domingo, 30 de outubro de 2011

Técnico incentiva torcida a pressionar o árbitro

Após um lance que revoltou o time do Botafogo em que Diego Renan, do Cruzeiro, tocou com o pé e o goleiro Fábio pegou a bola com a mão, Caio Junior foi a campo em direção ao cerco que seus jogadores faziam no árbitro Wilton Pereira Sampaio no fim do primeiro tempo. O técnico acabou expulso, e considera que a torcida tornou-se aliada ao protestar contra a "injustiça"."O ponto positivo foi a reação da torcida. Eles realmente têm que pressionar o árbitro. Ninguém quer que ele apite a nosso favor, mas que apite corretamente até o fim do campeonato. E o torcedor ficou em cima dele para que isso aconteça", comemorou o treinador, reforçando sua inocência no caso.

Djalma Vassão/Gazeta Press
Treinador tenta restabelecer empatia com a torcida e elogia protestos contra árbitro.
"Não fui em direção ao árbitro. Entrei em um pedacinho do campo preocupado em tirar os meus jogadores, que foram para cima dele e poderiam ser expulsos. No meio do caminho, o auxiliar dele me disse: não vai que ele vai te expulsar'. Para ele não achar que fui interpelá-lo, desisti. Mas, na volta do intervalo, o auxiliar me disse que eu estava expulso", lamentou.Pressionado por torcedores nas três derrotas consecutivas antes da vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro nesse sábado, Caio Júnior tenta reatar a aliança com a torcida. O início de seu trabalho no Botafogo foi de briga com os fãs, clima que mudou com a boa campanha da equipe até a recente má sequência.Como argumento, o comandante considera que tem cumprido a promessa que fez ao ser apresentado no clube. O treinador está convicto de que o time tem atuado da maneira que a torcida sempre pediu."É um time com uma característica diferente porque ataca, busca o gol. Isso chama o torcedor. Sofremos porque não é fácil só impor seu jogo, corremos riscos quando o gol não sai, mas é uma coisa muito positiva o torcedor ajudar, incentivar", continuou elogiando Caio Júnior.  

Fonte: Gazeta/Net 
Nota do Apito  do Bicudo: ao excluir da área técnica, o técnico Caio Júnior, da equipe da estrela solitária, no intervalo de Botafogo x Cruzeiro, por conduta imprópria, antidesportiva,  o árbitro Wiltom Pereira Sampaio (foto/Asp/Fifa/GO), agiu em consonância com a determinação da Fifa, que determina que, quando acontecer este tipo de comportamento envolvendo dirigentes, médicos, treinadores, deve excluí-los incontinenti do campo de jogo. E, no caso de atletas, dependendo do procedimento dos mesmos, cartão amarelo ou vermelho. Resta saber o que fará o Procurador do (STJD) Paulo Schmidt, diante da infeliz incitação à torcida contra a arbitragem, através  do indigitado treinador, que exibiu um  comportamento inadequado para um técnico, já que a Fifa determina que os ocupantes da área técnica deverão ter comportamento  respeitável naquele local. Aliás, na semana que passou, a Força Tarefa da Fifa, presidida pelo alemão Franz Beckenbauer, demonstrou sua preocupação com a sequência de ações desse tipo, que incorporou-se a rotina do futebol, em específico nas competições da CBF. Mas este tipo de comportamento está acontecendo, porque os responsáveis pelo cumprimento das Regras do Jogo de Futebol, no caso os árbitros,  inclusive os que ostentam o escudo da Fifa, ao invés de cumprirem uma prerrogativa à eles destinada, fazem  ouvidos moucos e fingem que nâo vêem os diferentes "elogios", que são vociferados pelos técnicos na área técnica durante o transcurso dos jogos. É bom lembrar aos apitos brasileiros, que a entidade que controla o futebol no planeta, está  de olhos abertos e recebe diariamente informações sobre a "pusilânimidade" , a "omissão",  e a "conivência" dos guardiões das leis jogo.

sábado, 29 de outubro de 2011

Autoridade competente


A autoridade é o poder que tem um árbitro para mandar, para impor seu ponto de vista e se fazer respeitar pelos jogadores. Então, quando o arbitro tem "autoridade" é credenciado para exercer um certo poder dentro do campo de jogo, este poder lhe é dado pelas regras, pela sua profissão e pela sua associação à qual pertence, no entanto, ser obedecido por parte dos atletas é fundamental para testá-la e para que eles aceitem as suas ordens, ou seja, o árbitro será respeitado se ele demonstrar que sabe como comandar.
 
Tipos de autoridade
A autoridade de um árbitro pode ser jurídica e moral, a primeira é imposta por obrigação esta dividida em pessoal, linear e funcional, tambem chamada de autoridade de linha, ajuda o arbitro para detectar as ações de um jogador; a pessoal se dá quando é delegada progressivamente à terceiros, exemplo disso é quando o árbitro confia nos seus assistentes alguma situações específicas; a funcional é quando tem de executar sua função. A autoridade moral é imposta por convicção, é técnica quando o árbitro tenha estudado, aprendido ou por experiência; e a pessoal pelos seus atos de vida ou de sua vida exemplar.

Autoridade e poder
A autoridade é um direito cuja legitimidade é baseada na posição que tem a imagem do árbitro nos jogos. O poder é a capacidade que um indivíduo tem para influenciar decisões, portanto, "a autoridade faz parte do conceito mais amplo de poder, isto é, a capacidade de persuadir nas suas decisões apoiada na categoria legítima de um indivíduo"; no entanto, não é necessário ter poder para intervir em uma ação, um exemplo disso é que o árbitro assistente tem autoridade para facilitar e apoiar o desenvolvimento normal de uma partida, mas não tem poder para impor os seus critérios.
 
