Aqui a publicidade está nas costas do juiz
Há
mais de uma década a CBF vem explorando comercialmente a indumentária dos
árbitros que atuam nas suas competições, exibindo em locais estratégicos diferentes
logomarcas de várias multinacionais, sem dar-lhes um único centavo pelas
propagandas que fazem. Meias, bermudas, mangas das camisas e nas costas das
camisas ostentam as publicidades.
Lembro
que as logomarcas estampadas nas vestimentas dos árbitros, são exibida à
milhões de pessoas por vários canais de Tv (aberto e fechado), pelos jornais,
pelas revistas, pela internet, pelo Facebook, pelos celulares etc........
Num
primeiro momento alegou-se que a categoria dos homens de preto não poderia
fazer qualquer reivindicação a respeito, em função de que não havia uma lei que
reconhecia a atividade do árbitro no Brasil como profissional.
Em
outubro de 2013, foi sancionada pela presidência da República, a Lei Nº 12.867,
que regulamentou a carreira do árbitro do futebol brasileiro e a qualificou
como profissional.
Com
a regulamentação da lei, esperava-se alguns avanços significativos à confraria
do apito brasileiro - sobretudo, na questão da exploração vergonhosa da propaganda
gratuita das multinacionais que fazem os apitos e bandeiras nos seus uniformes,
quando em ação nos torneios da CBF. O que se viu desde a aprovação da referida
lei, foram pequenas conquistas que pouco ou nada tem a ver com a
profissionalização.
Espera-se
que na próxima reunião da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), a
ser realizada em Belo Horizonte (MG), a Anaf e os sindicatos que possuem
legitimidade de acordo com a Constituição Brasileira, a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT) e o Artigo 8º da Carta Magna do Brasil, definam um
posicionamento sobre o tema e deem um basta nesta arbitrariedade descomunal,
contra uma classe tão importante no contexto do futebol como é a arbitragem.
PS:
Diferentemente do que vem sendo alardeado em vários Estados pelos dirigentes
das associações de árbitros de futebol, esclareço que estas entidades não teem
nenhuma legitimidade para representar ou reivindicar qualquer benefício à
categoria dos árbitros de futebol. Principalmente, onde há sindicato com a
Certidão de Registro Sindical. Portanto, trata-se de uma mentira inominável.
PS (2):
Na Alemanha, Inglaterra, Espanha, França, Holanda, Japão, Portugal e mais
recentemente na Venezuela, os árbitros recebem um Pró-labore pela publicidade
que exibem nos seus uniformes. Por que os apitos e bandeiras que atuam nos
campeonatos das federações e, principalmente da CBF, aceitam passivamente fazer
publicidade de graça? Ou será que a lei que reconheceu o árbitro como profissional
é daquelas leis feitas para “inglês ver”?
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