Da esquerda para a direita, Carlos Eugênio Simon, o ex-assistente de Simon no Mundial de 2006, Aristeu Tavares, e Airton Nardelli, presidente do sindicatos profissional dos árbitros do Paraná - foto: Valdir Bicudo
Após a publicação da
matéria DÉCADA PERDIDA, aqui neste Blog, o diretor de arbitragem da CBF,
Sério Corrêa da Silva, manifestou-se via Whatsapp, contestando parte do
conteúdo do aludido texto.
Antes de externar nossa
opinião a respeito das contestações, reitero que sempre respeitei e continuo
respeitando o homem equilibradíssimo que é, Sérgio Corrêa da Silva – e, por
extensão, reconheço seu invejável Know-how como diretor da arbitragem - e sua
dedicação na reformulação da arbitragem do futebol pentacampeão mundial.
Respondendo objetivamente
Corrêa da Silva, ao fazermos uma análise detalhada da renovação no quadro de
árbitros da (CFS) Confederação Sul-Americana de Futebol e na própria CBF, no
tempo acima nominado, constata-se que essa renovação de apitos e bandeiras, foi
insignificante.
A robustez da
insignificância se concretiza, quando temos conhecimento dos milhões de dólares
que foram desviados da (CSF), via algumas aves de rapina que estiveram a frente
da entidade, e demais filiados à instituição que comandavam o futebol da
América do Sul.
Nunca é demais lembrar
que, após profunda investigação do (FBI-EUA), que começou em 2011, e, terminou
com a invasão da polícia secreta americana no congresso da FIFA, em Zurique, em
maio de 2015, parte da cúpula diretiva da (CSF) foi presa - e vários cartolas
das associações, confederações e federações vinculadas à (CSF), renunciaram seus
mandatos.
Prisão que alcançou o ex-presidente
da CBF e membro à época do Comitê Executivo da FIFA, José Marin - e, por conseguinte, abriu-se uma investigação
contra o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.
Já imaginaram se um “naco”
dos milhões de dólares que foram “rapinados” pela cartolagem do comando
PRETÉRITO da (CSF), e das demais organizações à ela filiadas, tivesse sido
distribuído aos seus filiados e aplicado adequadamente na formação e
capacitação de instrutores de excelência? Na formação de novos árbitros e
assistentes? Na requalificação do quadro de arbitragem da CONMEBOL?
Qual seria o nível
qualitativo dos homens que manejam os apitos e as bandeiras no futebol
Sul-Americano? É aí, que entra a DÉCADA
PERDIDA.
A ausência de investimentos expressivos na arbitragem Sul-americana,
acoplada a um projeto de renovação com níveis de excelência, queiram ou não,
deixou a arbitragem da CONMEBOL e suas congêneres circunscritas a
dois árbitros: Nestor Pitana (Argentina) e Sandro Meira Ricci (Brasil) em
âmbito das competições da FIFA.
Talvez seja pelos desvios
dos milhões de dólares da antiga cúpula, que a CONMEBOL retardou, e é a ÚLTIMA entidade
dos grandes centros futebolísticos do planeta, a implementar a tecnologia do
(ÁRBITRO DE VÍDEO), e, o consequente treinamento, à confraria do apito.
José Maria Marin a esquerda está em prisão domiciliar nos (EUA) - já Marco Polo Del Nero, é investigado pelo (FBI-EUA).
Talvez seja pelos desvios
dos milhões de dólares que aconteceram na CBF num passado não muito distante,
desvios que são objeto de investigação do (FBI-EUA) - que a entidade “DECLINOU”
do experimento do (AV), arguindo divergências sobre o Protocolo estabelecido
pelo (The IFAB) - e o alto custo econômico do experimento. É aqui pela segunda
vez, que entre a DÉCADA PERDIDA.
PS: Neste domingo (3),
completa mais um ano de existência, o melhor árbitro de futebol de todos os
tempos do futebol brasileiro, Carlos Eugênio Simon. Simon, além de
detentor de um Curriculum que dificilmente
será alcançado por outro apito da CBF, é o único árbitro do Brasil a participar
de três Copas do Mundo consecutivas da FIFA. 2002, no Japão, 2006, na Alemanha
e 2010 na África do Sul. Um felicíssimo
aniversário, à você extraordinário parceiro.
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