Autoridade x obediência
A obediência é essencial para o exercício da autoridade.  No caso da arbitragem, o árbitro tem que encontrar as ferramentas para que os jogadores cumpram suas ordens, embora pelo fato de ser nomeado, já ganhou 50%. No caso desta autoridade, no sentido indicado pode-se apoiar nas mais diversas razões de submisão, que são dadas por hábito ou arranjos similares, ou seja, quem joga futebol, sabe de antemão que quem manda é o apito. O árbitro é respeitado, tem autoridade porque demostra que tem conhecimento e o  mais importante que sabe comandar.

Como adquirir
Um árbitro tem cinco maneiras para adquirir a autoridade nos jogos junto aos jogadores, a primeira,  é por meios legítimos, ou seja, acertando nas decisões técnicas e disciplinares; a segunda, é através de coerção, às vezes o árbitro tem que recorrer a repressão e sanções;  a terceira, é dar uma recompensa que o jagador valorize, por exemplo, amizade e apoio para superar situações;  a quarta,  é através da experiência, o conhecimento,os anos de aprendizado sobre a arbitragem, lhe dão  a autoridade de um especialista;  e a quinta, é atraves de uma referência:  Se um árbitro admira outro com o qual se identifica tanto para moldar seu comportamento ou atitudes, esse último é  que dá referencia no sentido de autoridade.

Sugestões úteis
Num jogo, o arbitro carismático pode influenciar outras pessoas, quer  sejam os seus superiores, pares ou subordinados, a autoridade deve-se demonstrar e impor com respeito assim, não importando quem é o participante do jogo. Além disso, nas reuniões não deve ser confundida autoridade com autoritarismo, isto é, o jogador deve ser reprimido, mas também tem que dar liberdade e, finalmente, um árbitro deve separar autoridade privada ou pessoal da autoridade desportiva, e nunca  deve misturar nenhuma destas em sua vida diária.
Fonte: Revista Árbitros/José Borda

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Árbitros de futebol em luta pela regulamentação

Marco Antônio Martins ao centro.
Árbitros de diferentes gerações e representantes da entidade nacional da categoria discutiram sua situação em audiência pública na Comissão de Turismo e Desporto.

Muitas vezes eleitos os vilões das tardes de domingo, os juízes de futebol foram em peso à Câmara dos Deputados pedir o reconhecimento de sua profissão. Árbitros de diferentes
gerações e representantes da entidade nacional da categoria discutiram sua situação em audiência pública na Comissão de Turismo e Desporto na terça-feira. Apesar de atuarem num mercado milionário, em que todas as outras profissões já foram regulamentadas, os árbitros não têm nenhuma das garantias que o trabalhador comum tem.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e as federações estaduais dão cursos de formação
de árbitros, mas os gastos com preparo físico, médicos, fisioterapia e todos os incidentes que
possam ocorrer fora de campo ficam por conta do profissional. Para atuar no Brasil, a CBF
exige que o juiz tenha outro vínculo profissional, o que muitas vezes é incompatível com a
exigência de viagens por todo o País e a presença em cursos de formação.

Para uma carreira internacional, o profissional tem ainda de falar inglês fluente e ter perfeita
forma física. A aposentadoria ocorre aos 45 anos. Um árbitro da Fifa (Federação Internacional
de Futebol) recebe R$ 3 mil por partida, com cerca de 48% de descontos.

Dedicação exclusiva

O presidente da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, Marco Antônio Martins, disse que, além de fazer justiça, o reconhecimento da profissão poderá beneficiar o futebol brasileiro, porque os juízes poderão se dedicar ao aperfeiçoamento profissional. "Com a profissionalização, a gente vai poder dispor de todo o tempo para a arbitragem." Ex-goleiro, o deputado Danrlei de Deus Hinterholz (PTB-RS) também acredita que a importância do futebol na vida do brasileiro exige árbitros profissionais. "Já passou do tempo. Acho de fundamental importância para o crescimento dos próprios árbitros, para que eles possam realmente se dedicar a isso. Tenho certeza de que haverá árbitros ainda melhores do que já temos. E olha que já temos árbitros muito bons", ressaltou.

Sorteio de árbitros

O ex-árbitro da Fifa Carlos Eugênio Simon afirmou ser contrário ao sorteio realizado para determinar o árbitro de cada partida. Desde 2003, para afastar suspeitas de favorecimento, a CBF decide quem apita as partidas em sorteios públicos. Só o Brasil usa esse sistema. Os árbitros querem que a confederação possa decidir quem é o profissional mais habilitado para
cada jogo.

Simon considera que o sorteio dificulta a vida dos profissionais, torna as decisões aleatórias e
também prejudica o lançamento de novos árbitros. Na sua opinião, não é possível manter a
desconfiança sobre os juízes, lembrando que, quando foi detectado um esquema de fraude, os
dois envolvidos foram banidos do futebol. "Na medida em que tu colocas meu nome para ser
sorteado, alguma dúvida tu tens. Então nós temos que parar com o futebol. Se pairar alguma
dúvida por algum cidadão que vai apitar determinado jogo, então para o futebol. Que negócio
é esse?", reclamou.

