
A Federação Paulista de Futebol realiza de 8 a 12 o Curso Internacional de Atualização de Arbitragem para 21 profissionais de seis países africanos e mais um do Caribe.
A iniciativa surgiu de uma solicitação da Coordenação-Geral de Intercambio e Cooperação Esportiva (CGCE) do Ministério das Relações Exteriores que trouxe para o Brasil árbitros de países de língua inglesa (Gambia, Gana, Jamaica, Libéria, Palestina, Quênia e Zimbábue).
Emídio Marques de Mesquita foi árbitro do quadro da FPF entre as décadas de 60 e 80 e hoje é instrutor da Fifa.
As aulas são realizadas na sede da Federação Paulista de Futebol e no estádio Nicolau Alayon sob a orientação de Emídio Marques de Mesquita, organizador do curso, José Nogueira, coordenador administrativo, Rafael Khuriyeh, secretário geral, Ricardo Luis Muller, médico, e Silvia Regina, Valter José dos Reis, Marcio Verri Brandão e Roberto Perassi, instrutores e membros da comissão de arbitragem da FPF.
O curso que é ministrado pelo instrutor da Fifa, Emídio Marques de Mesquita, tem a finalidade de aprimorar esses profissionais da arbitragem com aulas teóricas, técnicas e recreativas, divididas em palestras, atividades físicas e trabalhos técnicos. “Esse curso será uma experiência única e excepcional para esses árbitros. Eles estão aprendendo sobre as regras no país do futebol e no maior centro do Brasil, que é São Paulo. Acredito que sairão daqui com outra visão do que é a arbitragem e bem mais capacitados”, disse Mesquita.
Preocupado com o nível da arbitragem, principalmente nos países da África, Emídio Marques de Mesquita acredita que esse trabalho poderá dar uma nova dinâmica aos profissionais dos países menos favorecidos. “As federações de alguns países do continente africano são restritas e muito precárias. Tem certas entidades que disponibilizam as regras somente para árbitros internacionais. Isso é algo que tem que ser mudado. Com esse tipo de curso acontece o efeito multiplicador, onde eles levam o que aprendem aqui e repassam aos outros colegas de trabalho”.
A experiência de quase trinta anos atuando pelos gramados de todo o Brasil deu a oportunidade de Emídio Marques de Mesquita integrar o quadro de instrutores da Fifa e realizar ações para o bem do futebol mundial. Conhecedor do trabalho realizado pela FPF, Emídio vê a arbitragem paulista como espelho para todo o resto do Brasil. “São Paulo é a capital do futebol e tem a melhor arbitragem do País. A Federação Paulista faz um trabalho competente e a cada ano vem se aperfeiçoando. Aqui é o local certo para que esses árbitros internacionais tenham esse aprimoramento”, ressaltou.

Árbitra assistente, a queniana Selina Kigen espera transmitir a seus compatriotas o que aprender no Brasil
Presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, Marcos Cabral Marinho, se sente orgulhoso por ter a arbitragem de São Paulo como base para esse tipo de treinamento. “É um privilégio recebermos esse tipo de curso aqui na Federação Paulista. É o reconhecimento pelo trabalho que é feito em todo o estado de São Paulo. Todo nosso empenho e trabalho bem feito está sendo recompensado”, disse Marinho.
Selina Kigen, árbitra assistente da Associação de Futebol do Quênia, veio ao Brasil em busca de aprendizado. Contente por conhecer outro país, a queniana acredita que o intercâmbio entre diferentes países também é algo a ser levado em consideração . “Fiquei muito feliz quando soube que viria ao Brasil para esse curso. Acho muito importante esse trabalho para que possa levar tudo o que aprendi para a federação do meu país. Sei que aqui posso me aperfeiçoar e aprender sobre novas habilidades. Uma das coisas mais importantes é saber que posso compartilhar ideias”, ressaltou Selina.
Marwan Iiwezez, árbitro da Palestina e do quadro da Fifa, também vê esse tipo de aprimoramento como benéfico para sua carreira profissional e aponta o Brasil como uma das suas referências na arbitragem. “Quero aprender mais sobre as regras do futebol e levar experiências com esse tipo de intercâmbio de pessoas. Acompanho as notícias do futebol brasileiro pela televisão e sei que aqui tem muitos árbitros de qualidade, como o Carlos Simon, que já participou de três Copas do Mundo. Espero aprender cada vez mais e me tornar um profissional renomado”, concluiu.
Fonte: Federação Paulista de Futebol
Autor: Fábio Pereira
Em tempo: Personagens da grandeza ética, moral, intelectual e com o estratosférico conhecimento sobre as Regras do Jogo como o professor Emídio Marques de Mesquita (foto), deveriam realizar um tour pelo país afora e ministrar cursos de aperfeiçoamento para a arbitragem nacional em todas Federações Estaduais.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com
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