Da esquerda para a direita, Altemir Hausmann, Pierluigi Collina presidente do Comitê de Arbitragem da FIFA, Roberto Braatz e Carlos Simon no Mundial da África do Sul
Carlos Eugênio Simon
(foto), o maior árbitro brasileiro de todos os tempos, é o único apito do nosso
futebol que participou de três Copas do Mundo consecutivas, na matéria em tela,
parabeniza os 7 clubes que quiseram a modernidade do vídeo na arbitragem. E,
por consequência, traça um cenário preocupante à arbitragem brasileira.
Comentarista
dos canais FOX Sports felicitou os clubes que votaram a favor do uso do árbitro
de vídeo no Campeonato Brasileiro.
O árbitro de vídeo não será
utilizado no Campeonato Brasileiro de 2018. Na contramão do que ocorre no
futebol mundial, os clubes brasileiros decidiram não utilizar o recurso que
estará presente na Copa da Rússia.
A decisão foi tomada em
reunião do conselho arbitral da CBF realizado no início de semana.
Dos 20 clubes que participam
da Série A do Brasileirão sete votaram a favor do VAR ( Vídeo Assistant
Referee, denominação em inglês do árbitro de vídeo). Foram eles;
Grêmio, Internacional, Chapecoense,
Palmeiras, Botafogo, Flamengo e Bahia.
Parabéns a eles, que estão
atentos para a modernidade do futebol. Os demais justificaram o voto contrário
alegando, principalmente, o custo de 40 mil por jogo em contrato de um ano.
Creio tratar-se de um
equívoco usar o conceito de custo em relação a adoção da medida. Deveria, isto
sim, ser encarado como um investimento que só trará benefícios para o futebol,
com a correção dos erros de arbitragem e o aprimoramento da atuação dos
profissionais do apito e das bandeiras, certamente bem mais zelosos das suas
atribuições ao saber que suas decisões podem serem questionadas e modificadas
no decorrer da partida.
Em relação ao preço, um
contrato de duração mais ampliado (cinco anos, por exemplo) possivelmente faria
com que o valor fosse reduzido. (Portugal é um milhão de euros por temporada).
Na minha opinião já passou
da hora de a CBF cumprir o que vem prometendo desde 2016 e adotar medidas
práticas para efetivação do árbitro de video de forma regular e não eventual,
como vai acontecer em 2018 na fase decisiva da Copa do Brasil.
Já disse e repito que o
árbitro de video não é a panacéia milagrosa capaz de redimir todas as
deficiências do apito brasileiro. O desejável - e necessário - salto de
qualidade da arbitragem do nosso futebol exige, também, o fim do sorteio e a
profissionalização da atividade, providência capaz de gerar respeito e
tranquilidade trabalhista a árbitro
Enquanto tais medidas não se
concretizem permanece atual a observação do grande jornalista e cronista
esportivo Armando Nogueira: "o dirigente de futebol só se preocupa com o
árbitro quando ele erra contra sua equipe".
Fonte: BLOG DO SIMON/FOX
SPORTS
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