Pela
primeira vez nos últimos anos o principal torneio da CBF, o
Campeonato Brasileiro de Futebol de 2017, não revelou um único
árbitro (apito). E não cabe aqui o álibi que foi por falta de
jogos. O Brasileirão propiciou (360) prelios na Série A, (360) na
Série (B), mais de uma centena nas Séries (C e D) e um número
estratosférico na Copa do Brasil.
Quais
são as causas que conduziram a nossa arbitragem ao estado de
degradação qualitativa e descrédito que ora vivenciamos? 1) A
CA/CBF é composta há vários anos pelas mesmas pessoas, ou seja, lá
grassa o continuísmo. 2) No apagar das luzes de 2016, foi nomeado
presidente dessa comissão, Marcos Marinho, que não é árbitro de
futebol, e não há conhecimento que tenha exercido essa atividade
nem em futebol de pelada. 3) Com a entrada de Marinho esperava-se uma
transformação total e irrestrita de nomes e ações na aludida
comissão – as transformações se ocorreram, foram ineficazes. 4)
No apagar das luzes de 2016, a CBF criou uma “nova” nomenclatura
no que tange o seu quadro de arbitragem - foi criada a Seleção
Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf).
5)
Com a mudança, esperava-se a aplicação de uma profilaxia na nova
listagem, acoplada de uma nova metodologia na indicação dos futuros
componentes da (Senaf). Ledo engano! A meritocracia continuou sendo
preterida em várias indicações, em detrimento da mediocridade.
6)
Em
maio do ano em curso reuniram-se em Curitiba, a CA/CBF com a
presença de Marcos Marinho, os dirigentes das comissões de
arbitragens e diretores das escolas de formação de árbitros de
todo o país - Objetivo:
Viabilizar mecanismos para a unificação da formação e
requalificação do árbitro brasileiro -, inclusa a solicitação
de que a CBF auxiliasse financeiramente às escolas. Até este
momento ninguém sabe se houve avanços sobre a indigitada reunião.
7) O cenário exibido pela CBF no que diz respeito a arbitragem, é
similar em todas as federações de futebol, ou
até pior.
8)
Há casos nas federações em que, comissão de arbitragem, escola,
associações e sindicatos de árbitros, “atuam
unificados”
em benefício dos seus dirigentes e das “curriolas” que lhes dão
sutentação, enquanto a categoria dos homens de preto “patina”
tal qual um carro no atoleiro.
Podia
e tenho argumentos para continuar – mas vou parar por aqui. Após
ler o que você leu, dá para acreditar numa nova arbitragem em 2018? Só se você acreditar no dia de SÃO NUNCA.
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