quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O dano do continuísmo

Acordo pela manhã e ao acessar minha caixa eletrônica encontro várias correspondências questionando o mal desempenho do árbitro, Leandro Júnior Hermes (foto), no jogo Londrina 1 x 1 Coritiba. Sobretudo no lance capital ao final da partida, quando o indigitado  árbitro deixou de assinalar uma penalidade máxima em desfavor do Coritiba.                                Foto: Allan Costa
                                                           Leandro Júnior Hermes
Antes de emitir opinião sobre o lance é necessário entender que o árbitro de futebol é humano e não é uma máquina. O problema da arbitragem é universal e a solução para a diminuição dos erros passa de forma imperativa pela profissionalização da categoria.  Mas o fator mais importante  ocorrido nesta partida do campeonato paranaense,  está no continuísmo anacrônico que grassa na Comissão de Arbitragem da Federação Paranaense de Futebol.

Há oito anos são as mesmas pessoas  e os mesmos métodos.  Tanto é verdade que, no dia 29 de julho de 2010, quando da realização do teste de árbitros para Asp/Fifa/CBF, na pista da (PUC) de Goiânia (GO), o futebol paranaense por não preencher os requisitos necessários exigidos pela CA/CBF/Fifa, não apresentou nenhum candidato. Nos próximos dias, a CA/CBF anuncia os nomes dos três novos  árbitros Asp/Fifa  e, acredite se quiser, pelo andar da carruagem a arbitragem do Paraná deverá ficar de fora do circuito.
Continuísmo na Comissão de Arbitragem, ausência de uma Escola  de Formação de Árbitros com nomes de alta relevância, que acompanhe os jogos e oriente os árbitros e os faça ver os erros e acertos, e a implementação de uma equipe de Observadores de Arbitragem, formada por ex-árbitros com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo de Futebol, explicam o fracasso retumbante da arbitragem paranaense em âmbito local e nacional. 
PS (1): contrárias ao continuísmo, a Fifa e a Uefa adotam comportamento objetivo no que concerne a pessoa que comanda os árbitros. Na Uefa, dois anos, renováveis por mais dois e ponto final. Na Fifa, quatro anos e só há renovação em caráter excepcional.

PS (2): foi pênalti porque: a falta foi cometida por um atleta dentro da área penal, com a bola em jogo e o arqueiro Vanderlei do Coritiba, golpeou e demonstrou desatenção, desconsideração e agiu sem precaução na disputa de bola com o adversário. Nesse tipo de falta diz a Fifa, não é necessário a aplicação de cartão.

PS (3):  na próxima segunda-feira, publicaremos a entrevista que realizamos com o Dr. Carlos Alarcón, presidente da Comissão de Árbitros da Conmebol, membro da Comissão de Arbitragem da Fifa e Instrutor de Árbitros da entidade que controla o futebol do planeta. 

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