terça-feira, 6 de março de 2018

CRISE DE “MENTIRINHA”



A “pseuda” crise ocorrida entre o Fortaleza Esporte Clube (CE), e o quadro de árbitros da Federação Cearense de Futebol teve curta duração. Aliás, ela durou menos de (48) horas.

REJEITADOS pela equipe Tricolor para dirigirem o Clássico – Rei do futebol cearense do último domingo, entre Ceará x Fortaleza, a arbitragem local humilhada em âmbito estadual e nacional pelo Leão do Nordeste,  através do Sindicato dos Árbitros de Futebol do Ceará, emitiu nota afirmando: “Que dada a posição da equipe do Fortaleza, amplamente divulgada pela mídia esportiva, a partir de então, os homens de preto da terra da praia de cumbuco, não mais atuariam nos prelios do Fortaleza, fosse aquela equipe, mandante ou visitante”.

Lembro que a posição do Fortaleza, obrigou a (FCF) a buscar em outras plagas o quarteto para laborar no aludido jogo. O árbitro foi Jailson Macedo de Freitas (foto/Bahia), e os assistentes Alessandro Rocha Matos (Bahia), Guilherme Dias Camilo (MG) - já o quarto árbitro veio do Paraná, Rodolpho Toski Marques.

De acordo com o DIÁRIO Online O  POVO desta terça-feira (6) - [https://mobile.opovo.com.br/jornal/esportes/2018/03/arbitragem-volta-o-lance.html] - “A queda de braço entre a arbitragem cearense e o Fortaleza terminou com uma reviravolta. Em reunião realizada ontem na sede da Federação Cearense de Futebol (FCF) com todo o quadro de árbitros local, ficou definido o fim do movimento que se negava a atuar em jogos do Fortaleza, bem como a possibilidade de destituição de João Lucas da presidência do Sindicato dos Árbitros do Ceará (Sindarfce-CE)”.

A informação foi confirmada pelo presidente interino da Comissão de Arbitragem da FCF, Paulo Silvio. “Os árbitros estavam sem entender o que tinha acontecido, porque não foi uma decisão deles. Eles deixaram muito claro que o documento emitido pelo sindicato não tinha assinatura alguma”, explicou Silvio. Segundo ele, os árbitros procuraram o Sindarfce, mas “para que o sindicato se pronunciasse com nota de repúdio ou mesmo fizesse um pedido de defesa junto à imprensa contra declarações de alguns dirigentes do Fortaleza que saíam da esfera do futebol e entravam na esfera do ser humano”.
O movimento de recusa a trabalhar em partidas do Leão seria, então, fruto de um mal entendido por parte do sindicato, que redigiu o ofício e deu entrada na (FCF) e Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Ceará (TJDF-CE). “Os árbitros entenderam o ato como irresponsável por colocá-los contra o Fortaleza. Eles estão decididos a constituir assembleia para destituir o presidente (João Lucas)”, completou o presidente interino da CA/FCF.
[Em tempo: Quem desceu a borduna durante a semana que antecedeu o clássico na arbitragem cearense,  foram diretores do Fortaleza, que solicitaram quarteto de fora do estado. Fato noticiado na transmissão antes, durante e após o prélio pelo ESPORTE INTERATIVO para todo o Brasil.]
A reportagem de O POVO conversou, no entanto, com alguns árbitros, que pediram para ter seus nomes preservados. Eles contaram uma versão diferente. De acordo com eles, o movimento de fato existiu, mas perdeu força devido a declarações do próprio presidente do Sindarfce que gravou um áudio em um aplicativo de conversas criticando a atitude da arbitragem. O áudio vazou, e os membros da categoria ficaram insatisfeitos.
PS: A “reviravolta” na posição do quadro de árbitros da Federação de Futebol do Ceará, após serem REJEITADOS e HUMILHADOS pelo Fortaleza, não nos causou surpresa. A arbitragem do futebol brasileiro, tratada pelo establishment que comanda o nosso futebol como um bando de “bucéfalos”, dificilmente reage a agressões dessa e/ou outra magnitude.
PS (2): E, por derradeiro, o árbitro de futebol do Brasil, apesar de estarmos no século 21, tem impregnado na sua mente duas culturas inafastáveis: 1ª) Brigar por escalas tal qual “Hiena” por carne “podre”. 2ª) “Adora” ser manejado tal qual “Gado no Curral”.
ad argumentandum tantum (1) – Um ex-árbitro da FIFA com quem conversei no crepúsculo da tarde desta terça me disse: Enquanto existir na arbitragem pessoas que pensam e agem com a “pequenez” da arbitragem do Ceará, só pode acreditar na regulamentação da atividade do árbitro, o indivíduo que tem o cérebro inferior a um grão de mostarda.
ad argumentandum tantum (2) – O fato acontecido com a confraria do apito do Ceará, é algo recorrente nos campeonatos das federações de futebol da Região Nordeste.

Nenhum comentário:

Postar um comentário