quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Instrutor de Fifa esclarece lances de bola na mão a jogadores e árbitros: 'A regra não mudou'

Jorge Larrionda, instrutor de arbitragem da Fifa, esclareceu lances polêmicos na sede da CBF - foto: Rafael Ribeiro/CBF 
Durante mais de uma hora e com dezenas de exemplos em vídeo, o instrutor de arbitragem da Fifa, Jorge Larrionda, esclareceu os lances de bola na mão a jogadores, árbitros, dirigentes e jornalistas. No encontro desta quinta-feira à tarde, na sede da CBF, no Rio de Janeiro, o ex-juiz uruguaio foi chamado para acabar com a polêmica que vem causando inúmeros debates no futebol brasileiro nas últimas semanas e deixou uma coisa clara: "A regra não mudou".
A principal orientação de Larrionda diz que se o jogador assumir um risco de a bola bater na mão dele, deixando o braço separado do corpo e aumentando o seu espaço corporal, mesmo que não tenha a intenção deliberada de bloquear o chute, a infração deve ser marcada. Várias imagens exibidas pelo instrutor mostram, por exemplo, que o árbitro Elmo Alves Resende Cunha acertou ao marcar pênalti do volante Renato, do Palmeiras, que deixou o braço no alto ao dar um carrinho em cruzamento de Wagner, do Fluminense, em duelo no Maracanã no dia 13 de setembro,
Por outro lado, a explicação de Larrionda também deixa a conclusão de que houve alguns erros dos juízes no Campeonato Brasileiro. Ele mostrou inclusive a jogada de um pênalti equivocadamente marcado a favor do Flamengo, na partida contra o Corinthians, no dia 14 de setembro, no Rio. Na ocasião, Everton finalizou e a bola pegou no braço de Fagner, que se protegeu com o braço colado no corpo, mas Sandro Meira Ricci apitou a falta dentro da área.
Muitos dirigentes e árbitros, mas poucos atletas estavam presentes no encontro desta quinta. A CBF convocou os capitães dos 20 clubes da Série A do Brasileiro, e Fábio Santos (Corinthians), Tinga (Cruzeiro) e Wendel (Sport) eram alguns dos presentes.
"Acho que foi válido, as imagens ajudam a esclarecer muitas coisas. Foi importante para ver também que nem sempre é fácil o juiz tomar uma decisão. Chegando em Belo Horizonte vou conversar com meus companheiros sobre tudo isso", disse o cruzeirense Tinga.
Fonte: Tiago Leme, do Rio de Janeiro (RJ), para o ESPN.com.br

PS (1): Alguns atletas presentes no evento disseram que a explanação era uma novidade, embora a CBF tenha afirmado que a orientação vale desde abril deste ano. "Eu não sabia [das orientações]. Está mais claro o que podemos fazer", disse o lateral corintiano Fábio Santos.
Tinga, do Cruzeiro, disse que seus companheiros também desconheciam o conceito antes de os pênaltis polêmicos começarem a ser marcados no Brasileiro.

PS(2): Quem leu as últimas colunas aqui neste espaço, observou que este colunista afirmou que havia conversado com árbitros da Fifa/Conmebol, com ex-árbitros da Fifa e até mesmo via e-mail com o Comitê de Arbitragem da Fifa. Todos afirmaram  peremptóriamente, que nada mudou na regra no que diz respeito a bola na mão ou mão na bola dentro da área penal.

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