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Foto: Refnews
Alguns árbitros já estiveram na final da Copa do Mundo ou da Liga dos Campeões da Europa. No entanto, no mesmo ano, só Howard Webb. Inglês, 40 anos, foi ele quem deu o apito final para o título europeu da Inter de Milão e para o primeiro mundial da Espanha, ambos em 2010. Um dado curricular e ocasional, é verdade, mas que deixa clara a reputação e a capacidade de fugir das polêmicas dentro e fora de campo.
Em visita ao Rio de Janeiro neste fim de ano, Webb participou de discussões sobre a relação de ingleses e brasileiros pelo futebol. Entre os inventores do esporte bretão, segundo o árbitro, a paixão é ainda menor em relação ao único país pentacampeão do mundo.
Ele explica isso e dá outras opiniões sobre a arbitragem em entrevista exclusiva ao Terra. "67% dos brasileiros consideram o futebol muito importante nas suas vidas", conta. Webb ainda mostra sobre os critérios entre árbitros de diferentes países, sem considerar o estilo inglês superior ou inferior aos demais.
Confira a entrevista exclusiva com Webb na íntegra:
Terra - Você acompanha os árbitros brasileiros?
Howard Webb - Claro que sim. Na última Copa, estive trabalhando com (Carlos Eugênio) Simon. Ele se aposentou agora porque completou 45 anos, e isso é uma perda. Se trata de um árbitro de grande caráter e personalidade. Ele tinha um grande nível.
Terra - Por tudo que você já acompanhou: é difícil arbitrar no Brasil?
Webb - O futebol no Brasil envolve muito as pessoas, é muito importante na vida das pessoas. Uma pesquisa mostra que 67% dos brasileiros consideram o futebol muito importante em suas vidas. Na Inglaterra, esse número é de 41%. Por isso, o nível do futebol é alto no Brasil e o da arbitragem também.
Terra - Há uma diferença grande em critérios da arbitragem brasileira em relação aos ingleses. Como você vê essa situação?
Webb - A maior mensagem na Copa da África do Sul é que todos os árbitros foram consistentes. Os árbitros treinaram juntos. Seja da África, da Ásia, da América do Sul ou da Europa, e entregamos decisões iguais em situações iguais. O futebol tem diferenças culturais pelo mundo, é algo normal, e isso depende da personalidade das pessoas que participam do jogo.
Terra - É possível ter critérios iguais entre os países?
Webb - É difícil comparar as ligas domésticas, mas em nível internacional as decisões e as interpretações são parecidas. Na Copa, são os tops, temos os maiores jogadores e também os maiores árbitros em ação. Nas ligas domésticas, você tem árbitros jovens que ainda estão se desenvolvendo, aprendendo. Seja na Inglaterra ou no Brasil. Também é assim com os jogadores. São nove meses de futebol na televisão e todos os lances são vistos, qualquer erro é notado.
Terra - No Brasil, há uma discussão grande sobre a profissionalização da arbitragem. Você acha possível?
Webb - Na Inglaterra, somos profissionais há 10 anos e isso traz muitas vantagens. Você pode se preparar física e mentalmente de uma forma melhor. Quando é possível, é uma grande ideia, mas há o lado financeiro. Cada país tem sua realidade e é difícil pagar um árbitro como se paga um advogado, um professor ou um policial. Entendo que profissionalizar é a melhor ideia, mas não são todos os lugares do mundo onde pode se fazer isso.
Terra - Ainda no âmbito das discussões, qual sua opinião sobre a utilização da tecnologia para elucidar dúvidas da arbitragem?
Webb - O futebol é algo de sucesso. As coisas estão indo bem e basta ver o que eu disse: é muito importante para 67% dos brasileiros. A tecnologia pode ajudar, claro, mas com cuidados. O futebol já é algo de sucesso.
Em visita ao Rio de Janeiro neste fim de ano, Webb participou de discussões sobre a relação de ingleses e brasileiros pelo futebol. Entre os inventores do esporte bretão, segundo o árbitro, a paixão é ainda menor em relação ao único país pentacampeão do mundo.
Ele explica isso e dá outras opiniões sobre a arbitragem em entrevista exclusiva ao Terra. "67% dos brasileiros consideram o futebol muito importante nas suas vidas", conta. Webb ainda mostra sobre os critérios entre árbitros de diferentes países, sem considerar o estilo inglês superior ou inferior aos demais.
Confira a entrevista exclusiva com Webb na íntegra:
Terra - Você acompanha os árbitros brasileiros?
Howard Webb - Claro que sim. Na última Copa, estive trabalhando com (Carlos Eugênio) Simon. Ele se aposentou agora porque completou 45 anos, e isso é uma perda. Se trata de um árbitro de grande caráter e personalidade. Ele tinha um grande nível.
Terra - Por tudo que você já acompanhou: é difícil arbitrar no Brasil?
Webb - O futebol no Brasil envolve muito as pessoas, é muito importante na vida das pessoas. Uma pesquisa mostra que 67% dos brasileiros consideram o futebol muito importante em suas vidas. Na Inglaterra, esse número é de 41%. Por isso, o nível do futebol é alto no Brasil e o da arbitragem também.
Terra - Há uma diferença grande em critérios da arbitragem brasileira em relação aos ingleses. Como você vê essa situação?
Webb - A maior mensagem na Copa da África do Sul é que todos os árbitros foram consistentes. Os árbitros treinaram juntos. Seja da África, da Ásia, da América do Sul ou da Europa, e entregamos decisões iguais em situações iguais. O futebol tem diferenças culturais pelo mundo, é algo normal, e isso depende da personalidade das pessoas que participam do jogo.
Terra - É possível ter critérios iguais entre os países?
Webb - É difícil comparar as ligas domésticas, mas em nível internacional as decisões e as interpretações são parecidas. Na Copa, são os tops, temos os maiores jogadores e também os maiores árbitros em ação. Nas ligas domésticas, você tem árbitros jovens que ainda estão se desenvolvendo, aprendendo. Seja na Inglaterra ou no Brasil. Também é assim com os jogadores. São nove meses de futebol na televisão e todos os lances são vistos, qualquer erro é notado.
Terra - No Brasil, há uma discussão grande sobre a profissionalização da arbitragem. Você acha possível?
Webb - Na Inglaterra, somos profissionais há 10 anos e isso traz muitas vantagens. Você pode se preparar física e mentalmente de uma forma melhor. Quando é possível, é uma grande ideia, mas há o lado financeiro. Cada país tem sua realidade e é difícil pagar um árbitro como se paga um advogado, um professor ou um policial. Entendo que profissionalizar é a melhor ideia, mas não são todos os lugares do mundo onde pode se fazer isso.
Terra - Ainda no âmbito das discussões, qual sua opinião sobre a utilização da tecnologia para elucidar dúvidas da arbitragem?
Webb - O futebol é algo de sucesso. As coisas estão indo bem e basta ver o que eu disse: é muito importante para 67% dos brasileiros. A tecnologia pode ajudar, claro, mas com cuidados. O futebol já é algo de sucesso.
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