David Elleray, diretor do Painel Técnico consultivo do (The IFAB) - Foto: FIFA
Ao questionar a metodologia e a duração das pré-temporadas, que foram realizadas pelas federações de futebol, em conjunto com associações e sindicatos de árbitros de futebol neste inicio de 2018, aqui neste espaço, recebi várias críticas.
Diatribes
que vieram das vozes do atraso, que tentam desesperadamente continuar
manejando a confraria do apito, com métodos do século 19, apesar de
estarmos vivenciando o século 21.
Vozes
do atraso que fingem
não enxergar que o futebol atingiu níveis de modernidade
estratosféricos em todos os setores – incluso a arbitragem –
arbitragem, que vem sendo conduzida pela cartolagem do nosso futebol, tal qual gado no “CURRAL”.
E,
para comprovar nossa análise em coluna pretérita sobre as reuniões
de três dias, que a maioria das federações de futebol,
associações e sindicatos de árbitros - tiveram a “pachorra”
de anunciar como pré temporada, fomos pesquisar junto a fonte
fidedigna como eram realizados esses eventos, quando do seu inicio.
A
primeira temporada de árbitros do futebol brasileiro, teve a
chancela da Federação Paulista de Futebol, em 1995,
com duração de 21 dias.
Com a participação de árbitros e assistentes concentrados durante
esse período.
A
pré-temporada acontecia em três períodos diários (manhã, tarde e
noite) - com preparação física, aulas praticas e teóricas (Regras
de Futebol e Legislação), palestras de dirigentes, jornalistas,
atletas e ex-atletas, treinadores, preletores do (Tribunal de
Justiça) TJD e preparadores físicos, entre outros.
Pela
manhã preparação física e aulas práticas no campo. A tarde,
palestrantes diversos. No período noturno, trabalho intensivo das
Regras de Futebol, visando a aproximação de critérios nas tomadas
de decisões e legislação.
PS:
As informações sobre a implementação da primeira pré-temporada à
arbitragem e sua metodologia, foi obtida através do professor
Gustavo Caetano Rogério, que foi membro da comissão de arbitragem
e professor da Escola de Formação de Árbitros da Federação
Paulista de Futebol, e membro do Comitê de Arbitragem da CONMEBOL.
PS
(2): Gustavo Caetano Rogério, além do notório conhecimento sobre o
tema arbitragem, foi quem descobriu o último árbitro do futebol
paulista na cidade de Cruzeiro (SP), com dom, talento, vocação,
feeling e timing. Paulo Cesar de Oliveira, atual comentarista de
arbitragem da Rede Globo.
PS
(3): Diante do que se leu neste articulado e com as profundas
metamorfoses que sofreu o futebol em todo o planeta, nos últimos
vinte e três anos, dá para mencionar o acontecido como pré-temporada, e esperar
uma arbitragem com qualidade nos campeonatos regionais?
ad
argumentandum tantum – Questionado a respeito das pré-temporadas à
arbitragem neste início de ano, um ex-árbitro da FIFA me disse:
São mais falsas do que nota de “três
reais”.
ad argumentandum tantum (2) - Quando é que o futebol brasileiro, irá convidar a personagem de David Elleray, responsável pela reformulação das REGRAS DE FUTEBOL para uma palestra aos seus árbitros?
ad argumentandum tantum (2) - Quando é que o futebol brasileiro, irá convidar a personagem de David Elleray, responsável pela reformulação das REGRAS DE FUTEBOL para uma palestra aos seus árbitros?
Boa noite Valdir.
ResponderExcluirEm relação ao seu post, oportuno destacar que, de fato, as pré-temporadas são mal formuladas, mal preparadas e mal executadas. Falta de tempo adequado para isso e falta de empenho dos responsáveis por essa atividade.
Por outro lado, especialmente em relação aos oficiais de arbitragem (árbitros e assistentes), não vejo outra alternativa atualmente que não uma atividade de curta duração. Ainda que no mês de janeiro, em que boa parte das pessoas está de férias de seus ofícios principais, não podemos ter isso como regra. Desse modo, como conciliar o trabalho e fonte de renda principal com as atividades de preparação na arbitragem?? Hoje em dia, torna-se impossível realizar uma atividade de preparação durante o dia inteiro, ainda mais por longos períodos, como foi o caso da pré temporada citada em sua coluna.
Seria excelente uma imersão dessa magnitude. Todavia, a realidade de 99% dos árbitros e assistentes hoje é a prática da arbitragem por gosto e/ou vocação, sem contudo abrir mão de seus empregos principais, pois é este a principal fonte de renda.
Um contrassenso.. enquanto se cobra da arbitragem um nível de excelência ímpar, não se tem condições adequadas - jurídicas, técnicas e práticas - de exercer o ofício da arbitragem em sua plenitude.
A propósito, muito oportuno seu texto abordando esse tema. Quem sabe isso provoque alguma mudança na forma de tratamento dada à preparação da arbitragem nacional, especialmente à voltada aos estaduais.
Por fim, à disposição para uma boa conversa sobre arbitragem e suas nuances.. (61) 98121-4490, WhatsApp tbm.
Abraços!
Leandro Almeida (Brasília/DF)