domingo, 11 de julho de 2010

Mundial da África: Lanterna foi o apito


No dia 11 de junho deste ano, quando o árbitro mais jovem desta Copa, Ravshan Irmatov, 32 anos, (Fifa-Uzbequistão), trilou o apito no estádio Soccer Citty, em Johannesburgo, na partida de abertura da Copa do Mundo de 2010, entre África do Sul x México, e a Jabulani, a bola que provocou inúmeras polêmicas, rolou na relva, a Fifa anunciou que estava colocando em prática o mais audacioso e completo programa já realizado com o árbitro de futebol desde a primeira Copa do Mundo, em 1930 no Uruguai. A pré-seleção dos árbitros e assistentes, teve início em 2007, no Centro de Excelência Médica da Fifa, onde os 29 árbitros e 58 assistentes, selecionados para o Mundial, foram submetidos a rigorosos exames de sangue, eletrocardiograma, ecocardiografia, provas de exercício na esteira e exames ortopédicos.

Toda essa gama de exames foi exigido para que o árbitro pudesse estar mentalmente e fisicamente igual aos atletas dentro do campo, e, por conseguinte, com capacidade para dirimir qualquer situação no retângulo verde quando exigido e, de preferência, próximo da uniformidade.

Posteriormente, os árbitros e assistentes selecionados para a Copa da África, foram testados a cada três meses com testes físicos, teóricos, avaliados por psicólogos, provas sobre as Regras do Jogo, confecção de relatórios e súmulas em inglês - idioma que a Fifa adota para tomar qualquer decisão referente as suas competições -, participaram de painéis, seminários, congressos e foram escalados em diferentes competições com objetivo de obterem experiência com vistas à Copa do Mundo.

Mas, lamentavelmente, em que pese a ótima infra-estrutura proporcionada pela Fifa, inclusive escalando trios de arbitragem do mesmo país, os homens do apito, a partir da segunda fase da Copa, com as partidas mais acentuadas tecnicamente, não conseguiram dar resposta adequada aos lances de maior envergadura quando exigidos, interpretando e aplicando as Regras do Jogo em total descompasso com o seu texto. O posicionamento com a bola em jogo, foi a principal deficiência apresentada pelos árbitros e assistentes, o que propiciou tomadas de decisões, sem o devido autocontrole, nos lances de impedimento, na marcação de penalidades máximas, nas sinalizações de tiros de canto, de meta e até em lances que a bola ultrapassou totalmente a linha de meta, (vide Inglaterra x Alemanha).
Vários jogos foram decididos através de equívocos da confraria do apito. Algumas decisões da arbitragem foram em total desacordo com a verdade dos fatos. Foram absurdas! Uma delas, o impedimento de Tevez da Argentina contra o México.
PS: De conseqüência, os homens de preto, no bonito mundial realizado na África do Sul, constituitem-se na antítese da Espanha sua grande campeã: Foram os lanternas da competição e mesmo que faltem quatro anos, já se torna necessário colocar as barbas de molho, porque o festival da bola a ser realizado no Brasil, que promete ser um dos maiores projetos de todos os tempos da Fifa e da CBF, a maior preocupação não é a infraestutura para que o espetáculo seja aqui realizado, mas sim as arbitragens, que estão vivendo um regime de decadência dolorosa.
Só para argumentar: O pontapé desferido no peito pelo atleta da Holanda no seu adversário da Espanha, não merece a sua expulsão, mas sim a do árbitro Howard Webb (foto), que não exibiu o cartão vermelho ao infrator. Viva-se desse jeito, pensando sempre que esta Copa do Mundo na (África do Sul), um dos aspectos mais negativos que existiu foram as arbitragens, desmentindo-se por exemplo, a "fantasia" de que na Europa os árbitros são melhores que os nossos aqui no Brasil.
Pura imaginação! E nada mais a acrescentar.
Valdir Bicudo-bicudoapito@hotmail.com/ApitoNacional

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