Tenho
reiterado aqui neste espaço, que, a arbitragem brasileira precisa
sair do estágio de letargia em que se encontra. O exemplo mais
recente, foi a conquista dos treinadores de futebol, através da
Federação Brasileira de Treinadores de Futebol, que pleiteou
perante o Congresso Nacional, o percentual de 1,5% como direito de
arena àquela categoria. Fato que será consumado em breve.
Mas
não é correto nos atermos exclusivamente a confraria dos homens de
preto. Recebo do diretor de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, via
WhatsApp, a notícia de que a entidade irá realizar nos próximos
dias, curso de requalificação aos instrutores de árbitros da
entidade.
Aqui
está na nossa opinião, um dos “gargalos”
que vem atravancando o desenvolvimento da produção dos homens que
manejam os apitos e bandeiras do nosso futebol. É um setor que não
evoluiu – a exemplo da CA/CBF, da Enaf, dos observadores, delegados
especiais e analistas, são sempre os mesmos. Não há renovação.
Há
vários “instrutores”
atualmente na CBF, que não são árbitros e nunca dirigiram uma
partida de pelada de menino de conjunto habitacional. Fato idêntico,
acontece com o diretor da CA/CBF, Marcos Marinho. Ou seja, são
“teóricos”.
E,
os que foram árbitros no passado, e atuam nas funções acima
nominadas, deixaram-se contaminar pela “teoria”. Nas federações
de futebol, o quadro é similar ao da CBF.
Com
o cenário descrito acima, a nossa arbitragem vem caminhando
lentamente de maneira inexorável para uma catástrofe, gostem ou
não. A prova cabal foi o Brasileirão de 2017, onde apitos e
bandeiras usaram e abusaram do direito de tomar decisões em
desconformidade com as regras. Competição que pela primeira vez,
não revelou nenhum árbitro promissor.
PS:
O Paraná tem um árbitro promissor, Rodolpho Toski Marques. Os
gaúchos, Anderson Daronco. Os catarinenses no momento, não tem
nenhum árbitro de futuro. Os cariocas rezam para Wagner Nascimento
Magalhães dar certo. Os paulistas estão circunscritos a Raphael
Claus. Os Mineiros, estão bem servidos com Ricardo Marques Ribeiro.
Os goianos, com o excelente Wilton Pereira Sampaio. O (MT) acredita
na sedimentação de Wagner Reway, mas ele precisa se ajudar. E o
Pará, torce pela maturação de Dewson de Freitas. Acabou, não tem
mais ninguém com características de apito promissor.
Ad
argumentandum tantum – Não nominei a Região Nordeste, no que
concerne a arbitragem, porque a impressão que se tem é de que, a
CBF não dá importância aos árbitros e assistentes de lá.
Árbitros com dom, talento e vocação há vários nos nove estados,
que compõe a aludida região. Se a CBF tiver um mínimo de vontade,
já que ano após ano, suas receitas vem crescendo, a entidade poderá
firmar parceria com as federações da região e investir
financeiramente, objetivando dotar as escolas de formação de
árbitros do necessário, visando garimpar apitos e bandeiras
promissores.
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