Integrante do quadro atual de árbitros da Fifa, Sandro Ricci disse que os juízes de futebol
também querem direitos econômicos sobre as partidas em que atuam, assim como ocorre
com os jogadores. Os árbitros pediram ainda mudanças no Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/03), que permite que qualquer pessoa que se sinta prejudicada pela atuação do juiz possa entrar na Justiça contra ele. Apesar de essas ações em geral serem arquivadas, os profissionais precisam ir até a cidade onde a ação foi proposta para depor.

Autor de um dos projetos de reconhecimento da profissão (PL 6467/09), o deputado Edinho Bez (PMDB-SC) propôs que seja formada uma comissão com deputados e árbitros para tentar acelerar a tramitação da proposta. O Projeto de Lei 6405/02, do Senado, ao qual a proposta de Edinho Bez está apensada, foi aprovado em 2008 pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e ainda precisa ser votado pelo Plenário. Para acompanhar o andamento dos
projetos que tratam do assunto, clique nos links.

PL 6405/2002

PL 6467/2009

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Renovar com cautela

Confesso, que não iria me manifestar sobre a escala de árbitros deste final da semana do Brasileirão/2011, no que tange a Série A. Mas sou provocado por um número expressivo de e-mails, a emitir opinião sobre as designações dos árbitros, Anderson Daronco, Andre Luiz de Freitas Castro, Evandro Rogério Romam e Francisco Carlos Nascimento. O questionamento da maioria esmagadora das correspondências eletrônicas, é contrário ao tratamento que Romam, que é Fifa/PR, diante dos problemas de ordem física que apresentou, vêm recebendo da CA/CBF.

A alegação é de que todos os árbitros deveriam ser tratados pelos homens responsáveis pelas escalas da casa que manda no futebol brasileiro, de maneira equânime. Discordo em gênero, número e grau. Cada árbitro tem a sua peculiaridade, suas nuances físicas, técnicas, táticas, psicológicas. É verdade que Evandro Romam enfrentou problemas físicos em função de um descuido da sua parte, e, sobretudo, pelo estágio decadente e de letargia, que viceja no quadro de árbitros da Federação Paranaense de Futebol. Mas após ser aprovado no teste físico da Fifa, suas atuações até a presente data não merecem nenhum tipo de censura. E, numa competição de excelência, como é o Campeonato Brasileiro, não se pode abdicar de um talento como o indigitado árbitro.
Anderson Daronco 
Quanto a Anderson Daronco (foto), já o vi atuar com brilhantismo na Série B, e pelas informações que recebi é um jovem de futuro. Porém, precisa ser lapidado, e isso significa ser lançado gradativamente com acuidade em jogos de maior robustez. Andre Luiz Castro e Francisco Carlos Nascimento (foto), são Asp/Fifa, e compõe um grupo de árbitros da nova geração, que está sendo gerada pela CA/CBF na Granja Comary, e pelo andar da carruagem até aqui, irão brigar em curto espaço de tempo pelo escudo da Fifa, já que suas atuações vêm num crescente de ano para ano.
Francisco Carlos Nascimento
PS: Anderson Daronco (RS), apita Coritiba/PR x América/MG. Já Francisco Carlos Nascimento (foto-Asp/Fifa/AL), dirige Santos/SP x Atlético/PR, num jogo de extrema complexidade,dada a condição do rubro-negro de Curitiba na tábua de classificação. Renovar é preciso, mas com cautela. E é o que está fazendo com muito desvelo, Sérgio Corrêa da Silva e seus congêneres.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Conmebol divulgou a escala de árbitros para as jornadas 3 e 4 das eliminatórias

Argentina x Bolivia
11/11/2011 às 15:00
Árbitro: Carlos Vera (EQU)

Asistente 1: Carlos Herrera (EQU)
Asistente2: Byron Romero (EQU)
4º Árbitro: Alfredo Intriago (EQU)


Uruguai x Chile
11/11/2011 às 17:00
Árbitro: Hector Baldassi (ARG)
Asistente 1: Gustavo Esquivel (ARG)
Asistente2: Diego Bonfa (ARG)
4º Árbitro: Nestor Pitana (ARG)


Colombia x Venezuela
11/11/2011 às 19:00
Árbitro: Omar Ponce (EQU)
Asistente 1: Juan Cedeno (EQU)
Asistente2: Christian Lescano (EQU)
4º Árbitro: Daniel Salazar (EQU)


Paraguai x Equador
11/11/2011 às 19:00
Árbitro: Jose Buitrago (COL)
Asistente 1: Eduardo Diaz (COL)
Asistente2: Wilson Berrio (COL)
4º Árbitro: Imar Machado (COL)


Colombia x Argentina
15/11/2011 às 16:00
Árbitro: Salvio Fagundes (BRA)
Asistente 1: Alessandro Rocha (BRA)
Asistente2: Erick Bandeira (BRA)
4º Árbitro: Marcelo Henrique (BRA)


Equador x Peru
15/11/2011 às 16:00
Árbitro: Jorge Larrionda (URU)
Asistente 1: Pablo Fandino (URU)
Asistente2: Marcelo Costa (URU)
4º Árbitro: Martin Vazquez (URU)


Chile x Paraguai
15/11/2011 às 18:30
Árbitro: Heber Lopes (BRA)
Asistente 1: Emerson Carvalho (BRA)
Asistente2: Dibert Pedrosa (BRA)
4º Árbitro: Ricardo Marques (BRA)


Venezuela x Bolivia
15/11/2011 às 20:00
Árbitro: Georges Buckley (PER)
Asistente 1: Luis Abadie (PER)
Asistente2: Jonny Bossio (PER)
4º Árbitro: Manuel Garay (PER)

