Um
manto de solidariedade cobriu o árbitro Márcio Chagas da Silva (foto/Asp/Fifa/CBF), depois
dos deploráveis episódios ocorridos no Estádio da Montanha dos Vinhedos,
na quarta-feira 5 de março, no jogo entre Esportivo x Veranópolis. Os
principais jornais impressos do Rio Grande do Sul trataram o assunto com
o destaque merecido. A Zero Hora tratou o assunto
na capa com foto de Márcio em lágrimas. Já o caderno de esportes do
jornal dedicou duas páginas. O Correio do Povo deu foto na capa e toda a
contracapa com a vistosa
manchete: "Árbitro denuncia racismo". O Sul também abriu uma página para
tratar do fato. "O
presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), disse que a entidade nada pode fazer e que vai
encaminhar o caso ao TJD".
Márcio Chagas da Silva, foi vítima de racismo abjeto
Gaciba pede punição exemplar
O
assunto também repercutiu fora do estado, sendo noticiado nos
principais sites da internet e objeto de comentários de conceituados
analistas de futebol, como Leonardo Gaciba, que escreveu em seu blog: "O tribunal Gaúcho não pode fraquejar! Se
este caso não for punido EXEMPLARMENTE estaremos abrindo precedentes
para uma “bola de neve” que em poucos instantes será transformada em uma
avalanche incontrolável! Doa a quem doer!"
O site Apito Nacional, especializado em arbitragem, também explicitou sua opinião:
O site Apito Nacional, especializado em arbitragem, também explicitou sua opinião:
"Triste e lamentável a atitude de algumas pessoas que praticaram ato
de racismo contra o árbitro gaúcho Marcio Chagas da Silva na ultima
quarta-feira. O Apito Nacional manifesta total repúdio em relação
aos fatos ocorridos na partida e presta solidariedade ao árbitro que
acima de tudo é cidadão e pai de família. Somos contra qualquer ato de censura, de cunho racista e esperamos
que as autoridades apurem os fatos e que puna os responsáveis."
Alberto Franco irá denunciar o Esportivo ao TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), por prática de ato discriminatório, conforme estabelece o artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva).
Alberto Franco irá denunciar o Esportivo ao TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), por prática de ato discriminatório, conforme estabelece o artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva).
Rede de apoio virtual
Nas
redes sociais, a página no facebook do presidente do SAFERGS Carlos
Castro, recebeu inúmeras mensagens de apoio e solidariedade. Também está
sendo articulado através da rede virtual um ato público contra o
racismo. Nas rádios, o assunto foi tratado e condenado exaustivamente, o
mesmo aconteceu em programas de televisão, inclusive em rede nacionais.
A Federação Gaúcha de Futebol divulgou nota
manifestando repúdio aos acontecimentos de Bento Gonçalves e condenando
com veemência todo e qualquer ato de cunho racista.
A palavra da lei
Na esfera jurídica, o procurador Alberto Franco irá denunciar o Esportivo ao TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), por prática de ato discriminatório, conforme estabelece o artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). O governo do Estado, através do secretário-chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, avaliou como “injustificável” o crime de racismo cometido em Bento Gonçalves e afirmou que já solicitou pessoalmente ao secretário de Segurança, Airton Michels, que “utilize todos os instrumentos de investigação para se chegar aos responsáveis”. Para Pestana, é preciso punir exemplarmente esse crime para evitar que isto volte a ocorrer.
A palavra da lei
Na esfera jurídica, o procurador Alberto Franco irá denunciar o Esportivo ao TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), por prática de ato discriminatório, conforme estabelece o artigo 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva). O governo do Estado, através do secretário-chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, avaliou como “injustificável” o crime de racismo cometido em Bento Gonçalves e afirmou que já solicitou pessoalmente ao secretário de Segurança, Airton Michels, que “utilize todos os instrumentos de investigação para se chegar aos responsáveis”. Para Pestana, é preciso punir exemplarmente esse crime para evitar que isto volte a ocorrer.
Caso de polícia
O procurador-geral de Justiça do Ministério Público gaúcho, Eduardo
de Lima Veiga, cobrou providência da Federação Gaúcha de Futebol em relação ao caso. Em entrevista à Rádio
Guaíba Veiga ressaltou que o clube tem
responsabilidade pelos atos ocorridos em seu estádio e merece punição. “O
clube deve ser punido. O clube é responsável pelo que acontece no
estádio, pelo comportamento do público, árbitro agredido ou seja lá o
que for. Ficarei decepcionado com a federação se ela não tratar esse
assunto com a seriedade que merece. Não pode ficar como coisa do
futebol, que acontece”, declarou Além das sanções esportivas, o procurador Lima Veiga
ressaltou que o crime de racismo deve ser investigado. “É o momento de
começar a agir. Além de repudiar o que aconteceu, temos que tomar
previdências. Esse é um caso de polícia. A Polícia Civil deve instaurar
um processo de investigação. No ambiente em que aconteceu, essas pessoas
não fizeram isso secretamente. Tem gente que viu, que conhece as
pessoas, e uma investigação séria chegará nos culpados. O que
aconteceu lá foi um crime. Quem cometeu esse ato é criminoso e deve ser
tratado dessa maneira”, completou. O presidente do Esportivo, Luis Delano Lucchese Oselame, divulgou uma
carta aberta lamentando o caso. O mandatário garantiu que o clube não medirá esforços para esclarecer o
que ocorreu na Serra. Ele também convocou a torcida para ajudar as
autoridades a identificar os autores dessas “atrocidades” e afirmou que
não seria justo o Esportivo ser punido por “alguns poucos que se dizem
torcedores”.
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