domingo, 15 de dezembro de 2013

Cann, Mullarkey e Hausmann os melhores do mundo

Foi na função de atleta, de árbitro e, posteriormente como presidente da Associação Inglesa de Futebol, que Sir Francis Marindin (Inglaterra), detectou as dificuldades que o árbitro criado em 1881, sozinho enfrentava e iria enfrentar no futuro numa partida de futebol. Daí surgiu a decisão do International Board de se implementar em 1891, dois auxiliares com funções específicas para ajudarem-no a controlar os prélios do esporte mais popular do planeta.  Auxiliares que são chamados até a data presente de bandeirinhas, mas cuja nomenclatura correta é árbitros assistentes.
Pois bem, a Fifa, a Conmebol e o futebol brasileiro perderam na semana que passou, Altemir Hausmann (Fifa/RS), considerado ao lado dos assistentes Michael Mullarkey e Darren Cann, ambos ingleses, como os três melhores na modalidade. Hausmann, por ter  completado 45 anos de idade, foi impelido a se retirar do cenário do apito conforme determina a entidade internacional. O assistente da Federação Gaúcha de Futebol, foi o mais completo profissional que atuou ao longo da história do futebol brasileiro na função.  
Completo, pelo perfeito posicionamento que adotava durante a partida na mesma linha do penúltimo defensor, e pela forma “sui gêneris” que desenvolveu nos deslocamentos de pequena, média e alta velocidade na lateral do campo, o que lhe proporcionava excelente visão no momento de sinalizar ou não o impedimento.
   Da direita para à esquerda, Hausmann, Valdir Bicudo e o professorJosé Luis Barreto em recente   encontro em Porto Alegre (RS).

Completo porque instituiu e aprimorou uma maneira de comunicação visual e trabalho em equipe, através do Bip da bandeira eletrônica e via o ponto eletrônico com o árbitro central, que se alguma infração ou qualquer outro lance escapasse da percepção visual do árbitro, incontinenti, Hausmann assinalava.
Completo porque foi o único assistente que aprendeu e colocou em prática  na essência da palavra, o que é um profissional.  Profissional que foi criticado em muitas ocasiões pela vozes do atraso, incluindo árbitros, dirigentes, comentaristas de arbitragem e um segmento leigo da imprensa que cobre o futebol, que imaginam que pelo fato de estar com uma bandeira nas maõs, o assistente é uma párea num jogo de futebol. A Fifa define quantas e quais são atribuições do assistente e como deve agir em cada situação. Ao contrário da maioria dos “bandeirinhas pusilânimes”, que se fingem de cegos, mudos e surdos e deixam a responsabilidade para o árbitro, Altemir, quando percebia qualquer infração às regras cumpria com a sua missão.  
PS: Os árbitros assistentes, Darren Cann, Michael Mullarkey e o árbitro Howard Webb, são considerados pela Fifa, a Uefa e a Premier League, desde 2010, o melhor triunvirato de apitadores do planeta.     

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