segunda-feira, 5 de março de 2012

Decisões são apenas do árbitro

A tecnologia se bem utilizada pode melhorar significativamente o desempenho da arbitragem nas tomadas decisões no campo de jogo. Por exemplo, a comunicação eletrônica entre a arbitragem, através dos aparelhos alocados no braço e no ouvido (o ponto eletrônico) -  tem se mostrado eficiente.
                                                       
                                                                                      Foto: Fifa.com
           Blatter e a força tarefa da Fifa, que deseja mudanças nas regras do Jogo de Futebol.

No entanto, é necessário conter os exageros, pois o futebol vive de paixão. Aliás, tem muita gente opinando sobre a implementação da tecnologia como forma de ajudar a arbitragem a dirimir lances polêmicos de maneira aleatória.  A maioria sem nenhum conhecimento do assunto. O custo econômico de qualquer tecnologia é altíssimo e a maioria dos campeonatos que são efetivados no globo terreste,não comportam a sua aquisição.  
 Dito isso, Stanley Rous, presidente da Fifa de 1961 a 1974, quando questionado pelo tablóide The Sun,  sobre o uso da eletrônica  no auxilio ao árbitro, disse: “no futebol não se inventa. Futebol é paixão. E tudo que envolve a paixão  tem controvérsia. Se acabar com a controvérsia acabou com a paixão”. O que enche estádio é controvérsia.  Foi pênalti,  não foi, foi impedimento, não foi. Se acabar com isto acaba com o futebol.
Foi assim que entendi a decisão dos membros do International Board,  na sua 126ª Reunião Anual Geral, realizada no sábado que passou, de protelar até 2 de julho do ano em curso, o experimento da bola com chip para detectar se a bola ultrapassa ou não a linha de meta. A reunião foi presidida pelo presidente da Federação Inglesa de Futebol, David Bernstein.  
Diante do que ouvi, li e vi nos últimos anos sobre o tema, não acredito que em 2 de julho próximo, quando o Board  reúne-se em Assembléia Geral, em Kiev (Ucrânia), a entidade mude de opinião e insira a implementação da tecnologia para ajudar a arbitragem nos lances que fujam do seu campo visual.  
O que  se fala na Fifa e de que há forte tendência da entidade que controla o futebol no planeta e das quatro federações britânicas que compõe o  Board  (Escócia, Inglaterra, Irlanda e País de Gales), pela anuência dos assistentes adicionais, experimento que vem sendo testado desde 2008, nas competições da Uefa (Liga da Europa e Liga dos Campeões) -  com absoluto sucesso.   

PS: Meu amigo Fernando Gomes, me nomina na sua coluna e diz que ao telefone eu lhe disse que o lance envolvendo o atacante (Bruno Batata/SC. Corinthians/PR x Pereira/Coritiba), ontem no Janguitão, foi pênalti. Reafirmo que foi pênalti, porque o carrinho não é proibido, mas quando há contato físico e coloca em risco a integridade do adversário, diz a regra: se a infração for cometida fora da área penal, cartão vermelho e tiro livre direto. Se a infração for cometida dentro área de pênalti, cartão vermelho e a conseqüente marcação do tiro penal. Foi este lance que a TV exibiu, e, a luz da regra manifestei minha opinião a Fernando Gomes. Além do exposto, o defensor do Coritiba, impede com a jogada em tela, uma oportunidade manifesta de gol do atacante, Bruno Batata do SC. Corinthians/PR.

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