segunda-feira, 10 de março de 2014

Raio--X da arbitragem

Rodolpho Toski Marques (foto), o árbitro do clássico, Paraná 4 x 0 Atlético/PR, em que pese a facilidade da partida que dirigiu, apresentou  melhoras significativas em relação ao último Atletiba. Sobretudo nos deslocamentos nas jogadas de alta velocidade, o que demonstra uma ótima condição física.

 Foto: PARANAONLINE

Porém, repetiu os mesmos erros de posicionamento - (ficou preso novamente a diagonal), a exemplo de quando apitou Coritiba x Atlético/PR.  A certeza que tive ao vê-lo reincidir no mesmo equívoco, foi de que Marques não foi orientado adequadamente, ou então o seu psicológico não lhe propiciou condições de pensar e mudar de posição, quando o jogo exigiu. Se Toski Marques não corrigir esta deficiência, será um árbitro comum como são a maioria dos membros da arbitragem da Federação Paranaense de Futebol.   

Árbitro que almeja dirigir jogos da elite do Campeonato Brasileiro e, por consequência, atingir o estrelato da Fifa, não pode ficar preso a sistematicamente a diagonal numa partida. O sistema diagonal é a melhor posição em que o árbitro observa os lances de diferentes ângulos com uma visão múltipla e periférica, diz a Fifa.

Porém, quando o jogo começa a apresentar lances agudos e de alta fluidez, o juiz deve sair da diagonal e procurar uma posição que lhe propicie ter uma visão mais apurada do que está acontecendo. Além disso, ao deixar momentaneamente a diagonal e ir ao encontro dos lances de maior “pegada”, o árbitro se posiciona fisicamente mais próximo do lance e dos atletas. Sua presença próxima, “alerta-os” de que ele está atento a tudo o que está acontecendo. Feito esta incursão fora da diagonal, deve retornar novamente para a posição original. Se tiver dúvidas, Toski deve consultar o brilhante diretor da Escola Nacional de Árbitros da CBF e instrutor da Fifa, professor Sérgio Corrêa da Silva.  

Ao proceder dessa forma, o árbitro, além de expor que está em sintonia com todos os acontecimentos no campo de jogo, demonstra firmeza, equilíbrio e que está fazendo uma leitura correta do embate que está dirigindo. Em assim agindo, disse Pierluigi Collina aos árbitros no seminário de inverno da Uefa na semana que passou:  “O homem de preto protege a si, aos assistentes, os atletas e a imagem do futebol”.

PS: Amanhã, publicaremos a entrevista que fizemos com o presidente da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), Marco Antonio Martins. O homem forte da Anaf fala da conquista da profissionalização, das tratativas para regulamentar a Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol (Febraf), do encontro da entidade no final deste mês em Maceió (Alagoas), e das futuras conquistas que estão sendo elaboradas a categoria de árbitros.   

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