Edição do Campeonato Brasileiro de 2013 fica marcada por diminuição no número de faltas cometidas, cartões amarelos, vermelhos e pênaltis em relação ao ano passado.
Foram
380 partidas ao longo da competição. Algumas com arbitragens polêmicas,
é verdade. Com tantas câmeras posicionadas ao redor do gramado, é
difícil que árbitros fiquem sem cometer erros a cada rodada da
competição. Porém, pode-se dizer que 2013 termina com um saldo positivo
na parte disciplinar do Campeonato Brasileiro. Ao menos em relação ao
último ano, o número de incidentes nas partidas diminuiu. Seja no número
de faltas assinaladas, cartões amarelos ou vermelhos distribuídos, e
marcação de pênaltis, houve queda. Isso significa mais bola rolando e
espetáculo para os torcedores - principalmente os que pagam ingressos.
Quem mais trabalhou ao longo deste campeonato foi Leandro Vuaden,
árbitro gaúcho, que apitou 21 partidas, com média de 34 faltas marcadas,
3,10 cartões amarelos, 0,14 vermelhos e, ao todo, dois pênaltis
assinalados.
Na relação feita pelo Espião Estatístico, foram
considerados os números totais de faltas do Brasileirão de acordo com os
scouts da TV Globo. Os cartões foram checados com as súmulas divulgadas
pela CBF após as partidas. Para a relação no top 5 de árbitros,
apenas aqueles que apitaram 10 ou mais partidas foram considerados para
evitar desvios de interpretação.
faltas cometidas
Se,
em 2012, uma média de 36,7 faltas haviam sido marcadas, neste ano foram
34,7 por confronto. A diminuição de 5,5% pode parecer pequena, mas é
bastante representativa. Foram 760 faltas cometidas a menos ao longo da
competição. O árbitro André Luiz de Freitas Castro (GO) foi o que mais
contribuiu para esta queda. Ele trabalhou em 18 jogos e marcou, em
média, 27,7 faltas, a menor entre os juízes que trabalharam em ao menos
10 partidas. Na contramão do árbitro goiano, Paulo Henrique de Godoy
Bezerra (SC) foi o que apontou o maior número de infrações, em média:
39,9.
cartões amarelos
A
queda no número de cartões amarelos é ainda mais chamativa. Na edição
de 2012 do Brasileirão, 1.898 foram anotados, representando uma média de
4,99 por confronto. Já na atual temporada, o número caiu para 1.634 -
média de 4,30 - o que significa uma diminuição de 14%. Leandro Pedro
Vuaden (Fifa/RS), conhecido por deixar os jogos correrem mais, foi o
árbitro que teve o menor índice de cartões amarelos apresentados: 3,10.
Apesar disso, esteve longe de ser o que menos marcou faltas. Por outro
lado, Alício Pena Júnior (MG) foi o que mais mostrou cartões, em média.
cartões vermelhos
A
diminuição no número de cartões vermelhos também aconteceu, porém, de
forma mais discreta. Na última temporada, 113 jogadores foram expulsos
de campo, enquanto em 2013 este número foi de 107, uma queda de 5,4%.
Mesmo trabalhando em 16 partidas, Héber Roberto Lopes (Fifa / PR) foi o
único árbitro - entre os que apitaram em 10 jogos ou mais - a não
apresentar um cartão vermelho sequer. Porém, essa não é uma tendência
dos árbitros "Fifa". Entre os que mais expulsaram, três representam a
entidade máxima do futebol.
pênaltis assinalados
Mantendo
a tendência de diminuição nas infrações assinaladas em 2013, houve
menos pênaltis marcados na atual temporada. No ano passado, foram 88
cobranças da marca do cal, caindo para 80 no atual campeonato - 9% de
diferença. É interessante notar que 63,3% das infrações foram em favor
dos times da casa, enquanto 36,7% foram marcadas para os visitantes.
Marcelo de Lima Henrique (Fifa / RJ) foi o campeão de penalidades
máximas, com cinco marcadas em 12 partidas. Por outro lado, Paulo
Henrique de Godoy Bezerra (SC) apitou 15 jogos e não apontou um pênalti
sequer. Outro dado curioso é que os cinco juízes que mais apitaram
pênaltis na competição são árbitros "Fifa".
vitórias de mandantes ou visitantes
No
Campeonato Brasileiro de 2013 foram 184 vitórias dos times da casa, 108
empates e 88 triunfos dos visitantes. Em porcentagem, temos 48,4%
vitórias dos mandantes, 28,4% igualdades
23,2% de vitórias do times visitante. Porém, é interessante notar que os árbitros "Fifa" estão entre os que mais apitaram triunfos dos visitantes, enquanto os cinco árbitros que mais trabalharam em vitórias dos times da casa não são representantes da maior entidade do futebol. É claro que este fator pode ser explicado pela própria escala de arbitragem em que os juízes mais experientes e qualificados trabalham em jogos mais equilibrados, em que um triunfo dos visitantes é mais plausível.
23,2% de vitórias do times visitante. Porém, é interessante notar que os árbitros "Fifa" estão entre os que mais apitaram triunfos dos visitantes, enquanto os cinco árbitros que mais trabalharam em vitórias dos times da casa não são representantes da maior entidade do futebol. É claro que este fator pode ser explicado pela própria escala de arbitragem em que os juízes mais experientes e qualificados trabalham em jogos mais equilibrados, em que um triunfo dos visitantes é mais plausível.
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