A
cartolagem do futebol brasileiro está em polvorosa e segundo fui informado, há
uma plêiade de dirigentes contando nos dedos os dias que faltam para terminar o
Campeonato Brasileiro, quando então será realizado o derradeiro ato contra a
continuidade de Sérgio Corrêa da Silva (foto) à frente da CA/CBF.
Fui
questionado várias vezes nos últimos dias a responder quais são os motivos que
movem esse grupo de dirigentes a solicitar a saída de Corrêa do comando da
arbitragem nacional - e quem poderia ser indicado para ocupar a direção da
CA/CBF em substituição ao indigitado dirigente.
Vivenciei
arbitragem na prática de 1979 a 1997 - e sei como funciona o submundo abjeto
deste setor. A pressão impingida pelos dirigentes dos clubes contra os
presidentes das federações, comissões de árbitros e contra os próprios homens
de preto sempre foi “cruel”, e hoje mais do que nunca ela é muito, muito maior.
Basta acompanhar o noticiário diário nas emissoras de rádio e TV, nos jornais,
na internet, etc.... Portanto, quem afirmar em contrário é portador de um
caradurismo inominável.
Respondendo
objetivamente a epígrafe que dá título ao texto em tela, ou seja, as razões
pelas quais desejam a retirada de Sérgio Corrêa, respondo: é público e notório
de todos os segmentos que militam no futebol pentacampeão que, quem se propor a
dirigir um setor de tamanho interesse como é a arbitragem, mas extremamente
nevrálgico, e não ceder aos interesses e sentimentos “escusos” de algumas aves
de rapina que gravitam e dirigem o futebol brasileiro, não encontra e não
encontrará ressonância para realizar um trabalho com seriedade e de excelência.
Sérgio
Corrêa e seu vice Nilson Monção, pessoas de caráter e moral inquestionáveis até
prova em contrário, ambos membros das Forças Armadas do Brasil - o primeiro da
(Aeronáutica) e o segundo do (Exército), não se deixaram “dobrar” pelos
diferentes cartolas que desejam que a
arbitragem brasileira retorne ao “status quo” dos tempos antanhos. Daí as
manifestações contrárias a continuidade de Corrêa da Silva, na direção dos
homens do apito brasileiro.
Quanto
aos nomes que possam substituir Corrêa, embora minha opinião não signifique
absolutamente nada, mas dada a vivencia que tenho no setor do apito, ouso
afirmar que se for para trocar que se troque tudo. Não adianta trocar seis por
meia dúzia.
Muitos
nomes conjecturados nos bastidores para assumir a CA/CBF no lugar de Sérgio
Corrêa, estão na direção do setor da arbitragem das suas federações há mais de
uma década e, por conseguinte, suas administrações tem como relevo o “fracasso”
retumbante na formação, no descobrimento e na requalificação da confraria do
apito local.
Por
outro lado, há um grupo “expressivo” se movimentando junto aos dirigentes das
Entidades de Prática Esportiva (Clubes), que pretende assumir o comando da arbitragem
nacional, mas não possuem as mínimas condições de ocupar um cargo de tamanha
relevância.
PS (1): Enquanto as federações de futebol não extirparem o continuísmo vigente nas escolas de formação de árbitros e nas comissões de arbitragem, não adianta trocar o comando da CA/CBF. Ou se faz uma transformação radical em todos os setores, ou então tudo vai continuar como "Dantes no Quartel de Abrantes".
PS (2): Quem se ater a observar atentamente a composição das comissões de árbitros e a longevidade dessas comissões nas federações de futebol da Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e o Paraná, encontrará os principais motivos que levaram à decadência o árbitro do futebol brasileiro.
PS (3): Fique ou deixe a CA/CBF, qualquer história da arbitragem brasileira que não inclua Sérgio Corrêa da Silva será sempre incompleta.
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