Após o retumbante fracasso da arbitragem que compõe a Seleção
Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf), no Campeonato Brasileiro do ano que
passou, a CBF neste início de ano, via seu departamento de arbitragem, convocou
para um curso de requalificação num primeiro plano, os instrutores regionais
das federações de futebol - e numa segunda etapa, os instrutores que têm atuado
nas competições da entidade, sob o argumento de renovação.
A medida em si é relevante, dada a importância dos instrutores
regionais na formação dos novos árbitros e, por extensão, na avaliação da
arbitragem que é realizada pelos instrutores nos campeonatos da CBF.
O setor de instrutores da CBF, está há muito tempo a exigir uma profunda oxigenação
- ou seja, gente nova e sem os vícios que a maioria carrega consigo e, por
conseguinte, vícios que têm sido repassados aos homens de preto.
Pelo que observamos nos vídeos disponibilizados no site da CBF, com
algumas exceções, - tanto os instrutores regionais, como aqueles que desempenham
atribuições nos torneios da CBF, são os mesmos de sempre.
Acrescento que no caso dos instrutores da CBF, além dos cursos
que são pagos pela entidade, todos recebem pecúnia, diárias, passagens aéreas
e/ou carro ou ônibus, quando escalados
no Brasileirão, o que é justificável.
Porém, o custo benefício de todo esse investimento não tem atingido
o objetivo esperado nas tomadas de decisões dos homens do apito e das bandeiras
da Senaf – pelo contrário: O que temos visto é um autêntico “efeito traque.”
PS: A CA/CBF
implementou no Campeonato Brasileiro de 2017, o RADAR ( Relatório de
Análise de Desempenho de Arbitragem) – ferramenta tecnológica, que teve a missão precípua de avaliar durante as partidas, a
atuação dos árbitros de maneira mais científica e menos subjetiva, diz a
entidade.
PS (2): Com analistas de vídeo e de campo e em alguns jogos delegado especial, o
método do Departamento de Análise de Desempenho da Comissão de Arbitragem,
visou não deixar escapar o que ocorreu dentro das quatro linhas. Mas
também pontuou de maneira objetiva cada lance marcado no decorrer dos prelios.
PS (3): Toda a parafernália acima nominada e os dispêndios financeiros,
colocados a serviço do incremento da qualidade da arbitragem do nosso futebol,
na temporada passada, infelizmente não proporcionaram os resultados que se
pretendia alcançar. Vamos virar a página e esperar 2018.
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