Fonte: Conmebol/Refnews


PS: Carlos Alarcón, membro do Comitê de Arbitragem da Fifa e presidente da Comissão de Árbitros da Conmebol, designou o brasileiro Aristeu Leonardo Tavares, como Assessor de Arbitragem na partida Venezuela x Bolívia, pelas eliminatórias da Copa de 2014. A escalação de Aristeu Tavares para cumprir missão de tamanha magnitude, é um reconhecimento pela sua ciclópica trajetória como ser humano, como membro da Polícia Militar do Rio de Janeiro, onde é um paradigma, e, por extensão, como ex-árbitro assistente da Fifa, onde deixou um legado de ética e profissionalismo nas suas ações.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Fifa Task Force Football 2014 define próximas propostas

(FIFA.com)
FIFA Task Force Football 2014 define próximas propostas
© Foto-net


"A FIFA Task Force Football 2014 cumpre um papel integral no nosso programa de boa governança, transparência e tolerância zero contra irregularidades dentro e fora dos gramados, o qual apresentamos na sexta-feira passada", afirmou o presidente da entidade máxima do futebol mundial, Joseph S. Blatter, na abertura do encontro. "Franz Beckenbauer e a equipe formada por alguns dos maiores especialistas em futebol do mundo todo têm uma importante tarefa nos próximos anos para assegurar que o futebol esteja no seu melhor momento na Copa do Mundo da FIFA 2014, e a arbitragem é certamente uma das áreas fundamentais."

"Em 1990, a primeira força-tarefa levou a decisões fundamentais que aprimoraram o esporte significativamente, como a regra do recuo de bola", declarou Beckenbauer. "A nossa missão é ser uma comissão que faça propostas decisivas e que sejam implementadas. Essa foi a promessa que recebemos do presidente da FIFA." O objetivo da força-tarefa é desenvolver e examinar propostas concretas para tornar o futebol mais atraente e aperfeiçoar o controle das partidas em competições de elite, o que envolve aspectos como regras, arbitragem, regulamentos, futebol feminino, medicina e desportividade.

O vice-presidente Pelé não pôde comparecer devido a outros compromissos, entre os quais a sua função de assessor especial da presidente Dilma Rousseff para assuntos da Copa do Mundo da FIFA 2014. No entanto, ele reafirmou o seu compromisso com a força-tarefa. Também não participaram o secretário-geral da Federação Inglesa de Futebol, Alex Horne, e o presidente da Federação Americana de Futebol, Sunil Gulati. Ioan Lupescu, que foi recentemente contratado para ser funcionário permanente da UEFA, não poderá mais participar do grupo de trabalho.

Estes foram alguns dos principais pontos da pauta de hoje da FIFA Task Force Football 2014:

· Desportividade.
Nos últimos meses, comportamentos antidesportivos geraram vários incidentes negativos dentro e fora dos gramados. A Força-Tarefa considera crucial desenvolver um plano de ação concreto na próxima reunião, especialmente com relação à conduta de jogadores, treinadores e dirigentes, os quais precisam dar o exemplo para a torcida e o público em geral.

· Regra 4, sistemas de comunicação.
A Força-Tarefa tratou do uso de ferramentas de tecnologia de comunicação nos bancos de reservas e concordou com a decisão da International Board de que nenhuma ferramenta de comunicação seja usada na área de jogo.

· Arbitragem sobre a Regra 12.
A Força-Tarefa tratou mais uma vez da questão da punição tripla. Os membros concordaram que apenas em faltas graves com violência física deve ser imposta a punição tripla composta por pênalti, cartão vermelho e suspensão. O grupo também concordou que o cartão vermelho e o pênalti sejam mantidos para o jogador de linha que impedir um gol sobre a linha usando a mão. Por outro lado, faltas simples dentro da área devem ser punidas apenas com pênalti e cartão amarelo. A mesma punição é proposta para o goleiro que tentar pegar a bola, mas acertar as pernas de um jogador. O objetivo é facilitar a tomada de decisões mais justas e uniformes por parte dos árbitros. O texto das regras será revisado para incluir as decisões acima e proposto novamente à International Board em março.

· Regra 11, impedimento.
O grupo voltou a tratar da interpretação da regra 11 sobre impedimento passivo e ativo. O presidente pediu que os membros da Força-Tarefa deem sugestões para uma regra clara e compreensível até a próxima reunião do grupo.

Outros pontos em pauta foram a unificação de regulamentos de competições entre todas as confederações continentais, uma análise da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2011 e da sua influência positiva sobre um maior crescimento do futebol feminino, regulamentos de beach soccer e assuntos médicos.

Rodada do Brasileirão termina com exatos 50 cartões mostrados


Danilo Silveira/Justiça Desportiva



A 31ª rodada do Campeonato Brasileiro terminou neste último fim de semana com média exata de cinco cartões distribuídos em cada partida. Isso porque os árbitros advertiram os jogadores 50 vezes nas dez partidas realizadas. Ao todo, foram 45 amarelos e cinco vermelhos.
O destaque positivo da rodada foi que Palmeiras e Santos não receberam um cartão sequer. No Engenhão, o Peixe viu três jogadores do Flamengo receberem amarelos, enquanto no Canindé o Verdão viu um jogador do Figueirense receber amarelo.
Um detalhe curioso é que metade dos jogos terminou com seis cartões aplicados. O duelo com maior número de cartões foi Inter x Corinthians, que terminou empatado no Beira-Rio. A partida teve um cartão vermelho para cada lado, quatro amarelos para a equipe gaúcha e um para o Timão. Com isso, a equipe gaúcha foi a que recebeu maior número de cartões na rodada: cinco.
Além do Figueirense, o Avaí também recebeu apenas um cartão amarelo e assim o Estado de Santa Catarina contribuiu para a média de cartões não ser mais elevada.
 
