quarta-feira, 14 de março de 2012

Nunca teremos um super-árbitro


As primeiras Regras do Jogo de Futebol surgiram em 1840. Havia muitas interpretações e houve um crescimento no número de adeptos que praticavam o futebol.  Diante disso, os ingleses decidiram codificar as primeiras regras pra valer em 1863, que eram nove.
Com o código vigente, as partidas de futebol passaram a sofrer diferentes interrupções e acaloradas discussões  se houve falta, ou não, se foi pênalti,  ou não.  Com o acirramento das discussões sobre as regras e as constantes interrupções nos jogos, os inventores do futebol e das leis que regem o futebol dentro do retângulo verde, optaram em 1881, pela criação do personagem principal do futebol, o árbitro.
Sua missão precípua era apontar as faltas com poder limitado e minimizar as discussões e posteriores interrupções nas pelejas. Mas os problemas persistiram em escala crescente e o Board após analisar os relatórios dos seus observadores que já existiam à época, decidiu em 1896 conferir exclusivamente  ao árbitro o direito de punir as infrações de acordo com a sua interpretação.
                                                        Apito do Bicudo
Desde então,  suas decisões sobre fatos relacionados a partida assim que adentra o campo de jogo passaram a ser definitivas. Imaginaram os membros do Board à época, que com esta decisão, os óbices seriam equacionados e as dificuldades que surgissem seriam mínimas.
Ledo engano, 131  anos se passaram e a criação do árbitro de futebol ao invés de se tornar solução, transformou-se em muitas situações num imbróglio.
A saber: marcação de pênaltis duvidosos; gols em que a bola não ultrapassou totalmente a linha de meta são consignados e às vezes quando a bola ultrapassa a linha do gol, árbitros e assistentes não veem;  critérios diferenciados na marcação de infrações;  nenhum árbitro no futebol mundial, consegue fixar a barreira a 9,15 metros da bola na cobrança de tiros livres direto ou indireto; nenhum árbitro tem a coragem de punir os infratores, que invadem a área penal no momento da sua execução,  que dirá, repeti-lo quando a regra é infringida; insegurança no momento de interpretar os sinais dos assistentes (aqui a meu ver, é imperativo que árbitros e assistentes treinem, conversem antes dos jogos de forma a estabelecer mecanismos de interpretação e visualização dos sinais, que serão utilizados para otimizar as tomadas de decisões para minimizar os equívocos).
Tenho observado em diferentes campeonatos, que há árbitros e assistentes, que apresentam deficiências de posicionamento  e até mesmo, oftalmológico, sobretudo no período noturno. Falo isso,  porque  as evidências são gritantes naquilo que deveriam enxergar para assinalar mas não o fazem.  Aliás, já passou da hora de as federações estaduais e a CBF, contratarem profissionais da medicina ocular para resolver este problema.  A Federação Paulista de Futebol é a única do País que adota este procedimento.     
Há outras deficiências que tenho observado, porém as considero de menor  intensidade. As acima nominadas na nossa opinião, são as principais, que se corrigidas podem conduzir a arbitragem a atuar de forma mais eficaz. Ou muda-se o sistema vigente ou então tudo vai continuar como está.

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