Jorge Larrionda, instrutor de arbitragem da Fifa, esclareceu lances polêmicos na sede da CBF - foto: Rafael Ribeiro/CBF
Durante
mais de uma hora e com dezenas de exemplos em vídeo, o instrutor de
arbitragem da Fifa, Jorge Larrionda, esclareceu os lances de bola na mão
a jogadores, árbitros, dirigentes e jornalistas. No encontro desta
quinta-feira à tarde, na sede da CBF, no Rio de Janeiro, o ex-juiz
uruguaio foi chamado para acabar com a polêmica que vem causando
inúmeros debates no futebol brasileiro nas últimas semanas e deixou uma
coisa clara: "A regra não mudou".
A principal orientação de
Larrionda diz que se o jogador assumir um risco de a bola bater na mão
dele, deixando o braço separado do corpo e aumentando o seu espaço
corporal, mesmo que não tenha a intenção deliberada de bloquear o chute,
a infração deve ser marcada. Várias imagens exibidas pelo instrutor
mostram, por exemplo, que o árbitro Elmo Alves Resende Cunha acertou ao
marcar pênalti do volante Renato, do Palmeiras, que deixou o braço no alto ao dar um carrinho em cruzamento de Wagner, do Fluminense, em duelo no Maracanã no dia 13 de setembro,
Por
outro lado, a explicação de Larrionda também deixa a conclusão de que
houve alguns erros dos juízes no Campeonato Brasileiro. Ele mostrou
inclusive a jogada de um pênalti equivocadamente marcado a favor do Flamengo, na partida contra o Corinthians, no dia 14 de setembro,
no Rio. Na ocasião, Everton finalizou e a bola pegou no braço de
Fagner, que se protegeu com o braço colado no corpo, mas Sandro Meira
Ricci apitou a falta dentro da área.
Muitos dirigentes e árbitros,
mas poucos atletas estavam presentes no encontro desta quinta. A CBF
convocou os capitães dos 20 clubes da Série A do Brasileiro, e Fábio
Santos (Corinthians), Tinga (Cruzeiro) e Wendel (Sport) eram alguns dos
presentes.
"Acho que foi válido, as imagens ajudam a esclarecer
muitas coisas. Foi importante para ver também que nem sempre é fácil o
juiz tomar uma decisão. Chegando em Belo Horizonte vou conversar com
meus companheiros sobre tudo isso", disse o cruzeirense Tinga.
Fonte:
"Eu não sabia [das orientações]. Está mais claro o que podemos fazer", disse o lateral corintiano Fábio Santos.
Tinga, do Cruzeiro, disse que seus companheiros também desconheciam o conceito antes de os pênaltis polêmicos começarem a ser marcados no Brasileiro.
Tinga, do Cruzeiro, disse que seus companheiros também desconheciam o conceito antes de os pênaltis polêmicos começarem a ser marcados no Brasileiro.
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