quarta-feira, 7 de março de 2012

Uma categoria sem idioma próprio

Com o advento da Constituição de 1988, foi propiciado as diferentes categorias trabalhistas se organizarem em associações e sindicatos, entre elas os árbitros de futebol.  No que tange aos homens de preto,  de lá para cá, ao invés de constituírem entidades sólidas  com forte teor representativo, o que se observa nesta categoria é uma guerra sem fim.
 
Guerra essa, que vem sendo travada diariamente nos labirintos das federações estaduais de futebol, nas associações e sindicatos de árbitros, onde os dirigentes dessas entidades classistas, vem atuando com objetivo único na busca pelo poder, do conchavo, do lucro fácil, na confecção desmesurada de cursos de arbitragem, proporcionando com isso uma legião de árbitros malformados em todo o Brasil.

Acrescente-se ainda, a  submissão vergonhosa dos presidentes  das associações e sindicatos  junto às federações,  nos desmandos, no desvio do dinheiro arrecadado dos associados e o mais grave: na maioria das associações e sindicatos não há um único projeto no sentido de melhorar a qualidade técnica, física, tática e psicológica do árbitro de futebol brasileiro.  

Pelo contrário: basta observar o noticiário nos últimos sessenta dias em jornais, blogs e sites em diferentes regiões do território brasileiro. Em alguns casos a impressão que se tem é de que são facções que litigam entre si sem medir as conseqüências, litigações que  atingem o despautério de envolver anonimamente familiares de árbitros e dirigente sindicais. É o fim do mundo.  

Faço este intróito para que o leitor entenda o que está acontecendo pelo País afora no que concerne a arbitragem brasileira. Arbitragem que está as portas da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Mas até o momento,  sequer elaborou  o arcabouço de um projeto com vistas a apresentar à Fifa, dois trios de árbitros de excelência para a Copa de 2014.   

Se a CA/CBF não interferir de forma contundente, lancetando o tumor que está se espalhando como metástase, o País pentacampeão de futebol, no quesito arbitragem fracassará e  fará feio no Mundial, que será realizado em terras brasileiras

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