Confira quantos cartões cada equipe levou:
- América/MG = três amarelos e um vermelho
- Atlético/GO = dois amarelos
- Atlético/MG = três amarelos
- Atlético/PR = três amarelos
- Avaí = um amarelo
- Bahia = quatro amarelos
- Botafogo = dois amarelos e um vermelho
- Ceará = três amarelos
- Corinthians = um amarelo e um vermelho
- Coritiba = quatro amarelos
- Cruzeiro = quatro amarelos
- Figueirense = um amarelo
- Flamengo = três amarelos
- Fluminense = dois amarelos e um vermelho
- Grêmio = dois amarelos
- Inter = quatro amarelos e um vermelho
- Palmeiras = nenhum cartão
-Santos = nenhum cartão
- São Paulo = um amarelo
- Vasco = dois amarelos

Você está em sincronia?

Muitas das funções vitais do corpo do arbitro, são dirigidos por sistemas muito complexos, onde as células e outras substâncias "obedecem" e "mantém o ritmo" de um mecanismo preciso e consistente. Isto é o que conhecemos como o relógio biológico, que, se falhar, pode causar aos árbitros graves problemas de comportamento, distúrbios do sono, depressão, perda de memória e fadiga, entre outros.


Funções vitais

São sistemas muito complexos, onde a atividade de determinadas células e substâncias obedece, como as cordas e componentes de um relógio, um mecanismo preciso e consistente que quando falha faz com que os árbitros tenham distúrbios do sono, depressão ou esforços especiais o único propósito de se ajustar, por exemplo, aos horários de outros países. Em poucas palavras uma série de funções vitais dentro do nosso corpo é conduzida pelo ritmo  do que é conhecido como o nosso "relógio biológico".


Baixo desempenho

Existe uma disciplina da ciência que está em desenvolvimento chamada "cronobiologia", que estuda como o tempo afeta o ritmo biológico. Dessa forma, por exemplo, foi estabelecido que a função de relógio biológico pode ser decisiva para explicar a razão para o fraco desempenho mostrado por muitos árbitros internacionais quando eles têm de viajar do outro lado do mundo para participar de uma competição. Conforme você poderá perceber, é algo que vai muito além das explicações convencionais das táticas e técnicas de arbitragem.



Principais sintomas
Muito cansado, sonolento, distraído, perde a memória e até ficar com fome em momentos que jamais teria ocorrido para comer alguma coisa. E o mesmo acontece quando há mudanças de hora? Já aconteceu que, ao viajar para outro país, custa muito para se adaptar ao horário? Aproximadamente 30 anos atrás foi descoberto que a alteração ou o desaparecimento de um pequeno local do cérebro chamado núcleo supraquiasmático altera os ritmos do corpo, esse achado foi a primeira evidência de que o cérebro é um relógio mestre que controla muitos dos nossos mecanismos básicos .



Perguntas e respostas
Como funciona o relógio biológico? Poderia ser descrito com duas palavras, ninguém sabe. É um tipo de reacção química periódica em nosso corpo? Neste caso, o relógio deverá variar com a temperatura ou com as drogas? Isso não é verdade. Ou é porque está sincronizado com ritmos muito sutis do mundo exterior que permanacem mesmo quando eliminamos as variações de luz e temperatura? Talvez, nesse caso ainda desconhecemos a natureza desses ritmos. Por que altera o relógio biológico? Nosso atual estilo de vida difículda o acompanhamentos dos ritmos biológicos.
Caro leitor, você tem sincronizado o seu relógio biológico?



Fonte: revistaárbitros.com - Escrito pelo Jornalista José Borda


PS: A partir de hoje,  estarei publicando artigos e matérias de um dos mais conceituados sites de arbitragem do planeta, no caso a REVISTA ÁRBITROS, do renomado jornalista José Borda. Agradeço a deferência demonstrada pelo indigitado profissional da área do apito em conceder-me autorização para divulgar seus artigos aqui no Brasil, que versam sobre a sibilina e incompreendida atividade do árbitro de futebol. Obrigado caro amigo!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Quem são os melhores?

Sou questionado a emitir opinião sobre o melhor árbitro e os dois melhores árbitros assistentes do Campeonato Brasileiro deste ano.  Embora as análises e opiniões  deste escriba  não signifiquem nada  para a arbitragem nacional, informo que se o Brasileirão findasse hoje, de acordo com as normas da Fifa, que fixa em cinco critérios  o desempenho da arbitragem, que são: tático, físico, psicológico, técnico e social, o melhor trio de árbitros até a 31ª rodada, seria formado pelo árbitro Paulo Cesar de Oliveira (Fifa/SP) e pelos assistentes Roberto Braatz (Fifa/PR) e Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa/SP), à direita de PC. A indigitada tríade  não cometeu nenhum equívoco até o presente instante. Mas ainda faltam oito rodadas para o término da competição. Diante disso, prefiro aguardar o final para escolher os laureados.  
 PS: Jean Pierre Gonçalves de Lima (RS), o árbitro de Fluminense/RJ 0 x 2 Atlético/MG, fez uma arbitragem com requintes de perfeição no sábado que passou. Enquanto isso, Evandro Rogério Romam (Fifa/PR), que apitou Internacional/RS 1 x 1 Corinthians/SP, demonstrou ótima performance num jogo de muita complexidade.  

