“Antes tarde do que nunca” - é
o que diz um dos mais antigos adágios que ouvimos desde os primórdios da
humanidade. Assim, entendo a Pauta de Reivindicações entregue pela Associação
Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), à CBF no último dia (8). Pauta que traz
no seu conteúdo algumas propostas que poderão dependendo das negociações,
proporcionar benfeitorias à confraria do apito do futebol brasileiro.
Li, revi e trevi as
reivindicações que estão postadas no site da Anaf – http://www.anaf.com.br/2014/?p=9437. Acredito que o primeiro passo
para a abertura de um entendimento independente entre Anaf e a CBF, passa pela
renúncia de todos os cargos que os dirigentes da Anaf ocupam na CBF e, por
extensão, nas federações de futebol. É a condição “sine qua non”.
Faço a colocação em tela porque
a arbitragem brasileira vivencia inúmeras mazelas e uma delas, se não a
principal, diz respeito a presença “nefasta” de presidentes ou diretores de
associações e sindicatos vinculados a algum cargo nas federações e na CBF. O nome
deste tipo de comportamento no jargão sindical é “peleguismo” ou como queiram, “caradurismo”
– prática incompatível no mundo globalizado e, sobretudo, prejudicial aos
anseios de qualquer categoria trabalhista.
Marco Antonio Martins, o atual
presidente da Anaf que recuperou a instituição e deu relevo exemplar a entidade em todos os setores, e é o principal arauto dos homens de preto do
futebol brasileiro, deveria dar o pontapé inicial, solicitando a CBF seu
desligamento da função de delegado de arbitragem e pedir aos seus congêneres da
Anaf que façam o mesmo.
Aqueles que discordarem devem renunciar seu cargo na Anaf,
e assumirem de vez as funções de diretor de federação e assessor e/ou delegado
de arbitragem da CBF.
PS: Quanto a participação
de um dirigente da Anaf na Comissão de Árbitros da CBF, a proposta é no mínimo
incoerente e aponta na direção de fortíssimos laivos de promiscuidade. Nossa opinião
é que se isto acontecer, será quebrado o último resquício de independência que
ainda vige entre árbitros, federações, CBF e clubes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário