno (in memoriam), presidente
da (Cobraf) Comissão Brasileira de Arbitragem, para proferir uma palestra aos
árbitros do futebol paranaense.
Nazareno
iniciou sua palestra perguntando quantas vezes por semana ou por mês, os apitos
e bandeiras da (FPF) realizavam educação física e com que frequência eram realizadas
atividades teóricas e práticas sobre as Regras de Futebol. A resposta foi que
alguns se movimentavam duas vezes por semana, outros uma vez e muitos nenhuma
atividade faziam.
Ao
final da sua prelação, Nazareno deixou claro que o quadro de árbitros que não se
movimentava fisicamente ao menos duas vezes por semana e não se reunia para
discutir as regras uma vez ao mês, estava liquidado.
Perguntado
o porquê da afirmação incisiva do parágrafo acima, respondeu: “Os atletas estão
sendo submetidos na sua condição física, a um processo de transformação
extraordinário e o futebol idem. E, a arbitragem, se não despertar vai enfrentar
sérias dificuldades no futuro”.
Três
décadas depois, a premonição de Aulio Nazareno se concretizou. O futebol evoluiu
tanto na parte técnica como física, porém o homem de preto do futebol pentacampeão
do mundo parou no tempo. O se vê em amplitude nacional são árbitros “brigando” por escalas e alguns míseros reais
como um náufrago em alto mar, enquanto a qualidade das suas decisões teve uma
queda acentuada.
Elenco
as questões acima, porque as federações de futebol estão anunciando para a
próxima semana com “pompa e circunstância”, o início da pré-temporada para
apitos e bandeirinhas.
Essa
prática teve início em 1995, através da mente prodigiosa do professor Gustavo
Caetano Rogério, à época diretor da escola de árbitros da Federação Paulista de
Futebol.
Pré-temporada
que foi difundida em várias federações, mas com o passar dos anos não sofreu nenhuma
reformulação, ou seja, transformou-se numa mesmice. Além da metodologia
empregada que está totalmente ultrapassada, o tempo de duração e as pessoas
designadas para esse mister com raras exceções, estão em descompasso com a realidade
que o árbitro e seus auxiliares enfrentam num prélio de futebol na atualidade.
Diante
do exposto, a pré-temporada anunciada com pirotecnia pelas federações, nada
mais é do uma “maquiagem”. “Maquiagem” que será exibida em âmbito nacional, a
partir do final deste mês quando começam os campeonatos estaduais.
PS: A morfologia equitativa da nova (Renaf)
Relação Nacional de Árbitros de Futebol da CBF, senão sofrer interferência
política, vai propiciar à CA/CBF nesta temporada, a realização da maior renovação no quadro de árbitros da entidade de
todos os tempos.
PS (2): PS (2): Dado o que se
leu neste articulado, a pré-temporada para os homens do apito do futebol
brasileiro, que em algumas federações terá dois dias de duração é uma
"empulhação" sem precedentes. Mas, o que surpreende mais uma vez é a
concordância dos árbitros, que ao aceitarem uma pré-temporada meia-boca
estarão colaborando gigantescamente para o fracasso e o empobrecimento
da qualidade das suas arbitragens.
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