A arbitragem brasileira pede socorro

Foto: Allan Costa - Marcelo de Lima Henrique
Não se pode aceitar que um árbitro seja obrigado a ter um emprego para sobreviver, levando a arbitragem como um subemprego. Num futebol em que milhões de dólares estão envolvidos, essa realidade é bizarra. Será que os donos do espetáculo não se atentaram ainda da importância de ter juízes capacitados nos jogos?  
Por Fábio Salgueiro

Passou da hora da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encarar o problema da arbitragem de frente e partir para a profissionalização dos árbitros no Brasil. O futebol atual é de ponta, disputado em altíssima velocidade, porém os árbitros ainda são amadores. E não por culpa deles. A realidade é cruel para os homens de preto daqui, que veem o mundo da bola se modernizar, porém as condições de trabalho que os cercam seguir precária. É muito fácil atacar a arbitragem a cada rodada do Brasileirão. Os erros se sucedem e a moda é criticar os árbitros, na maioria das vezes duvidando de sua moral, acusando o profissional de mal-intencionado e por aí vai. Uma leviandade sem tamanho.

O futebol atual exige muito do árbitro. O jogador de futebol tem algumas paradas no jogo, sobretudo quando a bola não está em seu setor, podendo de certa forma poupar o fôlego para alguns lances de mais velocidade na sequência. Já o árbitro, não! Este precisa estar em cima do lance a todo o momento e em condições físicas boas para poder interpretar de forma correta cada infração na partida.
Foto: Apito do Bicudo - Evandro Rogério Roman
Diante deste quadro é que eu cobro a profissionalização da arbitragem brasileira. Não se pode aceitar mais que um árbitro seja obrigado a ter um emprego para sobreviver, levando a arbitragem como um subemprego. Num futebol atual em que milhões de dólares estão envolvidos, essa realidade é bizarra. Será que os donos do espetáculo não se atentaram ainda da importância de ter árbitros capacitados nos jogos?

Os erros no futebol vão acontecer. Isso é fato e por um simples motivo: os árbitros são seres humanos e passíveis de erros. No entanto as falhas nos jogos podem ser minimizadas com profissionais capacitados para exercer a função. O futebol brasileiro só dará um salto de qualidade na arbitragem quando os homens de preto puderem se doar ao esporte 24 horas por dia, fazendo da arbitragem sua primeira e única profissão.
 Foto: Futebol Paranaense  - Paulo César de Oliveira
No último final de semana, dois erros grosseiros deixaram explícitos o mau momento da arbitragem no Brasil. Nos jogos entre Cruzeiro x Corinthians e Palmeiras x Fluminense, os juízes marcaram penalidades inexistentes, em lances bisonhos e que ambos estavam mal colocados até pela falta de um melhor treinamento ou talvez uma condição física melhor para acompanhar os lances de perto.

As críticas vieram à tona, é claro, afinal lances assim podem determinar nesta altura do campeonato um campeão ou um time rebaixado. No entanto poucos aceitam colocar o dedo na ferida e debater o drama que vive a arbitragem no Brasil. Já passou da hora dos clubes, CBF e Federações se unirem e buscarem a profissionalização dos homens do apito.

Neste caso, sentar em cima do problema ou varrê-lo para debaixo do tapete é uma atitude burra, que só trará prejuízo a todos os envolvidos e ao futebol brasileiro.
Foto: Allan Costa - Héber Roberto Lopes



Fonte: Blog Salgueiro FC/Safergs 

Beckenbauer presidirá reunião da Task Force Futebol 2014

(Fifa.com)

Beckenbauer presidirá reunião da Task Force Futebol 2014
© Getty Images
Nesta terça-feira, a Task Force Futebol 2014 se reunirá pela segunda vez. O encontro, que acontecerá na sede da FIFA, em Zurique, será presidido por Franz Beckenbauer.
Porém, o "Kaiser" não será o único ex-craque do futebol com uma função de destaque. Kalusha Bwalya, ex-ídolo da seleção de Zâmbia, foi nomeado vice-presidente da força-tarefa. Na realidade, todos os integrantes da equipe são especialistas de renome tanto em futebol quanto em medicina.
No encontro na Suíça serão discutidos vários temas importantes. Entre eles, está a questão do fair play em relação à conduta de jogadores, técnicos e árbitros dentro e fora dos gramados, além do comportamento das torcidas. Na pauta também estão a análise da chamada "tripla punição" — cartão vermelho, pênalti e suspensão por uma infração dentro da grande área — e a comunicação entre a arbitragem.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

CA/CBF ignora “assessores de árbitros do Paraná”

Após uma sequência de críticas contumazes em desfavor dos “assessores de árbitros”, indicados pela Federação Paranaense de Futebol à CA/CBF, a entidade optou por colocá-los no “freezer”. Explico: cabe as federações estaduais, indicar a CA/CBF a cada temporada, o nome das pessoas que possuem as devidas qualificações para desenvolver este dificílimo mister nas competições patrocinadas pela CBF.

