Independentemente da importância, do resultado ou da eficiência das equipes numa partida de futebol, qualquer confronto antecede uma prática que não espera sequer o trilar final do apito e penetra os dias subsequentes à disputa.
Protestar contra as decisões do árbitro e seus assistentes durante o transcurso do jogo, tornou-se uma rotina pós-jogo, para jogadores, técnicos, dirigentes, torcedores e imprensa.
O acontecimento de lances polêmicos e as insurreições acentuadas expõe o quanto a atuação dos árbitros vive um disparate no futebol atual. Não obstante os inúmeros meios científicos que aparecem todos os dias visando dotar os atletas de melhor desempenho, o esporte das multidões, ainda trabalha com árbitros que não são profissionais e na sua maioria não se preparam adequadamente para atender as exigências das partidas de futebol do pós-modernidade.
Qual é então, a solução para diminuir a sequência de equívocos cometidas pelos árbitros na atualidade? As reclamações continuarão a fazer parte, e isso já se tornou rotina, principalmente dos treinadores de futebol que utilizam os equívocos de arbitragem para desviar o foco das derrotas das suas esquadras.
A propósito, lembrei-me de uma idéia apresentada recentemente pelo presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol, Marcos Marinho, que afirmou que os árbitros assistentes deveriam passar as segundas-feiras analisando os seus desempenhos, com o fim precípuo de corrigir suas deficiências, mas precisam ir trabalhar e não podem ficar focados no esporte.
Joseph Blatter, o presidente da Fifa, disse à revista Fifa News, logo após a Copa do Mundo da África do Sul, que a figura do árbitro profissional é imperativa e será instituída, já que é a única forma de melhorar o desempenho dos árbitros, porém essa questão não pode ser tratada como um "hobby", em função de que trata-se de uma paixão que envolve milhões de pessoas, muito dinheiro e há que se evoluir aos poucos em relação ao tema.
Agora uma pergunta: o fato de os árbitros não terem a sua atividade regulamentada explica as inúmeras deficiências que temos observado? Há dois momentos diferentes: o primeiro e primordial é a formação. Os árbitros tem que ter uma carga teórica aliada a uma preparação física adequada com as exigências do futebol praticado nos dias de hoje. O segundo diz respeito a realização de cursos continuados de atualização, visando rendimento gradativo na parte técnica.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com
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