Os especialistas em
mitomania afirmam que o hábito de a pessoa mentir compulsivamente, começa com
pequenas mentiras - Posteriormente, dada a sequência de mentiras no cotidiano,
o indivíduo incorpora a mentira e, por conseguinte, torna-se um mentiroso
contumaz, e passa a acreditar na própria mentira.
É assim que observo cada
entrevista dos dirigentes da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf).
Há um RODÍZIO de afirmações aos sites e blogs de arbitragem eivado de mentiras.
A expressão comumente
utilizada pela plêiade de sindicalistas da Anaf, é sempre a mesma: “MAIS UMA
CONQUISTA DA CATEGORIA DO APITO E/OU ARBITRAGEM” - mas, não específica quando
aconteceram e quais foram as conquistas dos últimos sete anos, e que benefícios
proporcionou aos homens de preto da Relação Nacional de Árbitros de Futebol
(Renaf).
PRESTE ATENÇÃO: 1) A
PROFISSIONALIZAÇÃO DO ÁRBITRO DE FUTEBOL É PAUTADA A CADA REUNIÃO DE TRABALHO
OU CONGRESSO DA ANAF – Conquista que não aconteceu. Após onze anos perambulando
pelas gavetas e comissões do Congresso Nacional, saiu de Brasília totalmente
descaracterizada, via Lei Nº 12.867/2013, que reconheceu a atividade do árbitro de futebol no
Brasil como profissional. Ponto. MAS NÃO REGULAMENTOU. Portanto, é uma lei meia-boca e nunca uma
conquista.
2) DIREITO DE ARENA À
ARBITRAGEM – Elaborado, peticionado e protocolado pela Anaf, junto ao
Congresso Nacional, com fraquíssimos argumentos jurídicos, foi VETADO pela
presidência da República - sendo que o ex-árbitro, Evandro Rogério Romam (PR),
participou ativamente do processo. No retorno ao Congresso Nacional, houve
tentativa em derrubar o VETO presidencial, tendo novamente como
litisconsorte, o ex-árbitro e deputado Evandro Romam do Paraná - deu “Chabu” -
ou seja, o VETO
foi mantido. Traduzindo: árbitro de futebol não tem direito ao direito de
arena.
3) DIREITO DE IMAGEM À
ARBITRAGEM
- Aqui talvez, tenha ocorrido o maior absurdo da atual administração da Anaf,
comandada por Marco Antonio Martins. Inexplicavelmente, a ação do direito de
imagem dos árbitros, foi ajuizada na Comarca de Recife (PE). Distribuída a ação
a um dos magistrados da terra do frevo, eis que surge a grande “novidade”: aquela
Comarca não tinha a ver com a ação, e sim a Comarca do Rio de Janeiro, sede da
emissora detentora dos direitos de transmissão das competições da CBF.
Pesquisando sobre o fato, fui informado no final do ano que passou, que a
indigitada ação estava mais parada do que água de poço.
4) PATROCÍNIOS ESTAMPADOS NA
VESTIMENTA DA RENAF - Há mais de duas décadas, a CBF vem explorando diferentes
propagandas na indumentária dos árbitros da Relação Nacional de Árbitros de
Futebol (Renaf). A FIFA normatizou em 2001, a forma como as publicidades devem
ser alocadas nas mangas das camisas da arbitragem, e qual deve ser o destino do
montante financeiro arrecadado.
Sabe-se que o faturamento da
CBF, com as propagandas estampadas na roupa da Renaf, fatura milhões de reais.
Mas, não há conhecimento de que algum árbitro e/ou assistente nos últimos vinte
anos, tenha recebido um centavo como contrapartida. Pergunto: Quantas vezes se
manifestou a Anaf sobre o fato, na atual administração de Marco Antonio
Martins? E se se manifestou, quais foram os resultados benéficos à classe que
labora nos torneios da CBF?
[Aliás, se
a Anaf tem as portas abertas com a direção da CBF como propagam seus
dirigentes, porque a arbitragem que atua nos campeonatos da CBF, continua sendo
EXPLORADA na questão dos patrocínios nos seus uniformes?]
Lembro que nos países
europeus, as verbas obtidas com os patrocínios das publicidades exibidas no
uniforme dos homens do apito, é revertida em cursos de capacitação continuada,
e o que sobra, geralmente é dividido proporcionalmente aos apitos e bandeiras.
5) QUANTOS SINDICATOS DE
ÁRBITROS DE FUTEBOL FORAM CRIADOS NA ATUAL ADMINISTRAÇÃO DA ANAF? Resposta: Nenhum. O único
sindicato que foi criado desde que Marco Martins assumiu a Anaf, há sete anos,
foi o do CEARÁ. Sindicato que foi fundado com a participação decisiva do
ex-presidente do SAFERGS, Ciro Camargo (foto) e da União Geral dos Trabalhadores
(UGT). Ressalto que os sindicatos do PARANÁ, SÃO PAULO e do R. G. do SUL, já
existiam antes de Marco Martins ser presidente da Anaf, e já eram detentores da
CERTIDÃO DE REGISTRO SINDICAL.
No que tange aos sindicatos,
falta um para preencher os requisitos exigidos pelo ministério do Trabalho e
Emprego, quando então poderá ser criada a FEDERAÇÃO BRASILEIRA DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL -
entidade que irá propiciar à arbitragem condições de discutir em grau de
igualdade, com a cartolagem que maneja o futebol brasileiro, e por conseguinte,
abandonar o último lugar onde se encontra a arbitragem, na bilionária
locomotiva que rege o futebol pentacampeão.
Num cenário de extrema
pobreza em termos de conquistas ao longo de sete anos, reivindicar reajuste nas
taxas e diárias, na adequação dos bilhetes de passagens aéreas, na premiação
dos três melhores trios da Série (A), e outros pormenores à confraria do apito,
não é conquista. Salvo se mudou o significado de CONQUISTA. É OBRIGAÇÃO! Portanto, é de bom alvitre os
sindicalistas da Anaf darem um tempo, nessa conversa fiada de conquista que não
existe.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: O
conteúdo da pauta da reunião de trabalho da Anaf, no Acre, no próximo mês de
abril, será diferenciado dos últimos anos ou terá a mesmice de sempre?
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