A Fifa determina, que esta sibilina missão deve ser desempenhada por ex-árbitros de futebol, com notório conhecimento sobre as Regras do Jogo. Agindo em descompasso com as normas da entidade que controla o futebol no planeta, a Federação Paranaense de Futebol, vêm indicando há muito tempo, algumas pessoas que nunca vivenciaram nenhuma situação como árbitro e não possuem a menor identidade com a arbitragem para exercer esta função. Até poucos dias atrás, era comum observarmos a presença deste tipo de gente, sentado confortavelmente em locais “específicos”, nos estádios da capital paranaense, com a maior cara-de-pau, de prancheta ou bloco de anotações avaliando o desempenho da arbitragem. 


Tal medida é incompatível, avilta e empobrece a qualidade dos mais de quatrocentos árbitros do quadro nacional. Se a CBF almeja arbitragens de excelência nas suas competições, e, por extensão, mostrar ao mundo uma arbitragem de alto nível na Copa de 2014, deve dar um basta neste descalabro que acontece não só no Paraná, mas em outras federações espalhadas pelo País afora.

Aristeu Leonardo Tavares 


PS (1): Atlético/PR x Ceará/CE, terá a presença do ex-árbitro assistente Fifa e agora instrutor da Fifa, Aristeu Leonardo Tavares, como Assessor de Arbitragem. Considerado um ícone da arbitragem brasileira, sua presença na belíssima Arena da Baixada, no próximo domingo, exercendo tão complexa missão, honorifica e qualifica a função de assessor, que às vezes é exercida por um bando de "alienígenas".

PS (2): “respondendo aos questionamentos que recebi via e-mail, o porquê de este escriba não ter sido convidado para exercer a função de Assessor de Arbitragem da Federação Paranaense de Futebol e da CBF, até o presente instante, respondo: primeiro, nunca pedi  à ninguém até a presente data para ser indicado para exercer tal função no meu estado que é o Paraná e que dirá na CBF. Vou repetir: nunca pedi à ninguém! Segundo, embora tenha  exercido a função de árbitro ao longo de dezenove anos e concordem ou não, dirigi  quatro Atletibas, tenho consciência  de que não tenho perfil para exercer tão importante missão. Terceiro, se algum dia  for convidado direi não. E, por derradeiro, se aceitasse esta função ilustre, não concordaria em hipótese alguma exercê-la, ao lado de pessoas despreparadas como acontece no Paraná e em  outros Estados do País. Como um estudioso das Regras do Jogo de Futebol, me sentiria  desvalorizado, aviltado, praticar uma função que exige nobreza,  com elementos que   nunca vivenciaram sequer o que é apitar uma pelada de futebol de menino de final de rua, que dirá uma partida de futebol profissional”. Sou funcionário público estatutário e não faço “bico.”    

 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Escala inteligente

Allan Costa Pinto


Observo com desvelo, o equilíbrio e a coragem da CA/CBF, na confecção da escala de árbitros da 31ª rodada do Brasileiro/2011. Sinto na designação dos nomes que irão laborar nesta rodada, a intenção de Sérgio Corrêa da Silva e seus congêneres, de proteger alguns árbitros que são considerados ícones da arbitragem nacional, e, por extensão, o propósito de proteger a imagem dos atletas e do próprio futebol. Faço esta afirmação, ao presenciar Heber Roberto Lopes e Paulo Cesar de Oliveira, dois expoentes do apito brasileiro, há várias rodadas atuando na Série B e em alguns casos na C. Tudo com o escopo de ter nas rodadas que se avizinham, árbitros experientes para apitarem as partidas decisivas do Campeonato Brasileiro.
Ao contatar três presidentes de equipes que disputam a principal divisão do futebol brasileiro e, por conseguinte, da segunda divisão, todos reagiram de forma positiva e afirmaram tratar-se de escala inteligente. Sem exceção, o triunvirato vociferou, que esperam dos árbitros a proteção máxima no que tange a integridade física dos atletas no campo de jogo, e a punição em conformidade com a regra, daqueles jogadores que agirem em descompasso com as normas que regem o maior espetáculo da terra, no caso o futebol.
Allan Costa Pinto

Confira abaixo a escala e os jogos.
Palmeiras/SP x Figueirense/SC
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG)

Fluminense/RJ x Atlético/MG
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (CBF/1/RS)

América/MG x Grêmio/RS
Árbitro: Nielson Nogueira Dias (Asp/Fifa/PE)

Avaí/SC x Botafogo/RJ
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa/DF)
Allan Costa Pinto

Atlético x Ceará/CE
Árbitro: Sálvio Spínola Fagundes (Fifa/SP)

São Paulo/SP x Coritiba
Árbitro: Jailson Macedo de Freitas (CBF/1/BA)

Bahia/BA x Vasco/RJ
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Asp/Fifa/DF)

Internacional/RS x Corinthians/SP
Árbitro: Evandro Rogério Romam (Fifa/PR)

Flamengo/RJ x Santos/SP
Árbitro: Paulo Henrique Bezerra (CBF/1/SC)

Cruzeiro/MG x Atlético/GO
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa/SP)


Foto: Apito do Bicudo
PS: nunca escondi de ninguém, minhas divergências com a forma com que é administrado o fraquíssimo quadro de árbitros do futebol do Paraná, com quem mantenho divergências estratosféricas. Sobretudo pela postura subserviente da Associação Profissional de Árbitros do Paraná, que sob o comando de Afonso Vitor de Oliveira e também da atual direção, se "ajoelhou" à Federação Paranaense de Futebol. Mas, não posso concordar, com as diatribes que vêm sendo pungidas contra Evandro Rogério Romam (foto). É verossímel, que o indigitado árbitro teve problemas de ordem física durante vários meses reprovando em dois testes físicos da Fifa. Mas o seu retorno aos campos de futebol comandando jogos de expressão, e longe da mediocridade que está impregnada no futebol paranaense tem sido auspicioso.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Inter é só advertido, enquanto gandula é suspenso por 180 dias


