Os jogos do Brasileirão/2017, dirigidos pelo excelente Marcelo de Lima Henrique ao centro, não terão o (AV) - Crédito: CBF
A FIFA após comprovar a eficiência de 100% da
tecnologia na linha do gol, a partir de 2012, autorizou os clubes e as ligas
europeias que manifestaram interesse em implementar a tecnologia na linha do
gol nos seus campeonatos, a contatar com os laboratórios independentes: Sports
Labs Ltda (Escócia), Labosport UK (Inglaterra), ISA Sport (Holanda) e EMPA
(Suíça), já que estas empresas apresentaram os resultados esperados pela
entidade que controla o futebol no planeta.
Desde 2012, essas companhias autorizaram o uso de dois
modelos: Hawk-Eye, da Sony (Inglaterra) e Goal Control, de fabricação alemã. Os
dois sistemas estão e/ou foram utilizados na KNVB (Holanda), na Premier League (Inglaterra),
na Série (A) da (Itália), na Bundesliga (Alemanha), na Liga (1) (França), nas
Copas de Portugal e nos torneios da UEFA e da FIFA.
Consultada a FIFA, a instituição afirmou que a iniciativa
da contratação da tecnologia, cabe ao organizador da competição que deve fechar
o contrato privado com os fornecedores homologados. A FIFA só verifica se a tecnologia
empregada é correta.
Segundo a rede de TV inglesa (BBC), a
Premier League (Inglaterra), pagou 12 milhões de euros (39,6 milhões de reais)
por cinco anos à empresa Hawk-Eye. A Bundesliga (Alemanha), desembolsa pouco
mais de 2,5 milhões de euros (8,2 milhões de reais) por temporada, também à
Hawk-Eye.
A Liga de Futebol Profissional da Espanha (LFP),
considerada uma das mais importantes do futebol mundial, é a única que não conta
com a indigitada tecnologia. De acordo com o seu presidente, Javier Tebas, os
altos custos econômicos inviabilizam a tecnologia na (LFP).
Tebas disse que, investir quatro milhões de euros
(13,2 milhões de reais) num sistema que serviria para corrigir três ou quatro
situações de “gol fantasma” por temporada, seria excesso. Essa foi a conclusão
dos dirigentes dos clubes que disputam o torneio espanhol, quando a proposta
foi feita, dois anos atrás.
Havia questões mais urgentes para tratar - recorda
um porta-voz da (LFP), recordando a necessidade de sanear economicamente os clubes,
cuja dívida em 2014, beirava os 450 milhões de euros (1,48 bilhão de reais), e
desde então foi reduzida à metade.
Porém, há quem discorde do presidente da federação
espanhola, argumentando que o desenvolvimento da tecnologia é de
"apenas" 500.000 euros (1,65 milhão de reais), mas a FIFA cobra
"quatro milhões de euros" pela homologação.
O presidente da (LFP) afirmou também que, há oito
meses os espanhóis estão desenvolvendo o ÁRBITRO DE VÍDEO (AV) - estamos nas comissões da
FIFA, e já realizamos alguns testes. A partir de 2018, se a FIFA decidir pelo
(AV), instalaremos a arbitragem de vídeo, que é uma evolução na detecção
automática de gols.
Mas os espanhóis não estão solitários contra a
implementação da tecnologia, como ferramenta auxiliar à arbitragem. Na semana
que passou, a CBF anunciou que os estratosféricos custos financeiros (R$ 20
milhões), é o principal obstáculo para a implantação do ÁRBITRO DE VÍDEO, no futebol pentacampeão.
Além do exposto, a CBF alegou que teria mais custos
com a preparação e treinamento específico, que obrigatoriamente tem que ser exercido por ex-árbitros - conforme Protocolo estabelecido pelo (The
IFAB), na 130ª Reunião Geral Anual, em março de 2016.
A verdade é que o experimento do (AV), além de ser
caro financeiramente, tem um protocolo rigorosíssimo para ser cumprido - e quem
não se submeter à esse protocolo, não obtém
o passaporte para realizar os testes.
PS: Um ex-árbitro da FIFA com livre trânsito junto a entidade internacional,
que esteve recentemente em Zurique, sede da FIFA - quando perguntado a respeito
da desistência do Brasil em relação ao (AV) este ano, foi taxativo: “Ambas, FIFA
e o (The IFAB), sabem o que significará para a arbitragem em âmbito mundial o
(AV). E é óbvio que não permitirão em hipótese alguma, que os testes do ÁRBITRO
DE VÍDEO, fujam cem por cento do controle das duas entidades”.
PS (2): A tecnologia na linha do gol implementada pela FIFA, proporcionou a
elucidação total, se a bola ultrapassou ou não a linha de meta na sua
totalidade nas competições da FIFA, na Eurocopa e onde ela está sendo
utilizada. O mesmo
deve acontecer com o ÁRBITRO DE VÍDEO. Quando se gasta com a arbitragem não é
custo – é investimento.
PS (3): Algumas informações da matéria em tela, foram obtidas junto ao PERIÓDICO EL PAÍS (ESPANHA).
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