José Geraldo Azevedo/Justiça Desportiva


Apesar de denunciado pela conduta de um gandula que atuava no Beira-Rio, o Internacional acabou somente advertido pela Segunda Comissão Disciplinar em julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na noite desta terça-feira, dia 18 de outubro. Já o gandula Lucas Basols não escapou e foi suspenso por 180 dias. Logo no início do julgamento, o jurídico colorado avisou aos auditores que Basols não atuará mais em jogos do time na capital gaúcha.
Gandula e Inter denunciados
Segundo o relato do árbitro, o gandula foi expulso “por retardar deliberada e intencionalmente a devolução da bola”. Assim, Lucas Basols respondeu ao artigo 258 (assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código) do CBJD.
E de acordo com o Regulamento Geral das Competições da CBF, em seu artigo 7º, alínea 16, é de responsabilidade dos clubes mandantes “administrar um quadro de gandulas, os quais deverão ser treinados para os serviços das partidas, com a exigência de rápida reposição de bola e absoluta neutralidade de comportamento em relação às equipes participantes”.
Assim, o Internacional foi denunciado no artigo 191 III (deixar de cumprir, ou dificultar o cumprimento: de regulamento, geral ou especial, de competição) do CBJD.


PS: Esta prática nefasta dos gandulas, de retardar o reinício de jogo quando a equipe mandante está em vantagem no placar, está incorporada a rotina do futebol brasileiro, e conta sobretudo com a orientação dos dirigentes da equipe da casa na maioria esmagadora das situações.  Tenho conhecimento de que em muitos casos, as pessoas que realizam esta tarefa, são treinadas  de como proceder para beneficiar a esquadra que tem o mando do jogo. Não obstante o exposto, os gandulas escolhidos para desempenhar este "labor", são 100% torcedores do time onde atuam. Mas o que me chama a atenção neste episódio deplorável dos gandulas, é a omissão, a conivência, a covardia do árbitro, e, principalmente, do quarto árbitro, que a tudo vê, mas nega-se perempteroriamente a cumprir uma de suas missões precípuas, que é  auxiliar o árbitro nas questões que ocorram nas adjacências  do campo de jogo. Aliás, cabe um questionamento em relação a este imbróglio:  Por quê motivos, os Assessores de Arbitragem  designados pela CA/CBF, não estão relatando esta impropriedade perpetrada de forma reiterada por gandulas e a arbitragem nos seus relatórios?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Inimigo do torcedor


Foto: flickr.com
O poder da Fifa, como que insuperável, chega a extremos incompatíveis à sua própria atividade, que é desenvolver o futebol, não apenas como exercício esportivo, mas também ingressando no território da ética. Apesar de ingentes estudos científicos, a Fifa não abre mão do seu direito de exigir que a morte possar campear nas competições que patrocina, e isso já aconteceu na África do Sul e irá acontecer no Brasil em 2014.

Digo isso porque a entidade que controla o futebol no planeta, já decidiu em conjunto com o Comitê Organizador da Copa que será realizada em solo brasileiro, e as cidades-sedes já foram notificadas de que terão que flexibilizar as leis no que tange a venda de álcool nas cidades onde forem realizados jogos. A cerveja Budweiser, segundo informações, tem contrato com a Fifa até o final do Mundial de 2014, e no contrato está previsto a venda da “espumosa” no interior dos estádios.

Segundo a Universidade de Michigan (Estados Unidos), o álcool mata 2,5 milhões de pessoas em todo planeta ao ano, o que dispensa qualquer manifestação, por ser secularmente notório. É o fascínio materialista que se sobrepõe contra o mais relevante direito da humanidade, que é o direito a vida. Deveria oportunizar-se uma política mundial para acabar com a venda do álcool nos estádios de futebol, em função do histórico negativo em relação as bebidas alcoólicas. Feito esse exercício preliminar de análise, resta agora apresentar os efeitos de uma verificação científica, que operou o sociólogo Maurício Murad, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, recentemente.

O indigitado sociólogo é um dos pioneiros no estudo da sociologia no futebol, que ora se reescreve: “O estudo aponta que, entre 1999 e 2008, a média foi de 4,2 mortes por ano, num total de 42. Considerando o período de 1999 a 2006, foram 28 mortes, média de 3,5 a cada ano. Quando o intervalo pesquisado se restringe a 2007/2008, o índice saltou para 7 mortes. Traduzindo: Nos dois anos aqui nominados, o número médio de mortes foi o dobro dos 8 anos anteriores. O estudo levou em conta as mortes nos estádios de futebol, nas adjacências das praças esportivas e em confrontos provocados entre membros das torcidas organizadas, mesmo longe dos gramados. Em todos os casos, vítimas e agressores estavam altamente alcoolizados”.

A Fifa deveria adotar os mesmos procedimentos que adotou a prefeitura de Roma (Itália) recentemente. A proibição de vendas de bebidas alcoólicas, 48 horas antes de qualquer evento esportivo num raio de dez quilômetros dos estádios de futebol. Para isso, a polícia e a fiscalização foram colocada nas ruas e os resultados foram auspiciosos. Murad encerra o seu estudo afirmando que: “O álcool é o principal combustível gerador da violência nos estádios de futebol”.

PS: Ainda não foram computados os estudos sobre a violência que o álcool proporcionou nos estádios nos anos de 2009/2010/2011.